Once upon in another time

Prologue

Quando Druella retornou ao Reino Unido, Draco a avisou que as coisas não eram as mesmas.

Ella não esperava que fossem, afinal, ela havia passado quase um ano fora do país. O que ela não imaginava é que tudo estaria diferente.

No começo de 1996, Druella fora marcada como a Comensal da Morte mais jovem da história, para o orgulho de sua família. Mas, isso não significa que foi um período fácil para ela.

Por muito tempo, Ella teve que provar o seu valor, mostrar a todos os Comensais que ela não havia recebido o título de "A bruxa mais inteligente da sua geração" atoa. Eventualmente, Voldemort percebeu o achado que tinha em mãos, e decidiu seguir uma abordagem diferente.

Druella então foi enviada para a Academia de Voodoo e Misticismo Miss Robichaux, em Nova Orleans, onde cursou a maior parte do seu sexto ano, retornando a Hogwarts no dia que ficaria conhecido como A Batalha da Torre de Astronomia, onde assassinou Dumbledore a sangue-frio, para que seu primo não tivesse que cometer o ato.

Com a chegada das férias, parecia que a vida inteira de Druella havia ruído. Primeiro, a garota perdeu seu tio, Lucius, que morreu em sua cela em Azkaban. Depois, sua mãe, a quem Ella assistiu a morte pessoalmente, durante a Batalha dos Sete Potter's.

Algumas semanas depois, enquanto a ferida da perda de Bellatrix ainda era fresca, foi o pai de Ella que encontrou seu fim. Em uma questão de duas semanas, Ella se tornou oficialmente órfã.

E, para piorar tudo, nem mesmo sua relação com os seus amigos permaneceu a mesma. Druella havia passado um ano fora, e nesse meio tempo, os Herdeiros aprenderam a seguirem suas vidas sem ela. A Lestrange já não era mais necessária, e doía a ela ver isso.

Mas, a gota d'água não foi nenhum desses acontecimentos. Não, a ponto de ruptura de Druella veio pelo motivo mais antigo de todos. Uma garota.

Que Ella sempre fora perdidamente apaixonada por Daphne, todos sabiam. Exceto, é claro, a própria Daphne, que também nunca vira Ella apenas como sua melhor amiga. Mas Ella, com tudo o que vinha acontecendo em sua vida, nunca conseguiu contar a Daphne a verdade sobre seus sentimentos. A Lestrange vinha esperando pelo momento certo, a situação correta para que ela pudesse admitir o quanto amava Daphne.

Mas, ao ver Daphne beijando Theodore Nott, o melhor amigo de Ella desde que usavam fraudas, Druella percebeu que tal momento nunca chegaria. E pior, ela havia perdido.

Perdido seus pais, perdido sua figura paterna, e agora, havia também perdido a garota.

Druella então saiu correndo pelos corredores, lutando ao máximo para não chorar, o que só funcionou até a sua chegada no dormitório, onde as lágrimas que ela tanto tentou conter finalmente se derramaram.

E por horas, ela chorou. Agarrada a um antigo suéter de sua mãe, Druella soluçou até que as lágrimas se secaram. E quando isso aconteceu, a tristeza também se foi, e apenas uma coisa permaneceu. Raiva.

Em sua ira, Ella virou o quarto de cabeça para baixo. Vidro quebrado, cortinas rasgadas e todo o resto.

Mas foi só quando o malão de Druella caiu, atirando para fora do compartimento secreto um pequeno objeto brilhante, que uma ideia começou a surgir em sua mente maquiavélica.

Ella se ajoelhou no chão, tomando cuidado com o vidro espalhado ao redor dela, pegando o pingente em suas mãos,

Tratava-se de um Vira-Tempo, que havia sido desenvolvido para seu tio Lucius, e que Druella recebeu de sua tia para esconder antes da batida do Ministério na Mansão Malfoy.

Que era bonito, Ella não tinha dúvidas. Feito de ouro puro, com uma delicada ampulheta com areia amarelada no centro, bem ao gosto dos Malfoy.

Druella colocou o pingente contra a luz, sorrindo diabolicamente enquanto o fazia. Ela já era uma pessoa perigosa a muito tempo, mas agora, com uma ideia e sem medo da morte, a Lestrange acabara de se tornar uma peça chave para o futuro – E o passado – De todo o mundo bruxo.

Agora, Druella poderia ter sucesso onde outros falharam miseravelmente. Isso, é claro, se ela conseguir sobreviver a si mesma.