17. Text

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Entrei em casa com um sorriso enorme no rosto; fazia muito tempo que não me sentia tão bem quanto aquela tarde.

— Jungkook. – chamei por ele — Jungkook.

— Tô aqui. – gritou ele do banheiro — Fala, que vou demorar pra sair.

— Quê?

— Eu tô tomando banho seu idiota. – resmungou ele e soltou uma gargalhada, logo após ouvi o chuveiro ligar.

— Quando você sair, eu conto. – gritei para que ele pudesse me ouvir.

Joguei a mochila no sofá e caminhei até cozinha. O filho da vizinha saiu de dentro do armário e correu em direção a porta.

Fiquei parado por logos instante tentando entender o que havia acontecido.

— Jungkook, o filho da vizinha tava aqui em casa. – avisei ao abrir a geladeira.

— O quê? – gritou ele.

— Nada. – desisti de falar.

Fiz um lance rápido e sentei a mesa enquanto esperava ansiosamente por Jungkook. Levou longos e intermináveis minutos até ele aparecer diante de mim, ou talvez, fosse apenas a sensação de eternidade causada pela ansiedade.

— Finalmente. – disse ao vê-lo secar o cabelo com a toalha.

— Conta aí. – pediu ele ao voltar o olhar para mim.

— Eu consegui um emprego. – falei com um sorrisão.

— Caralho Jimin, isso é que é notícia. – animou-se ele — E aí onde vai ser?

— Eu começo amanhã no café da principal perto da faculdade.

— Hmm, que foda. Um trabalho que não vai feder a frago ou óleo. – comentou ele ao puxar uma cadeira para sentar — Já contou para os seus pais?

— Ainda não. – admiti — Aconteceu tanta coisa hoje, que nem lembrei.

— O que mais te aconteceu? – quis saber ele com curiosidade.

— Tae ganhou ingressos para aquele evento de artes que sempre quis tanto ir. – falei empolgado — Ele vai me levar junto.

— Ah, cara que legal. – disse ele — Se você tá feliz isso é maravilhoso, mas não saco nada desse negócio aí.

Soltei uma risada já sabendo que ele diria isso.

— Tô muito feliz. Hoje apenas coisas boas aconteceram. – sorri — Espero que continue assim.

Jungkook começou a cabeça desviando o olhar, o fitei sabendo que algo estava errado.

— Jungkook? Me diga o que houve.

— Como assim o que houve? – repetiu ele ao se levantar.

— Vamos, sei que tá escondendo algo. – insisti.

— Não tô escondendo nada. – negou ele caminhando em direção ao quarto.

Levantei e o seguir para o outro cômodo.

— Jungkook. – insisti.

— Não insista Jimin. – pediu ele ao abrir o armário — Não tem nada de errado.

— Ok, ok. – fingir me dar por vencido.

Ouvi o toque de celular, procurei com os olhos pelo cômodo e vi o aparelho em cima da cama.

— Estão te ligando. – avisei ao me aproximar para pegar o aparelho.

Jungkook rapidamente pulou na cama e o pegou de mim. O olhei assustado com a aquela reação vindo dele.

— Caramba, Jungkook. – exclamei — O que foi isso?

— Nada. – disse ele ao deslisar o polegar na tela.

— Você fez isso tudo pra esconder a ligação do Tae? – questionei arqueando a sobrancelha.

— Você viu? – questionou o óbvio.

— Sim. – falei — Vai diz logo o que tá "rolando".

Sentei na cama esperando que ele abrisse a boca.

— Eu preciso ir pro restaurante. Amanhã falamos sobre isso. – disse ele  vestido uma camisa.

— O que? Claro que não. – reclamei — Vamos JK, pare de enrolação.

— Amanhã, Jimin. – disse ele assumindo um tom de voz sério.

— Está bem. – aceitei ao levantar — Amanhã você não me escapa.

Ele riu sem humor.

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