TEACHER (estado de revisão)

6- A verdade

POV Emma Swan

Passaram três dias desde que começou a circular o rumor sobre mim e a professora Regina. Tentei falar com ela para esclarecer tudo, mas parece que ela quer manter distância para não piorar a situação. Entendo o lado dela, juro que sim, mas queria que ela me ouvisse. Queria que ela soubesse a verdade.

O dia amanheceu quente, o calor que entrava na janela estava quase insuportável. Fiz toda a minha rotina diária normal e sem pressas, só quando voltei a pegar no meu celular é que eu percebi o quão lenta estava. Faltam dez minutos para a aula da Regina começar.

Desci as escadas correndo com a mochila e o celular numa mão, aproveitei que tinha uma mão vazia para pegar numa maçã na cozinha. Depois fui na fé de Deus e corri o mais rápido possível até chegar à escola.

Eu vivo um pouco longe da escola, o que me faz pensar que mesmo correndo eu não vou chegar a horas. Puta merda, penso enquanto corro. Porque ninguém me acordou?

Começo a ver a escola lá longe, checo a hora no celular, faltam dois minutos. Continuei a correr e mesmo ainda estando um pouco distante levei apenas três minutos até chegar à escola. Foram os três minutos mais longos da vida. Parei um pouco para retomar as respiração e acabar de comer. Volto a continuar o meu caminho, dessa vez sem corridas. Chego cinco minuto atrasada à sala.

Bati na porta e esperei ouvir permissão para entrar.

– Peço imensa desculpa pelo atraso, professora. Eu perdi a hora.

– Não devia deixar você entrar, mas não quero perder mais tempo de aula. Entre e faça silêncio.

Nunca cheguei atrasada, e agora não queria me deixar entrar? Ah para né!

– Senhorita Swan, está com algum problema?

– Não, nenhum problema professora. Por quê?

– Por nada, é que não estou vendo você fazer os exercícios que eu pedi.

– Sentei meu cu agora na cadeira, nem pedi ainda os exercícios ao Killian. Não precisa ficar toda estressada. Eu nunca deixei nada por fazer.

– Olhe o seu linguajar, Swan. Espero não ter que voltar a avisar.

– Que clima tenso, achei que a noite entre as duas tivesse sido relaxante.

– Senhorita DunBroch, eu sugiro que você não toque nesse assunto nem aqui dentro nem fora. Isso não passa de um rumor inventado por alguém. — Me encarou séria.

Ela só podia estar de brincadeira. Eu não inventei nada, eu não ganho nada em inventar rumor sobre dormir com ela.

– A Emma não inventou nada.

– A conversa já chegou aí, senhor Jones?

– Não só chegou aqui como chegou na turma toda. Sabe, senhorita Mills, nunca pensei que você fosse mesmo acreditar que eu inventaria algo assim sobre você. Eu não ganho nada com isso. Não tenho prazer nenhum em dizer que dormi com você. Especialmente com você.

Volto a arrumar o meu material dentro da minha mochila, e antes que ela possa dizer algo eu me levanto.

– A onde você pensa que vai?

– Dar o fora daqui, o clima azedou.

– Boa viagem, loirinha. Não vai fazer falta.

Respiro fundo. Não ia adiantar nada dar o troco para aquela sem noção.

– Ficou sem resposta, Emmazinha?

– Não, eu não fiquei sem resposta, Mérida. Eu só percebi que não preciso de estar sempre respondendo a que não vale a pena.