Merry Christmas, Dinah! [CONCLUÍDA]

letter one.

Será que tem alguém por aqui?
Trouxe uma fanfic bem boiolinha para vocês lerem (caso tenha alguém para ler), ela é bem curtinha, e eu adorei a história e espero que vocês também gostem. Boa leitura. 💕

Lembrando que é apenas uma adaptação é os direitos são todos da autora @KarlaMichelle69

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22 de dezembro

Faltam 4 dias para o natal, e eu estava agora mesmo arrumando as malas.

Até parece um bom ponto de partida para esta história, mas não é. Queria eu poder dizer que estou agora tomando um chá bem quente, enrolada nos cobertores enquanto assistimos juntas algum filme bobinho que o serviço de streaming da netflix sempre lança nessa época do ano. Queria eu poder dizer que estou preparando a lista de compras para ceia que será na nossa casa nova esse ano, e que as nossas famílias estão viajando para cá. Ou que Eugene está mordendo a barra de sua calça, nos fazendo rir de sua tentativa de chamar a nossa atenção, enquanto assamos biscoitos em formato de bonecos de neve e pinheiros.

É um pouco frustrante estar imaginando um milhão de coisas que poderíamos estar fazendo juntas, se tivéssemos empurrado nosso relacionamento por um tempo separadas. Ao mesmo tempo é horrível tentar relevar que poderíamos ter sofrido muito mais se tivéssemos segurado a barra. No fim esses anos longe teve um resultado bom: a saudade começou a me sufocar, e eu resolvi lutar para te ter de volta.
                         
Parece um pouco insano o que estou prestes a fazer, na verdade. Porque nem de longe tenho 99% de certeza que você também me quer de volta. As probabilidades disso dar totalmente errado são altas, e o risco de me machucar feio também. Admito que há um pouquinho de medo espalhado por este coração acelerado, mas a ânsia por poder te ver novamente, ao menos por alguns segundos, sem ser por Instagran ou Facebook superam todas as barreiras do meu órgão pulsante, que acelera somente em pensar no seu maldito nome.
                         
Desculpe, estou tentando ser o mais romântica possível, para ver se dessa forma você possa me aceitar mais rápido, eu sei que você gosta dessas baboseiras de poema e serenata, no entanto, eu sou péssima em quase tudo que se refere a isso, e estou dando o meu melhor aqui. Mas é bem difícil ser doce nas palavras quando meu dialeto de merda é tão grosseiro e raso quanto o de qualquer outro matemático raiz.
                        
Apesar de ser péssima em palavras românticas, sou ótima em somar estatística, e posso afirmar apenas com uma breve análise que nós duas, juntas, somos física pura.
                         
Okay, vou parar com as piadas sem graça, afinal eu já sei o que diria se estivesse aqui: você é péssima com piadas e analogias sobre si mesma, Manz. Mas se estiver disposta a me aceitar de volta, eu juro que paro com as piadinhas. Quer dizer, só se você quiser, porque eu sei que bem lá no fundo, você se diverte com o meu grande esforço em te fazer sorrir, o mínimo possível que seja.
                         
E por falar em sorrir, eu amei as fotos que postou no dia de Ação de Graças, seu sorriso estava tão bonito nelas, queria eu ter estado tão perto para elogia-lo. Desculpe não ter mandado nem uma mensagem sequer no direct, mas é que, apesar de termos prometido manter o mínimo de contato que seja, a gente terminou, e tudo o que eu poderia continuar te dando com toda essa distância, é o poder de respirar livremente sem que sua ex-namorada ficasse te enchendo. Eu entendo que foi a decisão mais madura que tomamos naquela época, mas não diga isso para a Normani daquele tempo que chorou por duas semanas seguidas assistindo a todos os filmes clichês que você tanto ama e me obrigava a assistir, eu não fui a faculdade pelo resto daquele mês, e só sai do quarto que fedia a mofo, salgadinho e sofrimento porque Ally e Ariana me arrastaram. Aquele foi o meu primeiro ano no curso, e também o pior. Além de ser a novata, estúpida e desengonçada, eu também era a pessoa azarada que tinha perdido a namorada.
                         
Não vou ficar aqui chorando as pitangas, mas eu só queria que soubesse que eu senti tanto a sua falta... Um buraco se abriu em mim no momento que encerramos aquela chamada de vídeo, e tenho certeza que está infeccionado até hoje. Se fechou por um tempo, admito, quando eu conheci uma garota que cursava física quântica também, tínhamos a mesma grade e estavamos sempre no mesmo lugar, com a mesma turma de amigos, me encantei por ela por alguns meses, saímos e nos divertimos, mas nunca consegui passar da primeira fase com ela.
                         
Lembra, quando contávamos em que fase do nosso relacionamento estávamos? Pois então, você foi com certeza a primeira e a única pessoa que me fez ir tão longe. Definitivamente pensei que durariamos pelo resto de nossas vidas juntas, sabia? Mas foi até o fim do ensino médio, no começo das férias, que eu percebi que a vida não era um conto de fadas como os filmes que você me obrigava a ver apontavam, era pura farsa, e me encontrei extremamente revoltada. Como poderiam moldar um felizes para sempre, quando o felizes morria na metade do percurso, se não no próprio começo?! O para sempre é tão longe que deveria ser um crime prega-lo como se fosse recorrente e diário.
                         
Mas apesar de ter aprendido da pior maneira que a vida não é só flores, eu peço que se ainda quiser estar ao meu lado, prometo não desistir de tentar nem por um segundo nos fazer completa pelo resto de nossos dias.
                         
Acaso for o nosso reencontro, ou não, espero realmente que me receba de braços abertos, se não, que ao menos tenha uma boa vida.
                         
Por enquanto, só tenho a saudar você por ser tão incrível quanto aparenta.

Merry Christmas, Dinah.
Com amor, Normani.