Capítulo 01

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Acordo com a claridade atingindo meus olhos em cheio, levanto e desligo o despertador, calço minha pantufa e vou fazer minha higiene matinal, exatamente às 06:05, depois de ter me banhado eu vou para o meu quarto e visto uma jeans, blusa listrada e um all star.

Tomo o meu café, às 06:25 e pego minha bolsa de lado para mais um dia de trabalho, vou para o ponto de ônibus e espero, hoje ele tá atrasado, por fim ele chega depois de 7 minutos atrasado.

Quebra de tempo...

Chego e comprimento o senhor João, ele é dono do Starbucks, com seus 63 anos de idade, passo por ele o advertindo:

-Doce Jesus, Seu João, quantas vezes vou falar com o senhor para não subir nas escadas? Pela milésima vez, não é mesmo?- ele sorri ao ouvir a minha voz e me responde.

- Minha menina, cuide de ir se trocar deixe esse velho rabugento aqui, vamos, vamos- ele diz fazendo sinal para eu ir, nesse momento eu apenas sinalizo minha cabeça em sinal de desaprovação dando risada e vou lavar as minhas mãos e vestir meu avental, estou sentindo que hoje vai ser um ótimo dia, ouço um barulho vindo das mesas lá de fora, vou indo apressada para ver o que é e para resolver essa situação, saio correndo, qual é? Estou curiosa, esse bairro é bem calmo, raramente acontece algum desentendimento, estou aqui já 3 anos e 8 meses e só aconteceu algo assim, somente duas vezes, não posso perder a oportunidade e nem o emprego. Chegando na mesa vejo uma cadeira jogada de lado, e seu João estressado, o que é raro também, aproximo dele e toco em seu braço e pergunto:

- Seu João, está tudo bem? Precisa de ajuda?- pergunto encarando um homem de terno, que está sentado no outro lado da mesa com as mãos cruzadas sobre a mesa.

-Ee..uu... Vou ter que vender esse lugar minha menina, me desculpa, sente aqui, que eu te explico- pego a cadeira que estava derrubada a levantando e sento na mesma quando o senhor de cabelos grisalhos e sorriso acolhedor começa a explicar...

- Tenho dívidas, eu tentei - ele diz dando um suspiro longo e com os olhos marejados- eu tentei continuar com esse cantinho, mas minha dívida ainda não está paga no banco e eu hipotequei a vendinha, agora vou ter que vende- lá, e não tenho como te arranjar outro emprego.

Ainda não acreditando no que eu tinha acabado de ouvir eu coloco a mão na cabeça massageando minhas têmporas.

- Olha, tudo bem, vou consegui arranjar outro emprego, eu entendo a situação do senhor, vou lhe passar o meu contato, eu sei que o senhor não gosta de tecnologia moderna, mas se precisar me ligue- anoto no caderninho e dou a ele, pelo visto eu estava enganada, hoje o dia não começou nada bom.

Me desperço de seu João e pego minha bolsa tirando o avental pela última vez, ainda sem acreditar saio do Starbucks e fico parada observando onde eu passei um bom tempo e que irei sentir sauda...- sou interrompida por um empurrão de um cara passando, como se a vida já não estivesse ótima, agora vou sair daqui com o braço doendo, ah mas não vou deixar mesmo! Vou atrás do cara que quase tropeçou em mim, é um jumento mesmo, não enxerga direito e ainda por cima, sai sem ao menos pedir desculpa, vou atrás dele a passos largos para o alcançar e quando enfim eu o alcanço.

- Olha...- falo colocando as mãos no joelho, realmente eu estou uma sedentária de carteirinha, assim que ele vira vejo um deus grego, doce Jesus, seus olhos verdes são marcantes e entra em contraste com o seu cabelo preto, assim que ele percebe quando eu estou encantando ele dá um sorriso de lado, mas que pervertido, filho de uma mãe, aperto os meus olhos e falo indignada:

-Quem.pensa.que.você.é? Hein?? Responde, para sair simplesmente me atropelando sem mais nem menos e sabe o que é o pior? -Quando ele faz menção de responder eu respondo- Você nem me pediu desculpas!! Grr, não sei com quem você convive, mas eu não vou deixar você sair sem me pedir desculpas. - ele arqueia as sombrancelhas em espanto e o sorriso se fecha e logo ele me responde com o olhar firme.

- Eu sou a pessoa a qual você jamais vai ousar elevar esse tom de voz novamente, eu não tenho culpa se você vive no mundo da lua em uma rua. - ele diz e eu o olho firmemente e dou um belo de pisão nele e saio andando calmamente e ouvindo ele resmungar lá atrás, chego no ponto rapidamente, por sorte o ônibus não demora, são 11:15 da manhã, dá tempo de eu ir em casa, almoçar e voltar para distribuir os meus currículos.

Chego em casa pela tarde, estou exausta, as minhas pernas doem e a minha cabeça está a mil, logo após me banhar eu deito na minha cama agarrada com a foto da minha família.

Olá, saiu esse capítulo bem pequeninho, mas posso afirmar a vocês, lá vem bomba pela frente, não esqueçam de votar para dá uma força. Bjs.

Metamorfose (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora