............

23 3 3
                                    

18:10 p.m.
Havana
27/01/

    Estávamos lá, depois de passar por várias lojas eu escolhi meu vestido mas Sara, a madrinha que minha irmã comentou ainda não, então nós separamos eu e Sam ( amigo de infância do Mark) e a Doty, namorada dele,  decidimos passear pela cidade enquanto Sara e irmão dela Daniel escolhiam o vestido dela.
 
     Mas explicando um pouco melhor, fui muito bem recebida, família simpática bem hospitaleira, não estava me sentido deslocada em momento algum, ligava pra Hope, Lili e até pro Kity, mas ao mesmo tempo que eu estava confortável, sentia muita falta de Londres, fazem só alguns dias mas já sinto falta do clima de lá, do cheiro de café e até das meninas reclamando e fazendo bagunça no meu apartamento.

      Seguimos subindo uma ladeira, sinceramente espero que a vista compense, me conversaram dizendo que seria a uma vista que eu nunca esqueceria. Realmente.

     Era simplesmente perfeito, sabe aqueles desenhos que vemos de paisagens, mais especificamente do por do sol? Não importa quantos daqueles desenhos eu tenho visto, não tinha como eu não me impressionar com aquele lugar, era aconchegante, passava essa sensação de tudo bem, de que nada nos importava além daquele momento, olhando para aquele sol baixo e com um tom muito forte de laranja, aquela cor que o sol só atinge quando está se pondo, ao fim de um dia que foi lindo e ensolarado, com aquelas variações de cores tão repletas, uma mistura harmoniosa de laranja, vermelho, rosa, até uns tons pastéis de roxo.

    Depois de apreciar um pouco comecei a observar as pessoas ali, eram casais, sério, de 100 pessoas que estavam ali 98 eram casais, sobrava eu e o cara que vendia lembrancinha, pra ajudar mais ainda na minha solidão Sam e Doty haviam saído atrás de algo pra beber. Não me entenda errado, não estou desesperada, mas é nesses momentos que se torna quase inevitável se sentir encalhada, eu queria sim alguém, pra estar ali comigo, nem que fosse pra me olha e dizer que eu tava toda descabelada com aquele vento fraco que batia as vezes, não me sentir sozinha, acho que essa é a sensação que quero experimentar, deitar de noite e ter com que falar sobre meu dia, preparar uma refeição pensado em quanto vou fazer alguém feliz com ela, reclamar de toalhas molhadas no lugar errado e esses clichês todos, sei que não é só um mar de rosas, que tem vários espinhos, mas os espinhos deixam tudo ainda mais incrível. Talvez essa cidade esteja me deixando mais carente, talvez.
    Mas justo nesse momento de carência sinto meu celular tocando, olho o ecrã e vejo que é...

Can I Ever fall In Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora