Um Ano De Guerra

376 21 0
                                    

Acordei minha mãe com um chaqualião.

-O que foi?

-O esconderijo esta desabando, e os guardas não estão aqui.

-Como assim desabando?

-A rachaduras por toda as partes na parede, e tem umas pedrinha de concreto caindo da parede.

Quando Emily terminou de falar, elas sentiram um tremor, Helena deu um pulo da cama.

-Meu Deus vamos morrer.-Gritou Helena.

-Vocês estão bem?-Disse Gunter entrando rápido no esconderijo.

-Onde você estava?-Disse a rainha nervosa.

Helena não parava de chorar  soluçando.

-Será se você não para de chorar nem um minuto.- A rainha berrou.

-Me desculpe majestade, mas a minha família esta lá fora na guerra, e não sei se estão vivos.

-Vocês precisão trocar de esconderijos.

-Meu pai ja chegou?

-A uns vinte minutos.

-Me responda onde você estava.

-A guerra esta muito grande, meu chefe me pediu para ajudar outros guardas, na defesa do castelo, não é só o exército que esta guerreando, a população esta aproveitando o momento para invadir o castelo.

Ouvimos mais um tremor, e caía mais concreto no chão.

-Vamos, ande logo!-Disse Gunter.

Gunter me pegou no colo, pegou na mão da rainha.

-Segure em meu ombro Helena.

Helena respeitou, Gunter fechou o grande portão e subiu as escadas.

-Seguinte! no corredor da biblioteca tem um alçapão, que da pra casinha de cachorro falso no quintal, a casinha não é muito grande e não cabe muita gente, mas como Emily é pequena vai caber vocês três, perto da casinha não tem guardas, se caso alguma de vocês quiserem ir ao banheiro ou coisa, é so apertar um botão que tem lá! Alguma pergunta?-Cochichou Gunter.

-Não-Dissemos juntas.

-Ok, eu vou abrir a porta devagar, na porta da biblioteca tem um guarda moreno ele ajudará vocês.

A rainha foi primeiro, a biblioteca era próximo do esconderijo, era bem na frente, depois eu fui, e por último Helena; mas quando ia Gunter puxou o braço dela.

-Escuta! A rainha ta nervosa, então não liga pras coisas que ela diz, e tenho certeza que sua família esta bem.

Quando Emily ia dizer algo Gunter a beijou na boca, Helena retribuiu o beijo.

-Agora vá!

Ao chegar na "casinha de cachorro", ficamos surpresas porque era bem diferente do que Gunter tinha explicado, a casinha era uma casona, cabia nós três em pé, tinha quatro puff, comidas, felizmente um relógio, um frigobar, e uma cama de solteiro, e outra de casal, a casinha não havia porta somente uma minúscula janela, atrás do frigobar tinha o botão que Gunter disse; duas semanas se passaram e ainda estávamos lá, a guerra continuava, durante a semana vândalos tentavam destruir a casinha, mas era de chumbo, ela ao menos se movia, ficamos sabendo que estávamos perdendo, às vezes ia alguém levar mais comidas e entregar notícias do rei, e dizendo que estava bem e talvez, sai-se do seu esconderijo para ir pro nosso; um mês depois Gunter apareceu.

-Tenho uma má e uma boa notícia, qual vocês querem primeiro?-Disse Gunter sentando num puff.

-A boa.

-A boa é que vocês vão pro esconderijo do rei e que lá têm chuveiro.

No esconderijo onde estávamos não tinha chuveiro, fazíamos as necessidades num pinico, e jogávamos pela janelinha.

-A má é que Lord Kristofer está na cidade, ele chegou hoje e pretende falar com a majestade.

-Será se quer se render?

-Bem capaz, Frisch deixou ele dois dias atrás, mas continuamos com desvantagens.-Disse Gunter.-Agora temos que ir, antes que tenha outra invasão no castelo.

A rainha foi com Emily atrás.

-Helena! Sobre aquele dia.

-Está tudo bem Gunter, ninguém está sabendo.

-Você gostaria de ser minha namorada?-Disse Gunter nervoso.

A antiga esposa de Gunter faleceu três anos atrás, desde então ele permaneceu solteiro. Gunter era 20 anos mais velho que Helena, mas aparentava ter uns 31, 33, ainda tinha o corpo em forma, e cabelos grisalho, e olhos castanhos.

-Bom... Aceito.-Disse Helena envergonhada.

Ela desceu até a biblioteca onde a rainha e Emily a esperava tentando disfarçar o sorriso.

-Voces ouviram tudo né?-Disse Gunter descendo a escada.

-Ouvimos!-Disse Emily e Elizabety dando uma risadinha.

Gunter as levou até o esconderijo do rei, a rainha olhava para cada parte do palacio, tudo quebrado, manchado de sangue, as portas, caindo aos pedaços, ao chegar no esconderijo, Elizabety correu para abraçar o rei.

-Eu senti tanto sua falta.

-Eu também.

-Emily, minha filha me de um abraço bem forte.- Emily correu para os braços do rei.

Gunter abraçou Helena e saiu do esconderijo fechando a porta.

-Você é?-O rei perguntou para Helena.

-Helena de Salbusguer majestade-Helena fez reverencia para o rei.

-Minha professora papai, é que no momento que atacavam o castelo, ela estava dando aula pra mim.

-Prazer Helena.-Disse o rei apertando a mão de Helena.

O esconderijo de meu pai era sofisticado e tinha mesmo um chuveiro, no canto da parede tinha nossas malas, com certeza tinha roupas. Helena usava roupa de empregadas que morreram no ataque ao castelo, fiquei sabendo que Mary ainda estava viva e só com uns arranhão.

  Três dias se passaram, e vimos Gunter abrindo a porta.

-Majestade, o senhor Lordy Kristofer e a senhora Lory estão aqui para falar com o senhor.

-Mande eles esperarem no meu escritório.

-Acontece que seu escritorio foi demolido por vandalos revoltados.

-Peça para ele me esperar na sala de jantar, se ainda estiver inteira.

-Sim senhor.-Gunter saio olhando para Helena retrucou o olhar timido.

Minutos seguintes mais cinco guardas apareceram para acompanhar eles.

-Elizabety como voce esta acabada.-Disse Lory rindo.

-Voces vieram aqui para nos insutar, ou vieram para conversar como adultos?

Lory ficou quieta.

-Vou fazer uma proposta com voce Dom Mero.

-Qual?

-Irei pedir de novo, o dinheiro emprestado, pela ultima vez?

Dom Mero riu de principio.

-Isso não é uma proposta.

-Acho que isso foi um não.

-Acertou, não vou fazer seu favor Lordy Kristofer.

-Então sinto muito Dom Mero, agora vamos peguar pra valer.

Dom Mero ficou quieto.

-Adeus!

-Adeus!

Os reis voltaram para o esconderijo sem ao menos olhar para tras.

Meses e meses se passavam, e toda noite escultavamos granadas explodindo, canhoes atirando, metralhadoras não se calavam.

A Princesa pebleiaOnde histórias criam vida. Descubra agora