Como Agir

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Selene





Os dias foram passando, e ela aprendia rápido o que podia, era uma pessoa fácil de se lidar, e confesso que depois de tantos anos sozinha, ter companhia era algo bom.

-Algo bom? - Ouvi a voz de Malévola, e logo ela deu a volta, recolheu suas asas negras e sentou se ao meu lado.

-Você nunca esteve sozinha. Sempre teve a companhia de todos os anjos, fadas e seres mágicos durante esses três mil anos Selene. E só não teve mais que isso por que não quis. - Falou ela se insinuando uma vez mais.

-Mas a muito tempo me faltava o toque de humanidade que Elsa tem.

-Ainda acho que a humanidade é super estimada, não vejo tudo o que vocês veem nos humanos, eles são tão frágeis.

-É isso que faz deles tão cativantes.

-A fragilidade? - Ela riu. - Piada. Elsa é guardiã dos finais felizes, e você anjo do destino, você tem vida eterna e ela não onde ela é mais atrativa que você?-Me levantei, e logo minhas asas apareceram.

-Você é rasa demais para entender algo tão profundo. - Simplesmente voei dali, eu me cansava as vezes da futilidade de ser imortal, e da companhia de imortais. É já havia perdido também a vontade de muitas coisas. Mas hoje eu queria apenas observar ela. Aquilo me trazia paz, pelo menos é oque eu achava. Me sentei na árvore e admirava Elsa em seu quintal brincando com seu pequeno cachorro, ela era linda, cheia de vida, era gostoso sentar ali e apenas olhar ela.
Para o meu azar acho que o galho em que eu sentava todo dia estava fraco e se partiu me levando ao chão. E quando me coloquei de pé ela me encarava com aqueles lindos olhos que eram capaz de me atravessar minha alma.

-Está despencando de árvores agora ?

-Eu... - Eu nitidamente estava envergonhada.

- Vem comigo, vamos lá dentro. - Ela. Me pegou pela mão, e me levou pra dentro de sua casa, ela estava com um shorts de malha preta e una regata colada ao seu corpo, me sentou em seu sofá e foi buscar alguma coisa, se sentou ao meu lado.

-O que pretende?

-Limpar esse machucado aí. - Ela pegou uma gaze e começou a limpar, ardeu um pouco, e eu não entendia porque não me curei.

-Obrigada. - Falei, e ficamos ali sentadas no sofá por alguns minutos, e eu toda hora me pegava olhando muito para ela. Eu confesso que tudo estava um pouco estranho em minha cabeça. Ela começou a limpar meu rosto, um pequeno corte em minha testa.

-Sabe, as vezes fico pensando em você e nas coisas que eu sei sobre você, e fico pensando em como deve ser solitário, três mil anos. - Ela falou e eu estava tão distraída que mal percebi quando ela se debruçou sobre mim e me beijou. Eu estava quente! Sem dúvidas eu estava marcada por toda uma vida. Enquanto seus lábios macios e delicados tocavam os meus era como se eu tivesse esperado aquilo por toda a vida.
Ela se debruçou sobre mim com urgência por mais contato, suas mãos buscavam por mim. Meu corpo ardia em chamas. Suas mãos puxam minhas roupas e foi quando sentir sua mão adentrar minha roupa. Eu nem conseguia pensar ou raciocinar, ela me invadia me causando um prazer imensurável que nunca senti nada assim na vida. Ela era atenciosa, carinhosa, beijavam e deliciosamente enquanto me tocava avidamente.
Ela sabia me seduzir. Sua boca tomava me em puro ecstase, mordia me me dando a dor mais deliciosa de toda minha vida.
Seus dedos me estimula vam, eu gemia baixo enquanto seu hálito quente queimava meu pescoço seguido de mordidas. Ela falava palavras deliciosamente savanas e suja em meu ouvido enquanto me arrancava gemidos.

Ela era paciente e tocava me com mestria, seus  dedos penetrava me agora calmamente.
Era como se Elsa conhece se cada parte minha, como se cada centímetro meu fosse cuidadosamente planejado para que ela tocasse. Ela me penetrava cada vez com mais força, e sua língua tomava a minha em um ritmo deliciosamente viciante. A cada estocada, a cada beijo, a cada sorriso de satisfação dela, eu sentia meu corpo todo formiga. Hoje sem dúvidas eu sabia o significado de prazer. Eu estava no céu. E só aí, quando eu estava a beira de gozar em seus dedos, eu pude me lembrar do quanto aquilo tudo era errado, do quanto aquilo jamais poderia acontecer ali.  Empurrei ela, que tirou seus dedos de dentro de mim de uma única fez e caiu sentado ao chão.

-Não entendo.

-Isso não pode acontecer, jamais.

-Sei que não nos conhecemos, mas eu não consigo tirar você da cabeça, sonhei com você esses dois dias, e só consigo pensar em te levar pra cama e te fazer minha Selene.

-Cale se. Isso é um erro. - Me levantei tentando me arrumar e ela veio para perto e a afastei. - Nunca um anjo deve ter relações com um humano, isso é uma abominação. É imperdoável entende?

-Selene deixe disso, esse pensamento é arcaico demais.

-Não, não é. Por conta de comportamentos assim que duzentos anjos foram aprisionado na Antártida sob o gelo para esperar o julgamento final, eles se rebelaram contra forças maiores, foram expulsos para terra e aqui causaram a discórdia, mostraram a ganância e a maldade ao homem, e não satisfeitos deitaram se com eles, e aí foram exilados, aprisionados para que parassem de pecar. - eu falava nervosa, e foi quando ela me pensou na parede, seus olhos certeiramente nos meus, seu corpo quente colado ao meu. - Não torne as coisas mais difíceis.

-Vai dizer que não queria isso? Que não está sedenta por mais?

-Isso não importa.

-Pra mim importa. - me soltei dela e fui sair da casa dela. - Nos também merecemos uma chance de ser feliz Selene, três mil anos sozinha é mais do que o suficiente, você merece ser amada, ser tocada, ser cuidada, e eu só quero te dar isso. - respirei fundo e sai dali, e eu sabia que eu já tinha feito o suficiente para arrumar problemas.

....


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