Capítulo 2: Saray

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Os dias de passam e eu ainda me sinto vazia e sozinha, ainda penso naquele dia , ele passa na minha cabeça como cenas de filme, eu acordava sempre da mesma forma, suada e eufórica. Lembrando daquele dia, lembrando dos disparos e tentando imaginar o que teria acontecido com Zulema, só conseguia pensar no pior.

Levantei-me para tomar um banho e me livrar de todo aquele suor. Assim que saio do banheiro ouço batidas fortes na porta, êxito um pouco antes de abrir mas no final acabo cedendo e abrindo-a, encontro uma morena desesperada em minha porta, era Saray.

- Onde ela está? – a morena passa depressa para dentro da casa gritando o nome de sua amiga –Zulemaaaa, onde está você?

-Ela não está Saray –digo ainda parada ao lado da porta.

- E onde ela está? Foi ao mercado ou algo assim?

- Não, Zulema não veio comigo –digo em um sussurro baixo.

- C-como assim?, onde ela está afinal?-a voz da mais nova vacila.

- Eu ouvi disparos e... –meus olhos se enchem de lágrimas.

- Não, você está mentindo para mim, diga-me onde está Zulema – a mais nova cai de joelhos chorando.

Me aproximei rapidamente de Saray para conforta-la, eu sei que nunca fomos amigas, mas achei que era o certo a fazer naquele momento. Se passam alguns minutos e Saray está no sofá deitada,ainda chorando por zulema, o silêncio toma conta da sala.

Quebro o silêncio perguntando-a

- Quer passar a noite aqui?, você veio de longe, deve estar cansada.

- Pode ser, só vou ligar para Maria e avisa-la –diz a mais nova com o celular em mãos

- Maria? Quem é essa? – digo me aproximando da mais nova.

- Minha esposa –a morena responde com um sorriso nos lábios.

- Ela parece lhe fazer bem.

- Realmente ela me faz muito bem, e é ótima com Estrella, acho que tive muita sorte em encontrá-la.

A mais nova levanta e sai da casa me deixando para trás no sofá, eu estava feliz por ela, depois de sofrer algum tempo por amor, parece que ela o encontrou finalmente alguém que mereça o seu. Rizos ainda estava em Cruz Del Norte, então Saray teve que superar já que agora tinha uma filha e nunca se perdoaria se fosse afastada dela novamente.

 [...]

As horas de passam e eu ainda me encontro rolando pela cama, não consigo dormir sem chorar por ela, a cama era vazia e gelada. Saudades dos tempos na caravana onde dividíamos o mesmo espaço, agora só restavam lembranças dos bons tempos.

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