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(respondo aos vossos comentários amanhã.) 

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| Rosie |

“De: Rosie.

Já estou em casa.” – mando ao Liam.

Theresa recebe-me de braços abertos e eu caminho até ela, abraçando-a com força. É bom saber que pelo menos uma das minhas irmãs já não tem algo contra mim que, eventualmente, eu nunca descobri o que era, e não preciso saber.

- como é que estás?

- bem e tu? – separo-me de Theresa e assinto.

- vou ir meter as minhas coisas no quarto.

Pego nas minhas malas e caminho até ao meu quarto, ao qual já não vou há precisamente dois meses, passando pelo quarto que pertencia ao da minha irmã mais nova. Eu paro no meio do corredor e fico a olhar para a porta que tem gravado o seu nome sabendo que não tem uma rapariga de sete anos e alegre do outro lado da porta a cantar músicas dos seus ídolos ou a fazer os seus trabalhos de arte, parte-me realmente o coração.

Acho que ignorar a ideia de saber que a minha irmã mais nova partiu de vez é pior que enfrentar porque mais tarde ou mais cedo vai-se cair na realidade e a dor vai ser pior do que anteriormente era. E é isso que eu tento fazer, tento ignorar a realidade. Saber que sempre que volto para casa e ligo aos meus pais quando não estou com eles, ela já não se encontra entre nós. Eu ainda tenho as minhas recaídas durante as noites e Liam está sempre lá para mim, para me reconfortar.

Decidida a deixar de pensar nisto, eu vou para o meu quarto e fecho a porta atrás de mim. O meu quarto encontra-se da mesma maneira que o deixei da ultima vez. Limpo e arrumado. Meto as minhas malas ao lado da porta e descalço-me para estar mais confortável. Empurro as cortinas para trás dando claridade ao quarto, já que ainda é de dia aqui e em Londres já são quase nove horas, e abro as janelas para meter ar fresco no meu quarto, têm um cheiro esquisito.

A porta do meu quarto é aberta e eu viro-me para a direcção da mesma quando oiço uma tosse seca. A minha boca abre-se e eu dou um pequeno grito quando vejo os dois gémeos dentro do meu quarto. Eu caminho até eles e ambos envolvem-me num abraço grande e apertado. Os meus pés deixam de tocar no chão por momentos.

- oh meu Deus, as saudades que tinha vossas! – exclamo.

- podemos dizer o mesmo.

Eles metem-me no chão e eu afasto-me.

- nós temos tanto para conversar, parece que não vos vejo há anos.

- tu é que te meteste incontactável. – Aiden diz e arrependimento transborda para fora de mim.

- eu peço desculpa, a sério que peço. Mas quando eu saí daqui eu e o Liam estávamos naquela situação e depois aconteceu outras coisas e também estive não só com as raparigas como também com a crew deles a ajudar a preparar tudo para os concertos. Foi dias agitados e cansativos, não era o meu objectivo deixar-vos para trás.

Respiro.

- Hey, Ro, nós compreendemos, não te estamos a julgar.

- o meu pai é que me disse que vocês entraram para a universidade! Eu nem sabia que vocês estavam com intenções de ir! – meto as mãos no ar.

Eu sou mesmo uma péssima amiga.

- porque estudos e escolas, ou universidades, nunca foi o nosso tema de conversas em nenhuma das vezes. Nós também não sabíamos que a Haz ia para a universidade até vocês as duas aparecerem em nossa casa a gritar como duas ambulâncias.

The Contract » liam payneOnde histórias criam vida. Descubra agora