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Erin.

Empurrei o carrinho da limpeza, sentindo dores nos pés porque estava há muito tempo de pé e exausta. O andar estava vazio e eu queria colocar meus fones de ouvido, porque a música me fazia trabalhar com mais animação e o tempo parecia passar mais rápido. Desde o dia que sem querer, o meu chefe, o dono da empresa em pessoa estava dentro da sua sala e eu não percebi, estava colocando os fones quando tinha certeza de que estava sozinha e desde esse dia, raramente encontrava o andar sozinho.

Meu chefe, seu nome era Andrew Morris, mas ele me pediu para chamá-lo de Drew. Ele era simpático, divertido e muito bonito. Era um homem extremamente alto, musculoso, uma versão mais comum do Henry Cavil, ainda assim, do tipo estonteante. Ele ficava até tarde quase todos os dias e puxava muitos assuntos enquanto terminava de trabalhar. Ele me deixava toda confusa, porque eu era a funcionária da limpeza e ele o CEO. Eu não acreditava em contos de fadas.

Seus olhares e sorrisos eram de um homem interessado, mas ele sempre foi extremamente respeitoso e nunca passou dos limites. Só era muito curioso e não disfarçava o quanto realmente queria saber sobre mim. Me incomodava um pouco e ao mesmo tempo, me encantava o que ele deixava escapar já que eu não perguntava, porque não queria ser abusiva e perder o meu emprego.

Precisava mesmo do meu emprego.

Desde que meu pai faleceu, as coisas estavam um pouco complicadas. Não impossíveis, porque ele me deixou uma casa com a hipoteca paga e vinte mil dólares, o que estava me ajudando a pagar as contas, mas eu era mãe e o meu emprego de meio período na biblioteca não era o suficiente para manter todas as necessidades com folga. O emprego surgiu por indicação. O amigo da minha tia trabalhava aqui e me deu a vaga quando foi promovido, então, depois de semanas procurando uma segunda opção sem respostas, agarrei a oportunidade.

Eles pagavam vinte dólares a hora, era muito mais que eu ganhava na biblioteca e ainda tinha um vale para compras de mercado, que eu usava toda semana com compras para o meu bebê de nove meses.

Foi um choque me encontrar sozinha na vida. Minha mãe faleceu quando eu era pequena. Ela sofrei um acidente de carro, desde então, sempre foi apenas meu pai e eu. Minha tia, irmã da minha mãe, era presente, mas tinha a sua própria família e nesse momento, estava me ajudando muito.

Meu pai foi um policial por toda sua vida e faleceu no cumprimento do dever. Recebi a ligação no meio da madrugada e foi a pior noite da minha vida, com um bebezinho de um mês e precisando lidar com tudo explodindo ao meu redor. Meu pai estava planejando se aposentar porque queria me ajudar a criar o meu bebê, mas ele sequer teve tempo de se preparar.

Empurrei o carrinho e o Sr. Morris estava na sua sala, digitando em seu computador. Ele ergueu o rosto exatamente quando apareci e sorriu. Aquele sorriso me fazia pensar em coisas realmente profanas. Era um sorriso bonito, charmoso, que excitava todas as borboletas do meu estômago. Um sorriso que nunca ganhei de nenhum namorado, muito menos do pai do meu filho, mas ele, sendo meu chefe e um homem totalmente inacessível, sorria para mim.

— Boa noite, Sr. Morris. — Acenei timidamente e fui para outra sala para começar a limpeza. Comecei aspirar, passei pano, tirei a poeira e recolhi a louça para ser lavada. Repeti o processo em todas as salas que estavam abertas, lavei os copos e deixei a dele por último.

— Estou quase terminando. — Avisou assim que eu parei na sua porta. — Como você está hoje, Erin?

— Estou bem e você?

Prontos Para o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora