Inesperado 5 (concluído)

Capítulo 16

Yan

Como eu tinha bastante influência, usei isso ao meu favor, resolvi criar um projeto de apoio as pessoas que sofriam com depressão por causa da perda de algum ente querido, mesmo, seria mais como uma clínica onde teriam todo apoio que precisassem, marquei uma transmissão ao vivo pelas redes sociais para anunciar esse projeto e claro, apresentar a pessoa que ficaria a frente de tudo, quando chegamos do passeio contei a Melissa que pulou e sorriu de tanta alegria

Mesmo ainda não concordando muito, eu resolvi tentar entender no que tanto ela insiste, todos amaram a notícia e ela parecia mais uma criança que acaba de ganhar um brinquedo, correu e pegou sua pastinha com anotações e ideias para cada fase do projeto e algumas coisas que queria compartilhar também, algumas cosas eram até engraçadas e a forma como estava tudo pronto apenas esperando eu dizer sim, era como se ela tivesse como certo que eu iria acabar cedendo

Para comemorar ela sismou em ir a um baile que o abrigo da terceira idade da cidade estava realizando, não via graça em participar de um evento com um monte de velhos mais, acabei fazendo sua vontade e fui, como se não bastasse ir, ela também queria dançar, nós dois eramos os únicos jovens e eu me senti uma criança no meio de tantas pessoas idosas

Mais uma vez ela acabou me convencendo com sua chantagem dizendo que não poderia ficar chateada por causa da gravidez, uma manha para me manipular que acabou dando certo a noite quase toda, no começo achei chato mais depois acabei me divertindo bastante e a noite foi muito animada, aqueles vovôs dançam pra caramba

Quando a festa terminou voltamos pra casa e fomos caminhar um poco no jardim e namorar um pouquinho

Yan: consegui me redimir?

Melissa: sim, está perdoado

A forma como ela agiu comigo foi muito diferente do que estava acostumado, receber o perdão não se trata apenas em pedir com palavras mas em demostrar com atitudes que realmente sentimos muito, ela não gritou, não brigou, não ficou sem falar comigo ou me deu um gelo, ela apenas me fez sentir que apesar de ter me desculpado, o que eu fiz a deixou triste e isso me deixou incomodado ao ponto de buscar uma maneira de me redimir com alguma ação que superasse minha atitude ruim, é tipo fazer algo bom que ultrapassasse o que fiz de mau, e devo confessar que no fundo eu gostei desse desafio e mais ainda quando soube que tinha conseguido alcançar esse objetivo

A noite começou a esfriar e resolvemos entrar, estava tarde e amanhã iriamos a um parque onde o pessoal fazia alpinismo, caminhando e rindo em meio a algumas piadas que ela contava, percebi um movimento estranho vindo da garagem

Yan: quem está saindo a essa hora?

Melissa: saindo?

Yan: é tem um carro.......aquele carro não é da nossa família

Melissa: ai meu Deus!

Yan: psiu! fica quieta

Tapei a sua boca para não fazer barulho, não era nenhum carro da família e realmente era muito estranho, não reconheci a placa e pensei que fosse um assalto ou coisa assim, puxei ela para detrás do muro e fiquei observando se o carro estava saindo ou entrando

Mas ele deu a volta e me parecia que estava de saída, meu avô apareceu e entendi que não era um assalto, mas fiquei quase em choque ao ver quem saiu do carro e deu um abraço nele, nem em meus piores pesadelos eu poderia imaginar ver uma cena daquela, eu não sabia o que pensar mas com certeza sabia muito bem o que fazer

Continua.....

Olá anjos....deixem seu cometário.....