O Supremo a substituição de um coração cheio de dores. (Segunda temporada)

Capítulo 16

                                                            Nicole

                     Sei que posso estar fazendo a coisa errada na verdade eu tenho certeza absoluta disso e sei que Rodrigo também merece saber meu plano, mas ele pode colocar tudo a perder e eu não posso deixar meu bebê aqui assim correndo risco de ser morto dia após dia, eu preciso cuidar dele aconteça o que acontecer e não posso me arriscar muito me escondendo em meu próprio território o que me resta o mundo humano, nunca ouvi relatos de seres do nosso povo que viveram em um mundo humano, mas por essa criança eu estou disposta qualquer coisa e eu vou fazer tudo por ela, explico para eles como tudo será feito e Zeny me adianta um apartamento muito bom com um pouco de dinheiro guardado para que eu consiga sobreviver lá pelo tempo necessário, se precisar de mais ele vai saber, mas acho que vou me estabelecer muito bem lá se eu me acostumar rápido e por insistência do Collin eu vou esperar até meus cinco meses da minha gravidez demorada, depois eles inventariam alguma coisa para mim que fosse mais prudente do que uma morte falsa e confesso que eu pensei nisso de cabeça quente, ficamos conversando até eu me sentir melhor e voltar até onde eles ainda estão discutindo os planos, suspiro voltando a mesa e todos se calam.

- Pai e Nicolas formem dois pelotões porque não temos tempo a perder, minha avó está morrendo e precisamos pelo menos ganhar tempo, selecionem os melhores lobos mais bem treinados que não aceitam perder uma guerra antes de perder uma vida e Rafael a mesma coisa, estamos lutando por cada vida nascendo, crescendo... – Toco disfarçadamente minha barriga. – E vivendo nesse território, aqui somos todos aliados por tanto não temos tempo para brigas. – Assentem. – Quero todos prontos hoje que iremos atacar amanhã á noite, já esperamos demais. – Me levanto e antes de sair me viro para eles. – Zeny e Collin, são mais rápidos e irão com Rafael e Rodrigo fazer o reconhecimento de onde elas estão exatamente, seu número e se puderem o que minha mãe planeja, o que podemos fazer para atrasar essa guerra o máximo possível. – Eles concordam e eu saio seguindo para a cozinha já que minha fome está muita.

Ana – Sabia que estaria aqui. – Sorrio abrindo a geladeira. – Minha querida sabe que não pode esconder nada de mim então é melhor me contar. – Suspiro mordendo um pedaço enorme de sanduíche receosa.

- Você não entenderia tia. – Ela da de ombros.

Ana – Então tente me explicar em que estar grávida é ruim? – Olho para os lados para ter certeza que ninguém nos ouviu. – Sua tia Angel também sabe. – Me sento saindo de perto da pia.

- Eu não posso ficar aqui. – Ela se senta segurando em minhas mãos.

Ana – Por que meu amor? Uma criança é uma benção, é meu neto. – Lágrimas vem em meus olhos.

- Ele é humano. – Sua boca forma um perfeito O.

Ana – Não é possível. – Sorrio sem gosto.

- Tem muitas coisas tia que não eram possíveis e agora já aconteceram. – Ela suspira sem saber o que fazer.

Ana – Humanos não são permitidos aqui e se essa regra mudar vai acontecer um desastre aqui. – Assinto.

- Por isso eu preciso ir embora para proteger meu bebê. – Ela nega freneticamente.

Ana – Vamos pensar em alguma coisa. – Dessa vez eu que discordo dela.

- Não tem outro jeito tia e você sabe, eu vou esperar até ter meus cinco meses e vou embora. – Ela suspira.

Ana – E Rodrigo? – Suspiro.

- Eu não sei. – Ela ri com deboche.

Ana – Minha flor, muitas coisas mudaram no mundo sobrenatural, mas uma coisa que nunca vai mudar é que só engravidamos do nosso companheiro. – Essa me pega de surpresa.