cap.02

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A casa nova era aconchegante, devido o fato de ter cores extravagantes como amarelo e verde quase que como um abacaxi, Bob conseguiu um ótimo valor para poder morar quase a lado do amigo.
– Ei Bob Esponja.
– Fala Patrick.
– O nosso vizinho é um cara meio mal humorado sabe – O jovem de cabelos rosados dizia em um tom despreocupado enquanto comia bolinhos de chocolate sentado na poltrona da sala.
– Tudo bem – Bob sorriu confiante – Ele só precisa de uma dose diária de bom humor do Bob Esponja.
– Não é bem isso sabe – Disse de boca cheia – Ele é bem estranho também.
– Estranho?
– Sinistro.
– Duvido – Bob se levantou – Vamos.
– Onde?
– Falar com meu novo vizinho Patrick – Riu – Vou e mostrar que ele não tem nada de sinistro isso é sua imaginação.
– Isso não é uma boa ideia, vá você eu fico aqui olhando pela janela – Patrick colocou mais um bolinho na boca – Não posso deixar esses pobres bolinhos sozinhos.
Bob apenas revirou os olhos, saiu pela porta confiante sabia que seu amigo era exagerado. Ao sair notou que a casa tinha tons escuros, por um momento pensou que o amigo tinha razão voltar talvez fosse uma boa ideia mas nunca fora covarde não muito ou era de mais para de fato admitir o problema era sua curiosidade aguçada para causar problemas, suspirou fundo e continuou pela calçada até a grande porta.
Se arrepiou ao ver o tapete de forma direta ‘’vá embora’’ o que deixava sua curiosidade ainda mais aguçada para ir ate a porta e não pensou apenas bateu três vezes esperando que a mesma se abrisse. Impaciente ele balançava o corpo para frente e para trás cantarolando baixo uma melodia qualquer.
A porta se abriu e dela o sujeito alto de cabelos azulados o olhava de cima devido a diferença de tamanho.
– Oi eu sou Bob Esponja e sou seu novo vizinho – Bob dizia com o sorriso no rosto.
– E quem disse que eu me importo? – A voz ácida do sujeito saiu rouca.
– Hum, bom é de costume que os vizinhos se apresentem quando tem alguém novo na vizinhança – Bob estendeu a mão.
– Isso não é problema meu – O homem dizia sem esboçar nenhuma expressão, o olhar levemente caído e a boca levemente curvada em negação – Va embora.
– Não vai me convidar para entrar? Tomar um café? Comer biscoitos? E falar seu nome? – Bob disparava perguntas pelo ar e quando parou para tomar ar o homem a sua frente apenas suspirou.
– Se eu disser meu nome você cai fora? – Ele perguntou cerrando os olhos.
– Urum – Bob afirmou com brilho nos olhos.
– Lula Molusco – E antes que Bob pudesse falar qualquer coisa ele bateu a porta.
– É um prazer Lula Molusco – Disse mais alto e sorridente.
De sinistro aquele homem não tinha nada era apenas um mal humor que ele confiante tinha certeza de que poderia melhorar com o passar dos tempos.
– Viu Patrick não foi nada de mais – Ele disse entrando em casa.
– Bom você é doido e eu vou pra casa – Patrick esticou as costas – Ah e alguém comeu seus bolinhos.
Bob apenas riu, seu amigo por mais que parecesse uma criança era muito inteligente o fato é que ele era desengonçado e adorava gulodices.
Logo ao anoitecer tomou seu costumeiro chá e se pôs a frente da TV assistindo O Homem Sereia e o Mexilhãozinho um de seus desenhos favoritos, foi ai que escutou a melodia calma vindo pela janela uma melodia que poderia escutar sem pressa e apreciar por toda sua vida que ainda acharia que não era suficiente. Ao olhar pela janela notou que a mesma vinha da casa de seu vizinho Lula Molusco e a curiosidade tomou-lhe mais uma vez.
Subiu pelas escadas até o quarto sua janela estava aberta e então notou que a mesma dava de encontrou com a janela dele, olhou de esgueira pela cortina o vendo sentado em frente a uma partitura enquanto seus dedos deslizavam pelo instrumento de sopro. A melodia acalmava seu coração como se sua alma estivesse em paz e podia ver o quanto ele era bonito visto daquele ângulo, deu mais um passo para a frente mas a musica parou e então ele se encolheu Lula olhou pela janela em suas costas e cerrou os olhos, foi até a mesma e então a fechou adorava tocar mas odiava ser visto tocando quando a musica ainda não estava pronta.
– Ele toca tão bem – Bob disse a si mesmo com a mão no peito seguida de um suspiro.
A música continuou agora mais abafada devido ao fato de que a janela estava fechada, ainda sim Bob se deitou em sua cama deixando que a mesma o levasse a sonhos incríveis naquela noite.
Ao amanhecer a sensação de bem estar tomou-lhe por completo, a sensação de que o dia seria bom e que ele enfim conseguiria um novo emprego. Apressou-se tomando banho e vestindo suas roupas, desceu pelas escadas notando que esqueceu a TV ligada e então a desligou. Comeu torradas com chá e saiu de casa sentindo o ar puro de um belo dia, olhando em volta notou sem vizinho saindo de casa com uma bicicleta seu rosto franzido e a postura impecável deu-lhe uma olhada de canto e quando Bob percebeu acenou alegremente para o homem que apenas ignorou seguindo seu destino de viagem.
Bob andava alegre pelas ruas, se sentia feliz por estar ali recomeçando as ruas ganhavam movimento e as pessoas que passavam por ele cochichavam entre tortos, Bob era um rapaz bonito e na moda suas roupas estavam sempre impecáveis a camisa branca social até metade dos braços seguida por uma gravata vermelha que balançava com o vento, calça marrom xadrez segurada por um suspensórios e os sapatos sociais incrivelmente limpos, os cabelos loiros balançavam com o vento e os olhos azuis claros ganhavam um tom especial nos raios de sol o que fazia com que as mulheres sempre o olhassem com certo fascínio.
Chegou à agência de empregos confiante de que sairia dali com um ótimo emprego e quando sua senha foi chamada por um dos balcões faltou explodir de alegria.
– Oi meu nome é Bob Esponja – Disse sentando-se.
- Olá Bob Esponja meu nome é Lucy vamos ver se encontro algo para você – A moça sorriu – O que sabe fazer?
– Sou um ótimo cozinheiro sabe sei fazer de tudo.
– Ótimo vejamos – A mulher digitou algo no computador e logo começou a vasculhar por informações – Tenho uma vaga para cozinheiro.
– Serio serio serio? – Bob pulou na cadeira.
– Sim – Ela riu com sua alegria – Mas o restaurante tem algumas reclamações de funcionários, parece que o dono é mão de vaca e o salário é bem baixo.
– Não importa eu aceito – Seus olhos brilhavam em felicidade.
– Certo o nome do restaurante é Siri Cascudo, você deve levar esse papel e procurar por Eugene Serigueijo.
– Pode deixar – Bob pegou o papel das mãos da mulher e logo a apertando – Obrigado.
Saiu dai contente, enfim começaria a trabalhar e pelo que soube o restaurante era um dos melhores da cidade.
Chegou no estabelecimento que devido a hora estava vazio, aproximou-se do caixa que estava de costas.
– Com licença gostaria de falar com o senhor Eugene Seringueiro.
– Senhor Sirigueijo – O home gritou – Tem um rapaz querendo falar com o senhor – Ao terminar o homem se virou encarando a imagem do rapaz sorridente a sua frente – Ah não.
– Oi vizinho – Bob sorriu ao ver que o homem era conhecido e que trabalhariam juntos – Ou melhor Lula Molusco huh?
– O que faz aqui?
– Vou trabalhar aqui.
– Olá rapaz – O homem ruivo apareceu pela porta, os traços da idade aparentes e a barriga estufada – Você deve ser o Bob Esponja a agência disse que viria venha venha.
Caminharam até a sala pequena ao lado e Bob notou a quão sofisticada era sentou-se na cadeira almofadada e dali conversaram. De fato, o que a mulher antes havia dito era verdade notou que o homem era mão de vaca e pagava pouco mas não deixava de imaginar que aquele seria o ponta pé inicial de sua jornada como cozinheiro e por isso aceitou as condições de bom grado além de que trabalharia ao lado de seu vizinho ao qual poderia conhece-lo melhor.
– Lula Molusco esse é Bob Esponja e ele vai trabalhar com a gente – Sirigueijo disse dando tapinhas no ombro do rapaz.
– Que felicidade – Lula molusco disse sem esboçar nenhuma expressão.
Bob estava tão feliz que quase não se continha na roupa, voltou para casa saltitando e cantando agora era questão de tempo até seus sonhos se tornarem reais.

O Arco íris ObscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora