14. Oi mãe, olha só, tô namorando!

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olá olá!! tudo bem? (olha só quem voltou)
perdoa a mae aqui pela demora

nesse capítulo voltamos ao ponto de vista do nosso querido brócolis! espero que gostem!

•°o°•

Eu nunca namorei na vida, então é óbvio que, no meu primeiro namoro, eu tava perdido pra caralho.

Já faziam duas semanas desde que Todoroki tinha me pedido em namoro – real e oficial –, mas nada havia mudado de fato na nossa convivência. Tudo bem, passávamos a manhã todinha juntos, às vezes ficávamos passando o tempo na escola após o encerramento das aulas, vez ou outra assistindo aos treinos do time de basquete, ou apenas juntos em algum canto da escola. E claro, de extra, ainda vinham os beijinhos apaixonados que eu adorava.

Uraraka reclamava direto sobre eu estar trocando ela por Todoroki. Eu não podia negar que ela estava certa, de certa forma, mas ela também tinha sua nova namorada, Mina Ashido, então eu não me sentia tão culpado – ela também vivia me ignorando pra ficar com a rosada.

Tudo era muito novo, e tudo era constrangedor. Justamente por ser Todoroki, minha alma gêmea, e porque a cada dia eu me apaixonava mais e mais, me encantava mais e mais, e o achava ainda mais perfeito. Cada vez que ele me tocava ou se aproximava de mim, era como se eu entrasse em combustão de tão quente e corado. Quando ele me beijava, mesmo que fosse apenas um selar de lábios, eu ficava todo sem jeito também.

Por conta dessas novidades recentes e do estado de felicidade quase surreal em que eu me encontrava nos últimos dias, eu nem reclamava mais de acordar cedo pra ir pra escola. Só pra ver o meio a meio. De certa forma, ele era a única motivação que eu tinha pra levantar da cama de manhã.

Por algum motivo, Todoroki ficava um tanto receoso quando tocávamos no assunto de família. Eu sabia que teríamos que apresentar um ao outro para os pais em algum momento – e claro, eu estava bastante curioso para conhecer a família Todoroki. Nunca ouvi muito a respeito deles. Mas é óbvio que eu respeitaria o espaço de Todoroki, não o forçaria a nada. Tudo no tempo dele.

Naquela segunda feira, eu cheguei na escola morto de sono. Tinha ficado acordado até tarde na noite anterior, então dormi apenas algumas poucas horas. Cheguei ao corredor dos armários parecendo um zumbi, andando em direção ao meu com a maior cara de poucos amigos do mundo. Abri o armário e tentei, de alguma forma, organizar a bagunça de livros e papéis ali dentro, mas parecia quase impossível arrumar aquilo.

– Ora, olha só quem está aqui. – tenho um leve sobressalto ao escutar a voz infelizmente conhecida de Bakugou. Ele para do meu lado e apoia o peso do corpo no armário ao lado do meu, me encarando de braços cruzados e aquele típico olhar de "não tenho o que fazer, então vou te atormentar".

– O que você quer? – fecho o armário e o encaro de volta com uma cara emburrada, tentando de alguma forma intimidá-lo. Claro que não funcionou muito bem.

– Heh, soube que você tá namorando o pavê – ele diz, sorrindo zombeteiro e me olhando atentamente.

Sinto vontade de rir ao escutar o apelido que ele deu pro Todoroki, mas me controlo.

– Sim, e daí?

– Eu não sabia que você é gay – ele diz. Espero que ele complete com mais algo, mesmo que seja algum comentário preconceituoso, mas ele apenas me encara. Franzi as sobrancelhas, confuso.

– E desde quando eu te devo alguma satisfação? – questiono. Ele parece ficar irritado.

Ele está prestes a me responder – provavelmente me xingar todinho – quando é interrompido.

Maldito Meio a Meio • TodoDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora