Capítulo 02

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Passei dias procurando um emprego, realmente eu sou um fracasso, não sei como seu João ainda me aceitou lá, assim que me levanto para mais uma vez sair pelas ruas novamente, sou surpreendida por um toque nada amigável na minha porta, vou até lá e ...

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Passei dias procurando um emprego, realmente eu sou um fracasso, não sei como seu João ainda me aceitou lá, assim que me levanto para mais uma vez sair pelas ruas novamente, sou surpreendida por um toque nada amigável na minha porta, vou até lá e quando finalmente abro a porta, vejo a senhora Josefina ou como todos a conhecem como "Fifi", ela tem praticamente quatro olhos e mais quatro ouvidos, a mulher sabe de tudo que acontece nesse pequeno prédio e se brincar sabe da minha vida mais do que eu mesma. Ela está com um vestido que parece camisola e com uma touca na cabeça, com seu semblante nada agradável ela se pronúncia:

- Não é possível, seu aluguel já venceu e eu não vi você saindo para trabalhar esses dias, já está avisada que se não me pagar até essa sexta, pode apostar que você vai morar debaixo de um ponte- diz sem mais nem menos e sai me deixando paralisada.

Fecho a porta e sento no sofá, ainda perplexa com o que acabo de ouvir, não posso sair daqui, para onde eu vou? Para casa de mamãe? Não, todos os lugares, menos esse.

Saio do meu transe quando ouço o meu celular tocar, atendo não muito animada, já que todos esses telefonemas que recebi foi da minha faculdade me informando o vencimento da parcela e falo rapidamente:

Olha, eu sei que estou com a parcela atrasada e não, não quero trancar o meu curso, poxa, eu ralei por isso e não vou desistir facilmente, pode deixar que eu vou pagar a parcela, só me dê mais alguns dias...

Sou interrompida com uma risada, uma risada não, uma gargalhada no outro lado da linha, de imediato me estresso.

- Você não tem vergonha na cara não? Hein? Passar trote uma hora dessa da manhã? Qual é, ninguém merece, seu cretino! - quando eu ia desligar ouço uma voz familiar falar no outro lado da linha:

- Eu não diria isso, ainda mais na situação que você estar, nada legal, nada legal... Só queria te dizer que o RH me passou seu currículo para a gerência do meu hotel, mas se não quiser vim para a entrevista, tudo bem, vou ligar para a próxima candidata...- na hora eu o respondo.

- Não!!!- dou uma risada sem graça- quer dizer, não senhor, estou interessada sim, perdoe- me por meu modo, onde e quando será a entrevista?.

- Oh sim, será no Hotel Oneplace, às 07:30, a senhora passará por duas entrevista, está de acordo?.

- Sim sim, pode deixar que estarei aí, obrigado obrigado moço.

- Por nada, a Oneplace lhe aguarda!.

Ele desliga e começo a pular de alegria e grito:

- Aaaaaaaaaaaah, toma essa, velha trambiqueira, quem é que vai morar debaixo da ponte, hum?- quando veja a tela do celular o moço ainda não tinha desligado a ligação e eu peço perdão novamente aos risos e certifico que a ligação está encerrada e me jogo na cama, estou tão feliz, mas vou passar por duas entrevistas, CARACA, duas entrevistas, ok ok ok, você consegue Bela, não é nada demais, você só precisa passar por duas entrevistas para trabalhar em um hotel, mas o quê? Para que merda eu preciso de duas entrevistas para trabalhar como camareira? Isso me está me soando estranho, ah é, me recordo para qual a  vaga eu me inscrevi.

Vejo a hora e são exatamente 7:15 e preciso chegar lá pelo menos 7:20, droga droga, o que está acontecendo com você Isabela? Visto uma roupa mais apresentável e pego a minha bolsa e meu celular para pedir um Uber.

Chego às 07:32 no rol do prédio e me informo para onde eu vou, já que aqui é enorme, sério, são 18 andares, fora os andares vip's, e tudo é tão chique que sinto- me desajeitada demais, a estrutura é linda, parece aqueles hotéis italianos. nem um pó ou batom passei no rosto, devo estar com uma cara de morta, já que não durmo direito procurando um emprego, entro no elevador e ouço alguém me pedindo para segurar o elevador, quando por fim vejo quem me pediu, não é ninguém mais do que o homem que me empurrou, nesse momento eu tiro minha mão para o elevador se fechar, mas o troll é mais rápido e põe a mão para entrar, amaldiçoou internamente e dou um sorriso sem animação, okay, talvez eu tenha guardado um pouco de rancor por ele ter me empurrada após eu ter sido demitida e nem ao menos me pediu desculpas, ele apenas me olha e acena com a cabeça.

- A propósito, bom dia também- repreendo a ele por sua falta de educação e aperto no botão do andar 22 que é onde eu serei entrevistada.

O tempo que passo no elevador é uma tortura, logo chega no andar ao qual eu apertei o botão, saio do elevador e o cara me acompanha, ah pronto, ele é rico também, que vida injusta, doce Jesus, vou a recepção e informo meu nome a recepcionista me pede de uma forma nada gentil que eu sente e espere, ela volta logo após e me pede para segui-lá, vou atrás dela e chego em uma porta que tem escrito "vice- presidente", dou 3 toques a mesma voz da ligação me pede para eu entrar, entro com vontade de enfiar a minha cara em um buraco, vou para perto da mesa e dou bom dia, em minha frente está um homem com mais ou menos 25 anos, cabelo castanho claro, com um porte normal, arrisco dizer que ele faz caminhada, com os olhos verdes e o queixo um pouco quadrado.

- Pode se sentar senhorita Prado- ele me pede tirando- me dos meus devaneios, vou até a cadeira e sento, quando sento a cadeira, não me perguntem como, simplesmente quebra e eu caio no chão como uma batata, se eu tinha quaisquer chance de consegui algum emprego aqui, nem que seja de jogar o lixo na lixeira eu a perdi, é oficial. O cara no outro lado na mesa, dá uma risada amigável e dá a mão para que eu a segure, eu aceno minha cabeça em negação e me levanto já falando:

- Olha, me desculpe, eu sou desastrada, perdão por incomodar o senhor.- falo saindo.

- Mas já?- ele diz me fazendo parar e virar para ele. - você nem começou a entrevista, me desculpa pela cadeira, eu realmente não sei o que aconteceu aqui, já que a troca dos móveis são feitos em 6 e 6 meses, pode sentar Isabela, se me permite a chama- lá assim. Volto e sento na minha cadeira ainda estática, hoje o meu dia não está normal, ele me faz perguntas básicas e rapidamente me libera, dizendo que eu passaria pela última entrevista, se essa foi objetiva e simples a outra, com certeza será bem mais complexa, vou até a próxima sala, a qual ele me indica e dou três toques novamente e uma voz conhecida me pede para entrar, quando abro finalmente a porta...

 Volto e sento na minha cadeira ainda estática, hoje o meu dia não está normal, ele me faz perguntas básicas e rapidamente me libera, dizendo que eu passaria pela última entrevista, se essa foi objetiva e simples a outra, com certeza será bem mais...

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