Mariana se considerava uma pessoa muito racional, não era de se apaixonar fácil. Gabriel Barbosa, o astro do Flamengo, a fazia duvidar sobre isso varias vezes.
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— Você tem certeza disso?
— Acho que vai ser o melhor a se fazer, Gabriel — responde Rafaella, sendo bem sincera. — Nossa relação já tinha dado um basta há muito tempo, não porque insisti mais nisso.
Toda essa situação me deixou muito nervoso e estressado, e ouvir isso da boca de Rafaella, de certa forma, me deixava aliviado. Essa era a palavra para descrever esse momento, como se um peso tivesse sido tirado de mim. Não esperava que ela fosse a primeira a dar início à essa conversa, mas toda conversa que tivemos ela foi bem madura em dizer o que estava sentindo.
— Confesso que fiquei puta quando vi aquela foto, e eu já sabia quem estava ali com você — ela continuou. — Também percebi no seu olhar o quanto você parecia, sei lá, encantando com essa mulher. Eu não a odeio, também não te odeio. Essas coisas não medimos, mas aqui eu te deixo livre para você escolher o que você quiser fazer da tua vida.
Ela faz menção de levantar, mas eu acabo puxando sua mão fazendo ela se sentar novamente ao meu lado.
— Rafa... — digo, acariciando sua mão. — Eu não queria que as coisas terminassem assim, nem acontecesse o que aconteceu esses dias atrás, a Mariana até parou de falar comigo, mas eu queria dizer que você é muito importante para mim, nosso relacionamento me ensinou bastante coisas e espero que você me perdoe pela forma que terminamos.
Rafaella coloca sua outra mão sobre a minha a acaricia, ela aproxima seu rosto de meu e me dá um selinho, de despedida. Ela se levanta, pega sua bolsa e vai até a porta, estávamos sozinhos em casa, Fabinho saiu assim que ela chegou. Rafaella me olha uma última vez e fecha a porta atrás de si.
Agora, definitivamente.
Queria poder estar me sentindo péssimo nesse momento, mas não conseguia. Não pensei que pudéssemos ter sido tão maduros nessa situação, esperava uma reação totalmente contrária dela, e também queria que ela fosse muito feliz.
E eu esperava que minha felicidade também me aceitasse de volta.
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No dia seguinte eu já estava no Maracanã, estávamos nos preparando para o jogo contra o Santos. Estávamos em casa, tínhamos total confiança que iríamos vencer essa, o Mister deu toda coordenada para hoje, e eu, claro, estava totalmente focado no meu desempenho durante a partida.
Não podia falhar.
— Então você se já resolveu com a Rafa? — Rafinha perguntou ao meu lado.
— Sim, ontem veio em casa, de surpresa e conversamos e ela deu um basta em tudo — expliquei o básico, não tinha tempo pra falar tudo para ele.
— Isso é bom, cara — disse Rafinha, me dando tapinhas no ombro. — Também não tem mais como reverter essa situação, agora é correr atrás e tentar convencer outra pessoa de que está tudo bem.
