Why?

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Oi, meus filhotes de cruz credo♡

Capítulo revisado e reescrito .

Boa leitura!!

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Kang Seulgi point of view.

Já havíamos terminado de almoçar, fui a primeira a me retirar e me direcionei de volta ao escritório sem nem olhar para trás , deixando Yeri e a Srta. Não me Dirija A Palavra, conversando , quer dizer, Yeri estava praticamente tagarelando sozinha, coitada.

Ela conversa com Yeri e comigo não? Ridícula.

Passaram-se longos minutos, eu estava sozinha naquele cômodo, focando em não me distrair ao passar o pincel pela pequena tela que havia alí à minha frente, resolvi me ocupar com algo já que meu dia estava livre, não queria voltar para casa tão cedo apenas para olhar para televisão ou simplesmente dormir. Um bom ilustrador deve sempre fazer seu rascunho em uma tela seja de pano ou papel e depois de satisfeito, passar para a parte virtual. Estava tão entretida em fazer um ótimo  trabalho alí, que ao menos percebi quando a "muda", vulgo Irene, entrou e sentou-se à sua mesa, cada uma focando em seus afazeres, não iria forçar uma conversa sabendo que ela não me responderia, só perderia o meu tempo mesmo. O dia passou-se assim, eu desenhando de acordo com o que tinha lido, como algo romântico ao extremo e ela teclando em seu notebook.

Para uma mulher que escrevia livros de romances, ela me parece bem fria.

Como já dizia o ditado: "Tem cozinheiro que não come a comida que faz".

[...]

O sol lá fora já estava à se esconder , dando espaço para a lua que estava a nascer ao longe, esbanjando seu brilho querendo fazer inveja ao sol. Quando minha inspiração e ânimo para desenhar já estavam desaparecendo naquele dia, resolvi encerrar meu trabalho por alí. A mulher não tão longe em outra mesa, sentada ao lado, já não estava a digitar, estava a ler um livro o qual não consegui ver a capa e descobrir o nome para ler também, porquê sou curiosa.

Queria conhecer uma das escritoras que eu mais admirei por tanto tempo, lendo suas obras que me tiravam suspiros com suas descrições detalhadas em cada verso, era algo maravilhoso de se ler, como se eu estivesse lá. Mas descobri hoje que ela é totalmente diferente do que eu imaginava. Olhos frios e ao mesmo tempo quentes, não é de dialogar e, lhe observando ler aquele livro, percebi uma mania sua que achei uma graça, na verdade. Ela murmurava coisas das quais eu não entendia, passava seus olhos pelas linhas escritas do livro, fixava seu olhar em qualquer lugar que fosse do escritório , como se processasse o verso que acabara de ler. Era engraçado até, parecia mais que estava tentando resolver um cálculo de Matemática .

Yeri mandou mensagem, perguntando se eu demoraria para descer para írmos embora, avisei-lhe que estava descendo e que ela providenciasse logo uma nova porta para meu apartamento, recebendo um "os cupins que resolvam seus próprios b.o" de volta . Me levantei e comecei a guardar minhas coisas dentro de minha bolsa , sem pressa alguma, aliás não era como se eu estivesse animada para ir dormir e vir trabalhar amanhã se essa seria minha rotina, eu desenvolveria depressão, provavelmente . Deixei apenas a tela e pincéis para o dia seguinte, não faria sentido levar para casa afinal. Apoiei minha bolsa em meu ombro, logo peguei meu estojo de pincéis e já estava a me dirigir para fora , quando ouvi um pigarrear dela.

Quer maracujina , senhora?

Parei meus passos e logo me virei para olha- lá, a mesma permanecia sentada de costas para mim, o livro que lia encontrava-se fechado agora e os dedos de sua mão direita batucavam levemente sua capa. Esperei por algo, não sabia o quê, mas eu estava alí, parada, esperando o mínimo que fosse.

INCOMMUNICABLE (Seulrene)Onde histórias criam vida. Descubra agora