DAY
Ao chegar na casa da minha mãe, vi a mesma correr em direção o carro. Eu mal tive tempo de sair do carro e já senti meu corpo ser esmagado em um abraço.
- Eu vou senti tanta falta de você, meu amor - ela falou, me apertando ainda mais.
- Eu também vou, mãe. Pode me soltar só um pouquinho?
Ela me soltou e deu um beijo estalado na minha bochecha. Logo ela foi atrás da Carol, fazendo o mesmo que ela fez comigo. Ela abraçou todos nós e então entramos em sua casa.
A casa dela era toda arrumada, quentinha por conta dos aquecedores que ela fez questão de colocar em praticamente todos os cômodos. Selma segurava Noah em seus braços, enquanto minha namorada levava Liam. Felipe estava jogando em seu tablet.
- Vão voltar quando?
- A gente nem foi e você já está pensando em quando voltaremos? - Carol olhou para mim em repreensão. - Desculpa.
Aquele olhar dela me dava medo. Era o olhar de mãe dela, que ela não usava apenas com os meninos, mas comigo também. Inclusive, ela usava mais comigo do quê com as crianças.
- Não posso mais? Você nunca vem me visitar - começou o drama.
- Eu tenho trabalho e filhos, mãe. Prometo ligar todos os dias!
- Você vai voltar para o departamento que você trabalhava? - ela mudou de assunto.
- Sim. Eles pediram para eu voltar pra lá, porém, eu ainda tenho que esperar um pouco por conta dos machucados que não estão cem porcento.
- Mas já melhorou bastante, não é?
- Sim, ainda bem, eu mesma não aguentava mais ficar de cama.
Continuamos conversando, mas tivemos que ir embora logo. Nos despedimos da minha mãe e então fomos para o aeroporto.
Noah começou a ficar agitado, o que fez Liam ficar agitado, o que fez Carol começar a chorar.
Eu não entendi nada!
- Amor, calma! Não precisa chorar. Eu tento acalmar as crianças.
Peguei Liam e Noah juntos nos meus braços e comecei a caminhar lentamente pelo aeroporto. Os dois se acalmaram, e eu voltei para perto de Carol.
- Mamãe, já está chegando a hora da gente ir? - Felipe perguntou, olhando para mim.
- Só daqui vinte e cinco minutos. Chegamos um pouco adiantados.
Percebi Carol ficar nervosa. Resolvi não falar nada, era capaz dela me matar alí mesmo.
Ela estava trocando de humor facilmente nesses dias. Eu até poderia suspeitar que ela esteja grávida, mas ela mesmo disse que não queria mais ter filhos, então, não sei o que pensar.
Pode ser o nervosismo de voltar para Nova York, ou até por tudo o que nós passamos nesses últimos meses.
6 HORAS DEPOIS.
Enfim, chegamos. Estava muito frio em Nova York, não sei como eu mesma aguento isso. Não queria dizer nada, mas em Los Angeles o clima era melhor.
- O apartamento já está pronto, não é? - escutei Carol perguntar. Eu apenas levantei as chaves para ela.
Iríamos ficar em um apartamento perto do departamento aonde eu irei voltar a trabalhar.
Desci do carro, que já estava estacionado na frente do apartamento. Ele era bem grande, e pelas fotos que eu vi, era espaçoso. Ainda bem, com três crianças é preciso de muito espaço.
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coisa rara | 2°T
Historical FictionCaroline resolve voltar para Nova York, Dayane não tem outra escolha e volta com sua família para sua cidade natal. Mas com essa volta a Nova York, muitas coisas acontecem. Será que essa família irá ter paz? Será que elas se livraram de todas as pes...