Fase dois: 29

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Minha semana passou vagamente apenas com minha mente sempre no automático, enquanto meu coração pesava toneladas esmagando minhas costelas de tão inchado de dor e magoa que estava

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Minha semana passou vagamente apenas com minha mente sempre no automático, enquanto meu coração pesava toneladas esmagando minhas costelas de tão inchado de dor e magoa que estava. Minhas lágrimas pareciam secas e ásperas quando escorriam pelas minhas bochechas ao escalar da noite no frio solitário do meu pequeno quarto.

As lembranças da minha antiga vida me assombravam como um bicho papão dentro do armário.

Tudo nesse quarto, nessa casa, nessa rua e nessa cidade me lembra de Adam, Julie e eu quando éramos jovens e inibidos de responsabilidades e o peso da vida adulta em nossas costas. Éramos felizes, éramos especiais, éramos sonhadores, éramos, éramos, éramos...agora, não somos mais.

Eu queria odiar essas lembranças, queria odiar o sorriso do Adam toda vez que eu dizia algo idiota apenas para fazê-lo rir, queria odiar a Julie, minha melhor amiga, contando sobre seus encontros românticos com algum garoto bobo que ela conheceu enquanto tomávamos milkshake em nossa sorveteria preferida. E eu queria odiar a mim mesma, por me acovardar e fugir dos sentimentos do Adam por mim, por me enganar achando que tinha algum sentimento romântico por Chris e no final ser apenas uma ilusão criada por mim e alimentada por Julie, por não ver quem ela realmente era.

Há tantas coisas que eu quero fazer, que quero mudar sobre o passado, mas não têm como, o peso permaneceria ali, como uma maldição apenas para me lembrar do que devo fazer para aliviar minha dor.

Mudar o futuro.

Mas como posso fazer isso? Mentir para Adam novamente apenas para Julie e seu filho ficar com ele? Ir embora e nunca mais voltar? Eu só estava tentando pensar numa solução sobre um problema impossível de ter um final feliz. No final do dia, independente do resultado, apenas uma pessoa sairia quebrada e machucada segurando os cacos do corações nas mãos, como um vidro quebrado cortante, fazendo finos cortes enquanto o sangue jorra das feridas, eu mesma.

Contudo, sairia feliz.

Quero ver Adam feliz, mesmo que não seja comigo, quero que ele sorria, que veja seu filho crescer e que o crie com o amor, pois eu também amarei essa criança, por ser uma parte dele, por independente da aparência, essa criança é ligada a Adam. Sendo assim, amarei de todo coração.

Esse pensamento conforta meu coração inchado.

E como toda noite, desde que voltei para casa, adormeço com a cabeça pesada e o coração quebrado.

E como toda noite, desde que voltei para casa, adormeço com a cabeça pesada e o coração quebrado

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