Ele e Ela - Contos de Encontros Românticos

10. Leonardo e Ela

Diziam que a vida de solteira era bela e  Isabella pensava assim. Levando uma vida tranquila e independente, com emprego estável e amigos leais e divertidos, um namorado não lhe fazia falta, mas não queria dizer que ela passava o tempo sozinha. Com um círculo de amizade grande não era difícil ser apresentada a rapazes da sua idade frequentemente e marcar encontros calorosos com eles, e teria um desses encontros hoje.

O problema era que marcaram no seu apartamento e sua família estava de férias e aproveitaram para passar uns dias em sua casa na volta chegando de surpresa, a deixando sem tempo para ligar. A única alternativa era esperar eles saírem antes de chamar o rapaz e acabar tudo antes deles chegarem.

Seu apartamento studio era confortável, mesmo com poucas peças tinha um ótimo espaço e não foi problema recepcionar seus dois tios, Roberto, o mais novo dos irmãos e único calvo, Marlise sua mulher, César, o mais velho e mais grisalho dos três — seu pai já falecido era o irmão do meio — e Clarice. Seus dois primos pequenos, Igor de dois e Gustavo de três anos, também foram.

Organizou o apartamento rapidamente para se aprontar. Tomou um banho quente e gostoso, passou óleo corporal pós banho que deixou sua pele firme e macia além de perfumada, e no momento que começou a secar seus cabelos com o secador a campainha tocou e atendendo era o rapaz.

— Oi! Que surpresa boa, entra eu acabei de ... — Leonardo mostrou que não estava ali para papo furado, lhe cortou a prosa com um beijo profundo e cheio de desejo.

— Desculpe-me, mas você está irresistível só de roupão — disse entre os beijos ainda na porta.

— Vem Leonardo — a moça o puxa para mais perto e fecha a porta com um empurrão.

Era o terceiro ou quarto mês que começaram a ficar e por isso já tinham certa liberdade, mas a relação que eles tinham era rasa. Isa gostava do rapaz e até poderia pensar em algo sério, mas ele deixou claro que não queria compromisso e dessa forma ninguém se afogaria.

Deitando-a na cama embaixo de si fungou seu colo passando pelo pescoço até chegar na orelha dando uma mordiscada. Seu cheiro era inebriante para Leonardo que se enrijecia cada vez mais. Curtiram-se por um longo tempo antes que alguém chegasse. Isa não imaginou que sua família voltaria tão rápido e se sentiu envergonhada quando ouviu as vozes no corredor e precisou pedir para o rapaz parar e se vestir.

— Caramba, eles chegaram cedo! — pestanejou.

Sentiu o coração nos ouvidos enquanto vestia um shorts e uma regata sem tem tempo para as peças íntimas, Leonardo conseguiu vestir a cueca ainda com a camisinha e a calça jeans antes que a porta se abrisse.

— Ah, não sabíamos que teria companhia — tio César disse envergonhado, ele foi o primeiro a entrar e estava com as chaves do apartamento nas mãos.

— Tudo bem, estamos só conversando —  respondeu Isa tentando não gaguejar e tentando se convencer de que era isso mesmo que estava acontecendo. Diziam que a melhor mentira era aquela que até nós mesmos acreditávamos.

E de repente a calmaria foi embora no momento que seus parentes chegaram, as crianças estavam agitadas, e claramente não queriam ter voltado para casa, brincando ao redor do casal ainda sentados petrificados na cama. Suas tias não deram bola e ficaram papeando enquanto preparavam algo para o café da tarde. Tio César foi se aliviar no banheiro e sobrou para o tio Roberto ficar ali e puxar papo com o rapaz.

Uma situação para lá de constrangedora.

— E você mora aqui na cidade, rapaz? — indagou, nada pessoal só queria fazer um bom trabalho como tio, já que seu irmão não teria a oportunidade de fazer isso.