Capítulo 23

130 18 6
                                    

                                                             Nicole

                Nossa, nesse momento eu sinto meu coração bater mais rápido e eu vejo certas semelhanças com o corpo do Rodrigo que ele não me escute, como ele pode ser tão lindo? Gente, três homens maravilhosamente lindos em um só corpo não dá certo não e tudo bem que Jordan seja o mais musculoso dos três, mas isso não tira toda beleza de nenhum deles, eu estou que nem uma boba olhando para ele que simplesmente levanta a sobrancelha para mim e solta um sorriso, pela lua, que sorriso é esse? Eu preciso ter uma séria conversa com a minha avó e meu avô sobre o que dá na cabeça dela quando pensa em um homem maravilhoso desse, eu estou quase tendo um enfarto e para piorar esse cretino tira o blazer jogando na grama junto com sua gravata abrindo os quatro primeiros botões da sua blusa social em seguida levanta as barras de sua calça voltando a se sentar com os pés na água, eu travei, é como se tivesse em outro mundo e se não estivesse no corpo do Rodrigo eu estaria me culpando por tantos pensamentos que rodam minha cabeça me fazendo sentir um tremenda safada, eu desvio o olhar procurando o ar que fugiu dos meus pulmões e finjo uma tosse para que minha cabeça volte ao lugar certo, mas mesmo assim me sinto culpada por desejar outro homem ser o Rodrigo.

Cão – Não se sinta tão culpada assim meu amor. – Debocha.

- Você não entende. – Ele assente.

Cão – Eu entendo sim, mas é normal sendo que eu tecnicamente também faço parte do Rodrigo e o Jordan também, é normal me desejar. – Convencido.

- Eu apenas não estou acostumada com mais uma pessoa na jogada. – Sorrio e ele também.

Cão – Eu vivi tanto tempo na vida no Rodrigo desde que ele era um bebê e eu também não estou acostumado com você tão perto de mim sendo apenas eu mesmo. – Suspira e eu vejo que minhas roupas estão atrás dele.

- Acho que já está na hora de sair daqui meus dedos estão ficando enrugados. – Ele olha para as minhas roupas.

Cão – Eu já volto. – Ele sai rápido dali voltando um minuto depois com uma blusa enorme que bateria no meu joelho e duas toalhas.

- Obrigado. – Pego a toalha saindo de dentro da água já me embrulhando nela e com a outra eu seco meu cabelo junto com o resto do meu corpo para poder colocar a blusa.

Cão – Posso fazer uma pergunta que provavelmente você não vai querer responder? – Assinto. – O que pretende de verdade fazer com sua mãe? Parece que deixou bem claro que ela não pode viver para os outros, mas em você eu vejo outra coisa. – Suspiro vestindo a blusa e retirando a toalha que cobria meu corpo, olho no fundo seus olhos claros procurando o motivo de tanto querer saber sobre isso e eu desisto tendo que conversar com alguém mesmo.

- É minha mãe de qualquer forma eu não consigo ter tanto ódio quanto meu pai ou os outros, eu realmente queria que tivesse outro jeito que pudesse voltar a ser a mãe com quem eu cresci, mas nem sei se a mulher que eu tanto admirei teve um lado bom algum dia e isso me deixa surpresa o quanto alguém pode chegar por poder, só com meu pai pelo menos contando pela nossa idade são dezenove anos e eu não entendo como alguém pode mentir por tanto tempo. – Ele sorri me observando da cabeça aos pés.

Cão – Engraçado é que você ainda não respondeu minha pergunta. – Estreito os olhos para ele com um meio sorriso.

- Eu sinceramente não sei o que fazer com minha mãe, esperaria não ter que matar ela porque não seu o que isso vai causar em nós como família e não sei se isso vai doer muito no meu pai ou nos meus avós, mas se for preciso para que minha filha e você possam ser livres. – Ele arregala os olhos. – Eu corro esse risco. – Ele sorri e pega em minha mão enlaçando nossos dedos, quando ele faz isso nossas mãos juntas começam a pegar fogo e um circulo se faz em volta delas unidas, olho para ele que também parece não entender o que está acontecendo e voltamos a olhar aquele circulo de fogo que desaparece após alguns segundos, não retiro minha mão da dele, mas algo chama nossa atenção e é exatamente alguém que eu quero muito proteger. – Raquel. – Sussurro e ela nos olha com um olhar que confusão como se ela não controlasse a si mesma.

O Supremo a substituição de um coração cheio de dores. (Segunda temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora