Capítulo III

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Eram 8 horas da manhã e já estávamos passando pelo portal à caminho da escola, meu pai estava atrás de mim, a princesa e o rei na nossa frente. A direita do nosso portal haviam mais 7 outros, para duendes, trolls, bruxas, anjos, demônios, vampiros e lobisomens, as principais nações do mundo, sendo as mais fortes delas os dos anjos e demônios. Pelo que aprendi foram eles que supostamente deram início a cada ser, anjos deram origem a fadas, duendes e lobisomens, enquanto os demônios deram a bruxas, goblins e vampiros, havendo outras variações.

Haviam vários grupos de seres na escola, uns misturavam suas lendas e outros deixavam seu grupo mais homogêneo, a princesa foi correndo ao encontro de suas amigas, todas bem animadas, nesse grupo além de três fadas tinha também duas vampiras, um anjo e uma bruxa, o que me espantou pois os bruxos e as fadas não se dão bem, bruxos são nossas lendas opositoras.

Em nosso mundo, há muitas rixas entre fadas e bruxas, duendes e globins, anjos e demônios, mas a espécie em que todo mundo sabe que tem que tomar cuidados são os gárgulas, pois o único sentimento que eles têm é a ambição, essa espécie têm uma grande potência de vitalidade, porém hoje existem poucos, devido a guerra que aconteceu porque eles extinguiram com os faunos, na época a notícia foi tão impactante que os líderes dos anjos e demônios expulsaram o líder dos gárgulas do "comitê das lendas", jurando guerra a eles.

Enquanto eu relembrava as histórias dos livros que li, meu pai me direcionava ao dormitório.

— Preciso ir agora, seu quarto é logo à frente — me entrega a mala e a chave do quarto— não esqueça de estar sempre estudando, foi muito difícil de te conseguir essa bolsa.

— Okay, tchau...— "pai" era o que queria dizer— Oliver.

Vejo ele sumindo no meio da multidão, quando não consigo mais o enxergar subo as escadas em direção ao quarto, no momento em que viro para o corredor vejo um casal se pegando onde eu acreditava ser minha porta, reviro meus olhos e bufo. Chegando mais perto pude ver que ambos estavam quase grudados na minha porta, percebo que a marca do meu ombro começa a iluminar, aquilo apenas significava uma coisa.

Chego perto o suficiente deles, a menina era uma bruxa com suas unhas grandes e o homem aparentava ser um demônio, não dava para ver o seu rosto já que estava enfiado no da mulher, apenas vejo os seus chifres pontudos e um cabelo volumoso.

— Com licença, essa é minha porta— falo firme.

Ambos se separam e minhas suspeitas estavam certas, era Gael, que estava com sua boca marcada pelo batom vermelho, ele me olha não demonstrando quase nada, enquanto a bruxa me olha com raiva, seus olhos eram amarelos e seu cabelo era curto e preto, seu batom estava borrado.

— Desculpe?— fala a bruxa

— Esse é o meu quarto— aponto para a porta— e quero entrar nele— percebo que seu olhar estava na minha marca, tiro o casaco que estava em minha cintura e o coloco.

— E se ...— ela começa mas é logo interrompida pelo ato de Gael, que se vira e começa ir embora, ela se vira para mim.

— O que?— ela me lança um olhar de pura raiva e vai embora, entro no meu quarto— que ótimo.

—Oi! tudo bem?— fala uma duende, ela era pequena e com uma pigmentação esverdeada, seus cabelos estavam preso em um coque e dava para ver suas pequenas orelhas pontudas, era muito fofa— sou sua colega de quarto.

— Sim— estendo minha mão e nos cumprimentamos.

O quarto era bem claro, pintado de uma cor branca, havia duas janelas e que na frente de cada janela tinha uma cama com um armário, ela tinha pego a cama da esquerda e eu o da direita. No quarto também tinha uma escrivaninha, um banheiro para necessidades e tomar banho, o quarto era até que bem grande.

O bater de asas.Onde histórias criam vida. Descubra agora