Marco é o terceiro dos quatro irmãos. Sério, concentrado, observador e muito metódico, ele é o mais tentador dos Valentino. Um verdadeiro predador, que esconde o seu EU das pessoas a sua volta mais do que elas possam imaginar. Como Luca, o Valentino...
Hoje é dia de saber um pouco sobre a lindinha, ou melhor a diabinha...
Sei que muitas ficarão decepcionada, mas acredito que vão achá-la tão perfeita quanto a escolha de Marco...
é... esses Valentinos fazem isso comigo, eles escolhem as mulheres deles e não querem saber como farei para que fiquem com elas... Eu que lute néh?!
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― Por favor, Romano, poderia esquecer, faz alguns anos que isso aconteceu...
― Nunca se sabe do que você é capaz, Leah. Não quero outro escândalo atrapalhando meus negócios...
― Nosso.
― Sim, nosso.
Romano era meu irmão. Meses atrás assumiu a cadeira de nosso pai, quando ele faleceu decorrente de um câncer de próstata que há anos tratava, mas foi vencido quando teve uma metástase no fígado e pâncreas. Não aguentou e faleceu meses depois do péssimo prognóstico da doença. Desde então meu irmão assumiu os negócios na Camorra e com isso se acha meu dono em tudo, até na empresa em que fundamos juntos, que temos. Compramos e aumentamos os espólios em ações que herdamos de nossa mãe quando faleceu. Pouco a pouco nos tornamos donos gerais de 100% das ações da CorporatianMídia Telecomunication. Porém, agora Romano acha que devo ficar afastada dos negócios e fazer o bom e velho social midiático. Cansativo, mas que me deixou longe de São Francisco e suas paranoias.
Paranoias essas que agora estavam piores, desde que virou o novo Don Canttaneo. A todo momento me ligava e repetia todo seu discurso de que agora mais do que nunca os olhos do país estavam nos irmãos, sem contar que mascarar o esquema sujo herdado através do nosso pai. Era essencial agora manter tudo dentro do lugar certo e evitar um escândalo, ou mesmo a exposição. Nossa empresa de telecomunicação estava dominando o mercado e Romano acha que associarem nosso nome a algo de cunho criminoso atrapalharia muito. Sem contar que participávamos de um grupo elitizado em São Francisco no qual estava a filha do prefeito, a paixão platônica dele. E como queria ser imaculado para a "princesinha de SF" exigia de mim, que me comportasse.
Não que eu saísse fora dos trilhos, mas por que no passado me envolvi com um dos seguranças de papai e isso acabou me resultando fotos nuas com Maison nos tabloides, atrapalhando um pouco os negócios e com isso fui forçada a casar a viver por cinco anos sustentando uma relação dentro de um jogo de aparências. Minha sorte foi o otário ser pego com uma amante, anulando nosso contrato pré-nupcial, alguns meses atrás. Quase um ano para ser mais exata.
O que me fez voltar a ser livre e o melhor, vivendo longe de Romano e seus desmandos. Agora estava em Nova Iorque, pousando ao lado dos Valentino, e de quebra vivendo. Ia para onde queria, inclusive já estava em uma relação bem gostosa com um corretor da bolsa, sócio de um dos maiores escritórios correntista do país.
