Capítulo 25

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Yan

Meu avô foi levado para o hospital as pressas, ele começou a ter um tipo de convulção, acabei com o almoço de domingo de todos, Milena e minha mãe começaram a chorar, Ricardo entrou com os médicos e eu não entendi muito bem o porque, por mais que tentasse ficar calmo, algo dentro de mim dizia que alguma coisa não estava nada bem, depois de mais ou menos uma hora, o médico veio até nós

Patrícia: como ele está?

Milena: ja podemos ver ele?

Yan: deixem o médico falar

Medico: bem, ele está estável por hora mais não vai poder falar muito, tivemos que sedar ele para que aplicássemos os medicamentos

Yan: e porque tiveram que seda-lo, que tipo de medicamentos são esses?

Médico: vou explicar tudo, ele pediu para chamar Yan, Cristian e Melissa

Yan: não mesmo

Cristian: não, você não vai entrar?

Yan: eu vou, você é que não vai

Cristian: é mesmo? e quem vai me impedir, você?

Yan: pode ser

Melissa: parem com isso por favor, estamos no hospital

Médico: se não adiantarmos não vão conseguir encontrar ele acordado

Cristian: então vamos

Yan: você não vai entrar

Milena: pare com isso miau, eu quero ver o vovô (começa a chorar)

Respirei fundo e entrei no quarto, ele já estava dormindo e estava cheio de fios também, aquela imagem dele naquela cama indefeso, não se comparava a imagem que sempre tive dele, meu avô não era do tipo de velhinho calmo e que gostava de bingo, ele sempre trabalhou e sempre foi muito forte e determinado, sempre me ensinou a não olhar com que força fui derrubado mais a me levantar com ainda mais força que tinha quando caí, ele estava escondendo algo de todos e agora isso não pode mais ser encoberto, fiquei literalmente estático mas sempre fui muito prático e objetivo, para mim era sempre melhor saber da verdade de uma só vez do que ouvir rodeios e saber por terceiros, dói menos

Médico: agora tem que esperar até que acorde, provavelmente amanhã a tarde

Yan: o que ele tem?

Médico: bom, fizemos alguns exames....

Yan: só....só diz o que ele tem, seja direto

Medico: cancer

Olhei para trás e vi Melissa respirando fundo tentando segurar as lágrimas e Cristian estava paralisado olhando para meu avô e também estava com os olhos cheios de lágrimas, me virei e voltei a falar com o médico

Yan: quando vamos começar o tratamento?

Médico: não vamos

Yan: (respira fundo fechando os olhos)

Médico: se estivesse no início poderíamos começar com alguns coquiteis e ou quimioterapia

Cristian: então podemos operar

Médico: esse tipo de tumor está alojado no cérebro e suas raízes estão enroladas a ele, não temos como retirá-lo

Cristian: então.....pelo menos....

Yan: em que estágio está?

Médico: quatro

Melissa: ai meu Deus!

Cristian: o que temos que fazer para não deixar que vá para o estágio cinco?

Yan: não tem estágio cinco

Falei e fui saindo da sala mas pude ver Melissa abraçando Cristian e o médico falando aquela frase insuportável de se ouvir "eu sinto muito", ao sair Milena e minha mãe vieram ao meu encontro querendo saber como ele estava, eu estava sufocado com ...

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Falei e fui saindo da sala mas pude ver Melissa abraçando Cristian e o médico falando aquela frase insuportável de se ouvir "eu sinto muito", ao sair Milena e minha mãe vieram ao meu encontro querendo saber como ele estava, eu estava sufocado com vontade de gritar e antes de conseguir falar algo, Ricardo vem chegando sei lá de onde

Yan: você sabia, não é?

Milena: sabia de que?

Ricardo: sabia e foi por isso que vim pra cá, ele me pediu

Patrícia: pediu o que, do que estão falando?

Yan: não tinha esse direto

Ricardo: sou médico e não posso fazer nada contra a vontade do meu pasciênte

Yan: que se dane sua ética, se tivesse falado isso a mim, teria feito ele procurar um tratamento, aliás esse seria o seu papel ( grita)

Milena: o vovô está doente?

Yan: não, ele está morrendo

Patrícia: o que? como?

Yan: pergunte ao médico dele

Milena: miau onde você vai?

Saí para poder respirar e não acabar surtando ainda mais, entrei no carro e comecei a dirigir sem destino certo, minha mente estava passando para mim cenas da minha vida onde ele estava, pequenos momentos que me deixou totalmente fora da realidade, eu não fazia ideia para onde estava conduzindo o carro, na verdade eu não estava nem tendo noção que estava dentro de um carro até quase atropelar uma pessoa, mas não foi o fato em si e sim a pessoa

Continua.....

Olá anjos....deixem o seu comentário....

Inesperado 5 (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora