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1. the beginning

Estava terminando de organizar algumas coisas para minha próxima consulta, quando Luísa entrou de repente em minha sala

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Estava terminando de organizar algumas coisas para minha próxima consulta, quando Luísa entrou de repente em minha sala.

— Eu e você, churrasco, na casa do Éverton Ribeiro.

Que? Churrasco?

— Tá louca, Luísa?

Vejo a loira revirar os olhos e sentar na cadeira a minha frente.

— Não, foi a própria Marília que me convidou, ela acabou de sair daqui e pediu que te chamasse também.

Agora tá tudo explicado.

Eu e Luísa nos conhecemos desde que me entendo por gente, sempre fomos muito apegadas uma a outra, melhores amigas. Na escola sempre sentamos juntas e nunca tivemos proximidades com outras garotinhas da nossa idade, já que éramos as "esquisitonas".

Entramos na faculdade na mesma época, ambas cursando medicina, tivemos que estudar muito e ralar bastante para conseguir uma vaga, já que era extremamente competitivo. Eu me especializei em dermatologia e Luísa em ginecologia. Embora sua vontade fosse se tornar obstetra.

Tínhamos nosso próprio consultório, às vezes nem eu acreditava que eu estava conseguindo colocar em prática tudo aquilo que eu almejei, o esforço valeu a pena.

Nós atendíamos na Barra da Tijuca, muitas vezes recebíamos algumas pessoas que apareciam muito na mídia, e também esposas de jogadores de times do Rio vinham até aqui, principalmente do Flamengo.

Luísa como boa flamenguista, amava toda essa atenção e acabou ficando amiga das mulheres de alguns jogadores, de jogador eu sabia que ela era muito próxima de Éverton Ribeiro e Diego Ribas, indo na casa deles e tudo.

Eu não era tão atirada assim, como minha amiga. Mas não a culpo, não é todo dia que você tem essa chance nas mãos.

— Mas eu nem sou próxima dessas pessoas — tento me livrar dessa.

Luísa sabe como eu fico em torno de desconhecidos. Ainda mais, jogadores de futebol!

— Mas você vai estar comigo — ela tenta me convencer. — Por favorzinho, eu nunca te pedi nada. — ela dizia, colocando as mãos em frente ao rosto com um gesto de por favor.

Respiro fundo.

— Você fica me devendo essa.

— Eu sabia que você não ia me negar um pedido desses — ela diz se levantando e atravessando a mesa vindo até mim e me abraçando.

— Tá, tá — digo dando batidinhas no seu braço em torno do meu pescoço. Já estava ficando sem ar. — Só não me culpe quando eu me empolgar demais.

Luísa desfaz e abraço e me encara com a sobrancelha arqueada.

Eu tinha sérios problemas quando eu conhecia as pessoas. Bastava que ela me desse a liberdade e eu já estava explanando tudo sobre minha vida, já passei mal bocados por causa disso. Eu nunca sabia se eu estava sendo muito invasiva, ou pessoas que eram muito educadas para me mandarem calar a boca.

Wrong | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora