Capítulo 3

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Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de ferir e de curar.

-Harry Potter e as Relíquias da Morte

-Harry Potter e as Relíquias da Morte

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Sexta-feira, dia 29 de Maio de 2019

Puta merda, puta merda, puta merda.

Era a única coisa que a minha mente conseguia pensar enquanto encarava os olhos azuis do menino loiro a minha frente. Ele usava uma camiseta branca e uma jaqueta preta de couro, que vamos combinar, deixaram ele mais bonito.

Mas o choque não me deixou prestar muita atenção naquilo. Não. A minha cabeça estava totalmente concentrada nas imagens mais cedo na faculdade quando, o mesmo cara, estava embaixo de mim. Era como se tudo tivesse se passado em outra vida, e a como eu gostaria que tivesse, pensei quando olhei para o meio sorriso convencido dele. Sem sombra de dúvida ele estava se divertindo às minhas custas, e se eu não estivesse tão envergonhada, eu já teria mandado ele ir catar coquinho na lua a muito tempo.

Nunca em toda a minha vida eu me senti tão constrangida, se tivesse um buraco onde eu pudesse me enfiar, com certeza eu estaria lá. Havia uma quantidades de coisas que uma menina poderia passar em uma noite, e a minha lista continuava a crescer a cada minuto que continuava nessa festa.

Por que eu vim mesmo?

- Surpresa em me ver Lili? - O menino perguntou para mim, me tirando do choque momentâneo.

- Não me chame assim - Eu disse fracamente para ele, meus olhos fitando o chão, pedindo silenciosamente que um buraco se abrisse e me engolisse.

- Ai como você fica linda toda envergonhadinha assim - Disse atrevidamente para mim, se aproximando cada vez mais, seu perfume amadeirado entrando em meu nariz me fazendo recordar de momentos em que estávamos mais próximos.

Raiva preencheu meu sangue. Quem ele pensava que era? Ele não era mais do que um conhecido, e por mais que eu estivesse em cima dele naquela manhã, não queria dizer que tivéssemos algum tipo de intimidade. Eu nem sabia o nome dele, pelo amor de Deus!

- E você fica bem mais bonito quando não abre a boca - Respondi acidamente, esperando que ele se tocasse. Mas ele simplesmente deu uma risada, e eu tive que respirar fundo para não socar sua cara e quebrar aquele sorrisinho convencido.

Eu nunca me considerei uma pessoa violenta, mas aquele cara... Simplesmente fazia a minha sanidade evaporar.

- E fazer você perder o som dessa voz maravilhosa? Não seria justo.

- Você deve andar com um gravador escondido só pode.

- Gravador, por quê? - Respondeu confuso.

- Porquê você gosta tanto de se ouvir falar...

- Vocês se conhecem? - Letícia falou, pela primeira vez desde que o convencido chegou. Mas alguma coisa estava errada, sua voz estava mais seca do que o de costume, como se ela estivesse brava com alguma coisa. Tirei os olhos do menino, e encarei minha amiga, porém não estava preparada pra seu olhar furioso em minha direção. Suas íris castanhas estavam faiscando em minha direção, e se olhares matassem, eu com toda certeza já estaria morta.

Querido DanielOnde histórias criam vida. Descubra agora