eleven

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11. moving apart

Aquela situação não poderia me deixar tão vulnerável assim

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Aquela situação não poderia me deixar tão vulnerável assim.

Eu não o conhecia a tanto tempo pra ficar abalada dessa maneira, mas era diferente. Nossa conexão era diferente. Aquela foto vazada, totalmente distorcida, serviu para abrir meus olhos para algo que eu tentava esconder em mim mesma.

Acho que nos nunca daríamos certo juntos, não queria perdê-lo novamente.

— Amiga, não fica assim — Luísa dizia acariciando minhas costas. Estávamos sentadas no meu sofá. — Ele sabe que errou, vocês erraram. Agora é só da tempo ao tempo.

— Eu não queria que fosse assim — dizia, enquanto enxugava minhas lágrimas. — Por que tudo na minha vida se complicou nessa maneira?

— Não sei, Ma, não sei — Luísa respirou fundo. — Se você quiser eu posso cancelar suas pacientes. Eu aviso que você passou mal.

Neguei.

— Não, tá tudo bem — digo, levantando e indo até o espelho que tinha na sala limpando minhas lágrimas e vendo o quão inchado estava meu rosto. — Eu tenho condições suficientes para trabalhar hoje. Eu só vou lavar meu rosto, já volto.

Eu não poderia ficar remoendo isso o dia inteiro.

●●●

O dia passou lentamente para mim, eu menti quando disse que poderia trabalhar muito bem hoje, mas minha mente não me deixava paz relembrando tudo que aconteceu noite passada e hoje pela manhã.

Ainda não conseguia acreditar em toda essa reviravolta que tinha se tornado a minha vida, em vários momentos hoje me fez arrepender de ter ido naquele maldito churrasco com Luísa, ter se aproximado de Gabriel e ter virado sua amiga, e pior achar que poderia estar sentido alguma coisa por ele.

Confesso que aquele beijo mexeu comigo, mas ainda não sabia o que exatamente eu sentia por ele. Eu nem quero imaginar a reação de Rafaella quando ela viu aquela maldita foto.

Cheguei em casa um pouco mais cedo do que eu imaginei, pedi comida, pois não tinha a menor condição de cozinhar hoje. Estava com um dor de cabeça enorme. Apenas tomei meu banho e fui para a sala e liguei a TV, talvez assistir Friends fosse me distrair um pouco.

Respondi algumas mensagens de Marília, que estava bastante preocupada comigo, ela foi bem compreensiva e me deu ótimos conselhos e repetiu bastante vezes para eu parar de sentir culpa.

Escutei meu celular vibrando diversas vezes embaixo de mim, era uma ligação de Thuler.

— Oi, Matheus.

Mari? Como você está? — sentia a preocupação em sua voz.

— Estou indo — respondi, ainda não sabia definir minha situação muito bem. — Por que você me ligou?

Wrong | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora