Capítulo IV

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Racismo

O racismo é uma forma de preconceito e discriminação baseada num termo controverso, que sociologicamente é revisto e do qual a genética também inicia uma revisão: a raça.
No século XIX, compreendia-se que a cor da pele e a origem geográficas de indivíduos promoviam uma diferenciação de raças, misturando-se cultura e aspectos físicos, os primeiros antropólogos estabeleceram uma hierarquia das raças, o que, por vezes, reforçava a dominação de povos brancos europeus sobre populações de outras etnias não europeias.

O racismo é um mal que afeta a vida de muitas pessoas e, como uma relação de entendimento ultrapassada e errada, deve ser superado. Portanto é, uma forma de preconceito cruel que ainda atinge uma grande parcela da população mundial, é importante frisar que não existem grandes diferenças genéticas entre pessoas de etinias diferentes, e, mesmo que essa diferença existisse, isso não seria motivo suficiente para justificar o preconceito racial, nas formas mais agudas, o preconceito racial pode servir de pretexto para motivar agressões físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições e prisões injustas de pessoas, principalmente de negros.

RACISMO INSTITUCIONAL- De maneira menos direta, o racismo institucional é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas e/ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial, podemos tomar como exemplos as formas de abordagem de policiais contra negros, que tendem a ser mais agressivas, isso poder ser observado nos casos de Charlottesville, na Virgínia (EUA), quando após sucessivos assassinatos de negros desarmados e inocentes por parte de policiais brancos, que alegavam o estrito cumprimento do dever, a população local revoltou-se e promoveu uma série de protestos, e também o caso de George Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu em 25 de maio em Minneapolis depois que um policial branco pressionou o joelho sobre o pescoço dele por mais de 8 minutos. O evento provocou protestos em dezenas de cidades dos EUA e reviveu o debate sobre o racismo no país. E no Brasil o atual caso de Matheus Pires Barbosa o motoboy que sofreu ofensas racistas em um condomínio de casas Vila Bela Vista, em Valinhos (SP),onde ele sofreu ofensas e foi humilhado por um morador.

RACISMO ESTRUTURAL- De maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção, trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial, como duas situações:
1. O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite, como grandes empresas e universidades, o número de negros que tinham acesso aos cursos superiores de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à exclusão social.

2. Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente, manifestada em expressões racistas, em piadas que associam negros a situações vexatórias, degradantes ou criminosas ou quando à desconfiança da índole de alguém por sua cor de pele e também a adoção de eufemismos para se referir a negros e pretos, com as palavras "moreno" e/ou "pessoa de cor", sendo um estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos pela sociedade. Porém ser negro ou preto não motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado como motivo de orgulho por toda sua história e luta de anos que ainda continuam.

Apesar de abolição da escravatura ter ocorrido em 1888, o Racismo perdura como martírio para a população negra até hoje, vale ressaltar que a Lei Áurea, que entrou em vigor em 13 de Maio de 1888, não garantiu que todos os escravos fossem, na prática, libertos, pois muitos ficaram submetidos à Escravidão no Brasil mesmo após a abolição, resultou na situação de exclusão que leva ao racismo nos dias atuais.

" Minha cor define meu caráter? "
" Sou preto, não tenho voz nem vez?"
" Pela minha cor, sou definido? "

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