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Peguei um táxi com o que sobrou de dinheiro e aqui estou agora, correndo as escadas dessa porcaria de prédio que decidiu que era um bom dia pra quebrar o elevador. Bato na porta do seu apartamento e meio que instantaneamente ele abre como se estivesse literalmente ali ao lada da porta esperando para abrir, me olha com um sorriso amarelo e envergonhado, admito que grande parte da minha raiva passsa ao ver que nada de ruim aconteceu com ele, me sinto aliviada, mas ainda temos muitas coisas a esclarecer aqui.

- Oi.. - ele fala abrindo a porta dando espaço para mim entrar, assim o faço - Você não faz idéia do quão envergonhado estou agora, não sei como vou conseguir conhecer suas amigas, não tenho coragem de olhar elas no rosto depois dessa noite, que ótima primeira impressão devo ter deixado.

- Elas ficaram mais preocupadas do que frustradas não se preocupe, se você tiver uma boa explicação elas te perdoaram.Que negócio é esse de assitente social? - Pergunto ja sentada toda esticada no sofá extremamente cansada das escadas, realmente preciso fazer mais exercícios físicos, ele senta ao meu lado me esticando um copo de água da jarra a qual ele deixa a postos na mesa de centro.

- Sei que nesses momentos ser sincero e direto é o que resolve os problemas, mas sinceramente não me sinto completamente pronto pra falar sobre isso em específico, te chamei aqui principalmente pra me desculpar, não fiz por mal, realmente quero conhecer suas amigas se elas são importantes pra ti isso também é importante pra mim. Não estou evitando contar sobre o que aconteceu, só espero que compreenda que ainda não me sinto confortável.

Não respondi na hora, fiquei analisando o rosto dele em cada expressão que ele fazia assim como ele fazia com o meu, eu disse que faria isso sem pressa, que respeitaria o tempo dele assim como eles respeitaria o meu para que eu pudesse descobrir os meus sentimentos e a sinceridade de tais, por mais curiosa que esteja agora, vou respeitar o espaço dele assim como ele sempre respeita o meu.

- Entendo o que quis dizer, mas será que pode pelo menos me dizer que confusão tu se meteu hoje? - Ele automaticamente sorri, não tinha percebido até o momento o quão tenso ele estava, ao perceber que eu não ia forçar a barra ele relaxou e respondeu.

- Ah sim, não foi exatamente uma confusão, uma senhora foi na loja querendo devolver um produto ao qual não tinha opção de troca, ela já tinha visivelmente usado o produto, a compra tinha sido realizada há uns dois meses atrás, eu nem trabalhava lá, mas como eu não quis fazer a troca e minha chefe não estva ali ela chamou a polícia, como eu não posso me envolver com nenhum problema ao saber da "ocorrência " minha assistente social já veio super estressada e nem quis ouvir minha versão da história. Mas amanhã vamos resolver tudo.

Parece que seu dia foi mais cansativo que o meu- Ele solta uma risada leve ao me ouvir dizer isso e se estica sentado no sofá a minha direita- já jantou?

- Ainda não, fiquei tão preocupado em não conseguir falar contigo, meu celular ficou na loja e estava sem a chave só pego amanhã, então tive que esperar o Peter vir aqui, ele chegou junto com a assistente então só pode sair depois dela, acabei perdendo toda fome.

- Quer que eu prepare algo pra ti?- pergunto

- Não precisa não já esta muito tarde, de manhã compenso no café.

A forma como ele parecia despreocupado com a assistente social mostrava que não era a primeira vez que  passava por aquilo, eu queria saber, queria muito, mas vou esperar, não é como se eu já tivesse contado tudo sobre mim também...

Can I Ever fall In Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora