Tear de Perséfanes

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Em gosta chuvas na janela

Molhava, o tecido encharcado do

Tear, a pele velha da costureira.

Tecia como água na janela um fio de lã.

A aranha tece a teia, a água da chuva começa

Uma peleja cai não, não cai.

A tecelão tece a teia.

O tempo cansa, a mão se desmancha em canseira.

A peleja acaba.

Por hora.

Toca o galo do dia

O tear funciona.

E a teia se afia, a água bate lá fora

O tempo quer entra, a teia teça teia e assim vai.

O tear vai,o tear vem, a aranha tece, água leva.

Siesta chega a velha deita, o tear descansa.

Teça a teia da aranha, na água da janela

Poesias e Contos de UbiratãnWhere stories live. Discover now