Capítulo 2: Conhecendo os Bane

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Magnus soltou sua cintura e sorriu, pegando a mala em seguida. Ele não deveria ter se assustado quando o homem segurou sua mão e andou pelo aeroporto rumo ao estacionamento, mas ele tinha se assustado e por sorte o marido de Alexandre não percebeu e ele pode manter o sobressalto para si mesmo.

O relógio de ouro já teria denunciado a fortuna da família Bane mas ele só foi cair na real quando viu o carro de Magnus, um carro que ele não sabia nem qual era.

—Quer dirigir?— Perguntou Magnus e ali concedeu a ele o segundo susto.— Comprei esse de surpresa porque eu sei que você queria.

Alec negou com a cabeça bem rápido porque além de não saber dirigir ele não iria tentar aprender com um carro que poderia facilmente comprar uma casa num bairro mediano da cidade.

—Estou cansado. Quem sabe outro dia?— Respondeu Alec. Ele não sabia se Alexandre assumiria cansaço mas o fato é que não tinha outra desculpa em mente porque esse carro era o tipo de carro que aquele homem iria querer.

Magnus guardou sua mala e depois abriu a porta para ele, com o sorriso que Alexandre descreveu na semana em que passaram juntos como ''idiota e muito apaixonado''. Não era um eufemismo, talvez ele tirasse o idiota mas com certeza era muito apaixonado.

—Como foi na clínica? Eles te trataram bem?— Perguntou Magnus já encaminhando os dois para a saída.

—Sim, foi tudo bem eu acho...— Alec suspirou e encostou a cabeça no assento tentando relaxar.— Não estou mais fumando se é isso que perguntou.

Magnus olhou para ele de relance provavelmente tentando entender o que tinha acontecido com o marido alegre e falante.

" Está viajando o mundo com o amante, não pergunte muito"— Pensou Alec, mas não disse.

—Você parece especialmente cansado hoje. Aconteceu algo que te chateou?— Perguntou Magnus e céus como ele era atencioso.

—Não é nada demais, os enfermeiros de lá disseram que posso ficar um pouco mal humorado nos próximos meses.—Respondeu Alec. Magnus colocou a mão na sua perna em um gesto singelo de apoio e ele tentou não reparar naquele toque, assim como estava tentando não pensar no beijo incrível do aeroporto.

— Pode reconsiderar não dormir no mesmo quarto que eu e a gente resolve juntos esse problema de mau humor...— A sugestão pareceu um pouco ansiosa e desajeitada. Alexandre tinha avisado que dormirem separados deixava Magnus chateado mas ele prezava sua privacidade acima dos caprichos do marido.

—Magnus, é sério que vai começar com esse assunto agora? Eu fiquei um tempão em uma clínica com as pessoas controlando tudo o que quero fazer e quando chego em casa, esperando boas vindas simpáticas, você volta nesse assunto que me incomoda?— Alec usou todo o seu potencial para parecer indignado e pela expressão culpada de Magnus, funcionou.

***

O resto da viagem depois da sua falsa explosão de birra foi silenciosa porque aparentemente esse assunto era mesmo delicado para Magnus. Alec também não conseguia imaginar casar e não dormir na mesma cama que o marido mas na atual circunstância isso era um bônus já que passar um ano dormindo com esse cara na mesma cama não deixaria muita margem para evitar encontros íntimos e tinha decidido evitar. Não iria ter a primeira vez com um cara que nem conhecia e que achava que ele era seu marido experiente.

A casa dos Bane foi o terceiro aviso do dinheiro que eles tinham. A fachada bege e cheia de janelas parecia recém saída de um filme e ele passou a mão disfarçadamente pelo queixo para evitá-lo de cair e revelar sua surpresa.

O Outro - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora