Capítulo XI

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Igualdade de gênero

Também conhecida como igualdade sexual, esta é considerada a base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações.
Homens e mulheres devem ser livres para fazer as suas escolhas e desenvolver as suas capacidades pessoais sem a interferência ou limitação de estereótipos.
Todas as responsabilidades, direitos e oportunidades devem ser igualmente concedidas para todos os gêneros, sem haver qualquer tipo de restrição baseada no fato de determinada pessoa ter nascido com o sexo masculino ou feminino.

A luta pela igualdade de gênero se intensificou em meados do século XX, impulsionada, principalmente, pelo movimento feminista.
Um importante ícone neste processo é a feminista francesa Simone de Beauvoir, que marcou a consolidação de uma nova etapa do Feminismo com a publicação do livro “O Segundo Sexo”, em meados da década de 1960.
Muitos direitos já foram conquistados em nome da igualdade de gêneros (como o direito ao voto das mulheres, por exemplo), mas existe ainda um longo caminho para desconstruir a visão preconceituosa e estereotipada que está entranhada na sociedade.
Exemplos de desigualdades de gênero estão presentes em pequenas situações do cotidiano, onde mesmo as mulheres participam como incentivadoras para a segregação entre “tarefas masculinas” e “tarefas femininas”.

Por exemplo, em muitas famílias as meninas são as responsáveis em arrumar a cozinha, lavar a roupa e a louça após o jantar, enquanto que os homens vão assistir televisão, ler o jornal ou simplesmente descansar.
O Brasil é um dos países com maior desigualdade entre os gêneros.
De acordo com informações da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad), em 2014, as trabalhadoras brasileiras recebem aproximadamente 27% menos do que os homens que desempenham funções similares.
O aspecto profissional é apenas um exemplo de muitos existentes no país e que fazem com que o abismo da desigualdade entre os gêneros continue enorme.

A nossa sociedade diferenciou mulheres e homens em uma prática social e, em seguida, atribuiu maior valor às características masculinas. E quando você tem dentro de uma diferença uma atribuição de maior e menor valor, gera-se a desigualdade.  O conceito de gênero vem para nos ajudar a entender que essa desigualdade, ou seja, os homens estarem em posições superiores na sociedade, terem melhores salários, posições de liderança, tudo isso que a gente considera natural por ser homem, é social, é construído. Para que a gente equilibre essa balança isso precisa ser desconstruído, porque se foi aprendido dessa forma pode ser aprendido de outra que possibilite às mulheres desenvolverem seu pleno potencial e acessarem às oportunidades da mesma maneira que os homens”.

A educação para a conscientização das pessoas sobre a importância da igualdade entre gêneros para o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária e democrática, deve estar presente desde os primeiros anos de vida da criança.
Em 2014, o debate para a inserção de metas relacionadas ao combate à discriminação e a desigualdade de gêneros no Plano Nacional de Educação (PNE) se intensificou.
De acordo com a proposta do PNE, todos os municípios e estados brasileiros deve desenvolver seus planos de ensino focados em medidas de educação para a igualdade sexual.

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