Ação!

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  Beomgyu se jogou finalmente no almofadão do quarto dele e de seus irmãos assim que tio Ren e depois seu pai terminaram a longa bronca pós almoço e depois do banho espumoso que preferia ao chuveiro chato.

Kai resmungava que ainda estava com fome, Tae parecia satisfeito como uma raposa que pegou a caça, Yeon simplesmente caiu sonolento ao seu lado e Soo se sentou em um puff aparentemente pensativo.

Não sabia bem o que fazer agora, mas não se preocupava sobre isso.

Seus irmãos pensariam em algo, eles sempre pensavam.

— A ama não é imune. Isso pode dar certo e ser mais rápido do que pensei.

Tae finalmente falou se sentando ao lado do Soobin que assentiu:

— Sim, eu percebi, o fato é, o que fazer primeiro?

— Eu quero ligar para o pai Ae.

Kai disse do nada e Beo se sentou no almofadão curioso.

— Porque o pai Ae?

— Quero saber o que ele sentiu quando se apaixonou pelo pai Pete. Sempre ouvimos falar que foi o tipo amor à primeira vista e que o pai Pete foi o primeiro amor, primeiro beijo, primeiro tudo do pai Ae. Quero ouvir ele contar diretamente sobre isso e com detalhes, acho... Que pode nos ajudar.

— Bom, não vejo correlação direta, Kai, mas você sabe que se falarmos com o pai Ae, todo mundo saberá.

— É só não sermos diretos e sim difusos, Beo. Eu quero... Entender o que eu senti.

Kai lhe encarou e por fim Beo assentiu. Mal não ia fazer, afinal.

Se virou para Yeon para saber a opinião dele, mas ele já estava dormindo a sono alto.

— Vamos fazer isso!

Soobin disse e então eles pegaram o celular e discaram para o número pessoal do pai Ae. Ele sempre andava com o celular já que a ilha era grande e havia muita gente e sempre precisavam dele para tudo em casa.

Pai Ae... Era o coração da casa, como seus outros pais viviam dizendo.

Ele atendeu no terceiro toque.

— Meu filho?

— Oieeeee Papai!

Disseram juntos e então um risinho baixo, suave e tão pai Ae soou do outro lado da ligação:

— Eu fiquei sabendo que vocês aprontaram na mesa com a tia Aza, verdade? Me ligaram para confessar seus crimes e me pedir ajuda com o seu pai? Pete soube disso antes mesmo de sair da cama.

Um minuto longo de silêncio caiu sobre suas cabeças e Soo engoliu em seco. Beo sentiu um pouco os joelhos fracos, confessava.

— Poxa papai, o pai Seok já deu uma bronca infinita em nós, já entendemos, sabe... – Kai disse fazendo um muxoxo e logo pai Ae riu mais alto – Não ria. Eu só queria comer, foi um acidente.

— Claro, claro, sempre é... E onde está o Yeonjun que não está com vocês?

Beo sorriu, uma das coisas que mais adorava no pai Ae era que ele reconhecia a voz de cada filho mesmo no meio dos outros. Ele era um super pai mesmo!

— Já caiu no sono – Tae respondeu e então olhou de canto para o Kai – Hum, papai, nós estamos ligando para fazer uma pergunta.

— Toda vez que você usa essa voz falsamente séria, Taetae, eu fico preocupado, mas vamos, diga. Sou sempre todo ouvidos.

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