Uma conexão mais Profunda: A pedra Filosofal

Feliz Natal

Notas: Eu esqueci totalmente de postar no domingo. Então eu pensei: porque não postar segunda? E quando eu vi, já não era mais segunda. Eu postei capítulo duplo ontem para quem acompanha no AO3, aaaaaaAAA

Portanto, capítulo duplo para você. Um agora, e outro depois!

Esse está maravilhoso (como sempre), obrigado por ler <2

Dizer que o tratamento dos Dursley para com seu sobrinho melhorou depois daquele primeiro encontro era mentira. Dizer que o tempo parecia passar mais rápido era uma ainda maior. Paciência nunca foi um de seus pontos fortes, mas isso estava provando ser demais.

Os Dursleys eram sem dúvida as pessoas mais horríveis que Voldemort já teve o desagrado de encontrar. Na maioria das vezes, eles simplesmente pareciam dispostos a ignorar a existência do sobrinho. Eles se recusaram a alimentar Harry regularmente, trocar suas fraldas e todas as outras coisas geralmente associadas a cuidar de uma criança. Em vez disso, Harry foi deixado no armário sob as escadas a maior parte do tempo com seus gritos inaudíveis. Ao todo, a chocante falta de cuidado e o mau tratamento sempre que os Dursleys realmente o tiravam do armário irritava o Lorde das Trevas como nada antes.

O próprio Voldemort não teve a melhor infância. Para o inferno, ele cresceu em um maldito orfanato em Londres durante a Grande Depressão e mais tarde durante a Segunda Guerra Mundial. Ele havia sobrevivido ao racionamento de comida, às doenças e até mesmo à Blitz. Até hoje ele se lembrava dos sons das bombas alemãs caindo sobre Londres, dos gritos de terror nas estações de metrô e do horror e da destruição que os aguardavam sempre que deixavam os abrigos subterrâneos. Tudo acompanhado pelos constantes sentimentos de desespero, medo, desesperança e frieza subindo pela sua espinha com a morte pairando sobre sua cabeça.

Mas, verdade seja dita, depois de experimentar o cuidado 'esplêndido' dos Dursleys por alguns meses, ele quase ficou tentado a voltar para sua própria infância miserável. Pelo menos ele tinha sido cuidado. Ao contrário dele, isso era negligência – negligência na perfeição. Os Dursleys realmente dominaram o ofício.

Originalmente, Voldemort pretendia ficar em segundo plano. Mas depois de alguns dias com Harry chorando constantemente, ele se cansou. Em primeiro lugar, ele decidiu fazer algo sobre a causa constante de desconforto de Harry, a fralda cheia. Ele tentou concentrar sua quantidade limitada de magia em soletrar a bagunça. Claro, não funcionou. Na verdade, nada funcionou. Além disso, ele era constantemente inundado pelas emoções de Harry. O estômago vazio, a fralda cheia, a falta de luz, a dor causada pelo abandono e o tratamento quase brutal pelos Dursley e o pior de tudo o desejo desesperado pelos pais. O amor entre os Potter e seu filho deve ter sido profundo.

No início, Voldemort ficou irritado com o constante influxo de emoções. Ele detestava emoções. Ele tentou ignorá-los. Tinha feito isso durante toda a sua vida. Mas depois de semanas de exposição constante, ele admitiu a derrota. Ele sentiu pena do menino. Especialmente quando comparado com a bolha que os Dursleys chamavam de filho. 'Dudders' parecia aumentar de tamanho sempre que Voldemort o via, lembrando-o de um porco mimado ou uma pequena baleia ao invés de um ser humano e uma ameaça por isso. Em contraste, Harry parecia perder toda a cor saudável, os ossos sob sua pele se tornavam mais pronunciados a cada dia e a saudade de seus pais ficava mais desesperada a cada dia. Ninguém merecia ser tratado assim.

Após meses de exposição às emoções de Harry, uma ideia finalmente atingiu Voldemort. Se ele foi tão facilmente afetado pelas emoções de Harry, por que não tentar enviar algumas de volta? Certamente, a maioria das pessoas, bem, ao contrário, todas as pessoas que o conheceram certamente teriam apontado que essa era uma péssima ideia. Se houvesse uma foto ao lado da entrada do dicionário sobre questões de gerenciamento da raiva, certamente seria a dele. Mas, felizmente, a maior parte de sua raiva havia se transformado em pena àquela altura.