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Segunda autora: Cho-kado ❤️
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- É... Você tem algo com o Bruno? - Falo um tanto nervoso - Tipo, vocês sempre andando juntos e eu vi.. - sou cortado por sua voz firme e séria.
- Nossa.. você tá muito errado, então para você quando uma pessoa anda com outra significa que ambas têm uma relação. Você é realmente inocente - Abro a boca para me explicar mas ele me interrompe novamente. - silêncio, eu vou falar agora. Então você quer dizer que eu e você temos algum relacionamento pelo fato de andarmos juntos? - Abaixo a cabeça corando, eu estava muito envergonhado, e meu coração estava muito acelerado. como eu pude dizer isso e ter essa idéia. O que eu digo agora?
- Mas.. vamos mudar de assunto. - Ele diz se mostrando desconfortável e envergonhado, acho que ele acabou de perceber o que falou.
- É.. - Fico quieto por alguns instantes, pensando no que dizer, esses instantes se tornaram minutos, eu não podia continuar aquela conversa estranha, mas o silêncio estava constrangedor.
- então... Me desculpe, eu não queria dizer isso, só estava curioso. fiquei curioso apenas. - Abaixo a cabeça e escuto uma risada baixa e rouca.
- Tá tudo bem cara! Eu não ligo, mas me imaginar com o Bruno é bem estranho. - Levanto a cabeça rindo um tanto alto.
- É ... Eu já vou para casa,se não fica muito tarde e eu não posso deixar meu irmão sozinho. Tchau - Aceno e e ele apenas mexe a cabeça rapidamente em sinal de despedida. Isso foi estranho, o que deu em mim para perguntar aquilo?. até se eles estivessem em um relacionamento já ia ser uma baita falta de respeito perguntar. Chego em casa e destranco a porta.
- Oi Luís! - Sou recebido pelo meu irmão , Bem, meu pai deu esse nome a ele , para que ele não tivesse vergonha da sua origem e o significado do seu nome era Paz.
Ele era bastante apegado a mim, ele é um garoto difícil de fazer amizades na escola, o que me torna seu único amigo, meu pai o adotou e os colegas da escola o julgam por conta de sua étnia, ele veio do zimbabwe , na africa. E por mais que estejamos no século vinte um , as crianças podem ser bem crueis com ele , com certeza os pais piores e sempre arranjam uma forma de julga-lo e pelo fato de não ser filho legítimo e por fazer parte de uma família totalmente negra. E foi bem difícil fazer a matrícula dele nessa escola. A diretora criou várias desculpas para ele não ser matriculado lá. Aquilo era horrível , isso é horrível.
- Oi Bem - Digo colocando minha bolsa em cima do sofá e me sentando ao seu lado, ele estava jogando no seu Ps4.
- Resident Evil? De novo? Você gosta bastante desse jogo.. - digo em tom de brincadeira, já era bem a 6° vez dele jogando esse jogo, ele já sabe de tudo, mas eu prefiro Mortal Kombat, eu gosto de todos os jogos da saga.- Ah o Pai não compra o 2, eu vou aproveitar pra jogar esse. Eu tô com fome.- Ele reclama. eu me esqueci de deixar algo pronto pra quando ele chegasse, sou um péssimo irmão. Me levantei e fui preparar um lanche simples mas que não o deixasse com fome ainda, se bem que eu também estava morrendo de fome também. Assei pães e fiz um café, bem básico, mas nutritivo. Vou a sala novamente e entrego o lanche para Ele e me sento ao lado dele de novo.
- Você veio com aquele seu amigo? O Cauê? - Dou uma risada, ele nunca acerta o nome do Kauã.- É Kauã menino, você não consegue decorar um nome tão prático? - Ele dá uma gargalhada, mas para. como se refletisse algo.
- Vocês são amigos certo? - Faço que sim com a cabeça - Por que ele nunca veio aqui? Tipo, amigos vão a casa um do outro né? Eu não tenho amigos, então não sei bem como é, mas, por que?
Me assusto um pouco com o nível em que as perguntas chegaram, mas, eu também queria saber a resposta.
- eu também não sei. - Mordo meu pão frustrado - Acho que não seria uma boa idéia chamá-lo pra cá, ele é um pouco distante, nós nos falamos, mas as conversas, não passam de meros minutos e se bobiar segundos apenas. Mas ele é bastante legal, não temos tanta intimidade e acho que ele não iria me contar a história da vida dele. Mas eu tendo, me aproximar e nunca dá certo, ele de certa forma meio que me distancia. mas quando dá certo, dura pouco. - Desabafo, não sei se o que eu tenho com o Kauã é realmente amizade, parece algo mais do acaso. Meu irmão balança a cabeça lentamente e levanta do sofá pegando meu prato e minha caneca indo para a cozinha. Me levanto também avisando que tomaria banho.
Lá estava eu, pensando no acontecido de hoje, no banheiro, eu estava envergonhado pelo acontecido ainda, como eu olharia denovo para o Kauã. Termino meu banho e me visto e vendo que já era noite , quanto tempo fiquei nesse banheiro? Decidi que iria pro meu quarto. Eu precisava pensar numa desculpa para não ir ao colégio amanhã.
Me deito na cama , pensando em hoje de manhã e me viro. Ficando frente para a parede.
Eu realmente não sei o que dizer e se ele não falar comigo ? Me reviro na cama , tentando dormir, mas o que aconteceu hoje de manhã me pertuba , me impedindo de dormir. - JÁ SEI! - grito um pouco, ouvindo o resmungo do meu pai no quarto ao lado. Vou fingir que estou doente , deve ter tutorial na internet.
Eu aproveitei a minha idéia brilhante, e não dormi , para tentar fazer uma bela maquiagem e destacar bastante olheiras, eu realmente parecia doente. Segundo o tutorial , eu tenho que agir normalmente , como se estivesse bem, o que realmente estou. Me visto com a farda e vou para sala, vejo meu pai , Marco , quardando papéis numa maleta.
- MEU DEUS!! - Meu pai se assusta com meu rosto , meu plano está dando certo. Me sinto mal agora.
- Oque ouve com você meu filho?! - a reação dele está impagável.
- pai, Eu estou bem . Não se preocupe. bem vou comer , pra ir a aula. - rapidamente meu pai vem em minha direção, me tocando nas partes do rosto , ele estava preocupado. O que me deixava mais culpado ainda.
- pai , eu não estou doente. Só Não quero ir a aula hoje. - confessei. Não gosto de mentir para o meu pai , ainda mais quando ele fica preocupado.
- tudo bem, meu filho , não precisa ir a aula hoje. Só Não precisava ter mentido para mim. - beijou minha testa e saiu , acho que estava atrasado. - leve seu irmão para a escola , não vou poder levá-lo, estou atrasado. - fala abrindo a porta e assim indo embora. Bem aparece na sala - você não vai a aula? Pois então eu também não vou. -ele diz se jogando no sofá. Acho que está na hora da lição de moral. Vou em sua direção e me agacho em frente ao sofá, olhando pro seu rosto. -olha , eu sei que isso é difícil pra você, mas não é necessário ter amigos , a única pessoa em que você mais precisa é você mesmo, por isso tente não perder a si mesmo, aqueles garotos não merecem sua amizade , se você quer que eles se sintam arrependindos ou pode ser um tipo de vingança , você tem que ser melhor que eles , não se rebaixe a esse nível, se você chegar em um patamar que eles sintam inveja de você e que eles venham correndo pela sua pessoa. Você tem que ser melhor e muito melhor , mas no seu tempo e principalmente ignora-los , porque se você não liga , eles estarão passando vergonha. Quero que você seja chamado para Harvard e descubra a cura do câncer. - ele ri baixo - e não se preocupe ok? Eles não merecem sua atenção e muito menos sua amizade, não sofra por isso. - eu sorrio pra ele e o abraço. - tá certo eu vou pra escola hoje. - ele se levanta indo em direção ao banheiro.
Faço um lanche pra nós dois.
Bem , novamente vem para a sala já vestido com a farda e se senta a mesa.
Saimos de casa e fomos em direção a escola. Nós ja estamos atrasados e a escola Provávelmente usaria isso como desculpa pra tentar tirar ele de lá. Meu pai deveria tirar ele dessa escola , mas acho que é difícil ele achar um tempo pra isso. Mas acho que ia ser bom pra ele ficar longe desses garotos que fazem tão mal a sua autoestima.
Chegamos na escola dele , que era um pouco longe.
Quando entramos recebemos vários olharem , era como se eu tivesse estacionado uma nave e o que tivesse saído foi dois aliens e não seres humanos. O deixei na porta e me despedi beijando sua testa.
- e faça o que eu disse ok? Vai ficar tudo bem. Vou falar com o pai e ver o que ele acha de você estudar na minha escola. - ele sorriu grande e me abraçou - obrigado irmão - e entrou. Talvez eu consiga uma vaga pro meu irmão no meu colégio.
Chego em casa e me jogo no sofá, pensando em ontem , eu realmente não sei o que deu em mim para perguntar aquilo. Será que eu pareci ciumento ? O que ele disse sobre também sermos um casal por andarmos juntos... ai aquilo me deixou tão envervonhado , mas ao mesmo tempo... feliz. Escuta-lo dizendo que somos um casal , me deixou esperançoso. Eu me pergunto por quê ele? Acho que todos os garotos que gostei nunca me corresponderam, mas eu nunca tive coragem de dizer. Me descobri gay muito cedo , eu estava no 5 ° ano do fundamental e tinha doze anos , não sabia o que acontecia comigo , mas eu sabia que eu estava amando. Meu pai ficou do meu lado todo o tempo , me disse que estava tudo bem e que não havia nada de errado em amar. E por causa disto eu tive coragem pra dizer meus sentimentos , pela primeira vez e a única , e eu também beijei pela primeira vez. Foi algo muito bom. Mas acho que para o garoto não foi fácil, ele não se aceitava e não sei mais nada dele. Ele sumiu depois do beijo.
Eu gosto tanto do Kauã, eu amo ele. Mas sinto que isso vai ser apenas uma amizade ou pode acabar e nós nem sermos amigos. Eu faço tudo errado. Me levanto do sofá e vou para o meu quarto, É melhor eu dormir .
3 horas depois
Acordo com o barulho incessante de batida na porta. Meu irmão não era , estava muito cedo para ir buscá-lo. Me levanto, pensando que eu poderia fingir que não estou em casa. Vou em direção a porta e a destranco-a abrindo e me surpreendendo com quem era.
-Bruno? - por que ele tá aqui ? Eu realmente poderia fingir que não estava em casa.
- eai , Luís! - ele me empurra já entrando na minha casa e eu estava meio com medo , mas fecho a porta e sou impedido por um empurrão na porta.
- Kauã?!
O que que tá acontecendo aqui?Continua...
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Seu Sorriso (Gay)
Teen Fiction"Eu tenho várias razões para me perder nos seus olhos de luas azuis , mas me perder no sorriso dele ... me perder nele, pensando nele, mesmo que ele esteja perto de mim ... eu realmente não sei o que está acontecendo comigo." não copie, crie