Marlboro, nove.

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Marlboro

Taehyung não sabia exatamente o que fazer, jurava que estava agindo por impulso mesmo que seu interior clamasse por ir de encontro ao causador de toda aquela euforia em si desde aquela foto de mais cedo.

O mais novo não mandara mais nada para ele e tampouco havia entrado no aplicativo novamente. Estava por um fio de ligar para Yoongi e perguntar pelo moreno, mas sabia que seria alarmante demais e não precisava de tudo aquilo.

Desceu da moto. Guardou as chaves no bolso da farda e retirou o capacete, deixando no guidão, sabendo que ninguém ali naquele bairro se atreveria a mexer em seus pertences.

O vento frio bateu contra seu corpo, fazendo os cabelos escuros se bagunçarem mais ainda. Encarou a fachada do prédio e respirou fundo, mordendo o lábio em ansiedade, não sabendo se o que estava  fazendo era certo.

Por Deus... Já tinha enlouquecido e a culpa era totalmente de Jeongguk.

As portas do elevador se abriram e ele caminhou pelo corredor iluminando até o final dele, vendo a plaquinha do 201 brilhar e lhe chamar muito atenção. Fazendo com que seu coração acelerasse e a saliva descesse rasgando pela sua garganta. As pernas pareceram fraquejar e ele apertou o chaveiro no bolso.

Mas aquele que tinha comprado para Jeongguk mais cedo, em uma lojinha do aeroporto.

Sorriu pela lembrança, se acalmando aos poucos. O chaveiro era a Judy Hopps de Zootopia, não sabia o porquê, mais vê-la lá, se balançando naquele ninho de chaveiros, o fez lembrar de Jeongguk, pois ele parecia um coelhinho.

Levou o dedo á campainha e a pressionou, ouvindo o barulho estranho que ela fez dentro do apartamento. Esperou por longos segundos, ouvindo alguns barulhos vindo de dentro do cômodo e ainda uns resmungos.

A porta se abriu com certa brutalidade e ele arregalou os olhos ao ter a imagem de Jeongguk seminu, apenas com a toalha envolta do quadril esbelto, deixando a pele tatuada à mostra e os respingos de água escorrendo pelo corpo.

Taehyung cairia duro ali mesmo, se não fosse pelo rosto do moreno; As bochechas enrubescendo de prontidão, os olhos arregaldos e a boca semiaberta.

Quanta dualidade em uma pessoa só.

— O q-que você tá fazendo aqui?

Fechou parcialmente a porta, deixando apenas a cabeça para fora. Se envergonhando pelo o que fizera aquele dia no banheiro e pelas mensagens que enviou mais cedo para o Kim.

Pelo santo Buda, por que ele estava ali? Ainda mais vestido daquele jeito que com certeza já tinha virado um fetiche para o Jeon.

— Não vai me deixar entrar?

— Eu recém s-saí do banho, Taehyung...

Ele estava com vergonha? Desde quando Jeon Jeongguk era assim? Pelo o que se lembrava, ele quem foi o dito cujo que o arrastou para um banheiro. Pediu um beijo e ainda o chupou gostosamente.

— Que mal há? — o Kim deixou um sorriso presunçoso crescer nos lábios e o mais novo tremeu com aquilo, se perguntando o que caralhos tinha na cabeça ao atiçar Taehyung mesmo que inconscientemente de que ele chegaria até ali. — Eu tenho algo pra te dar, Ggukie.

Cacete... Jeongguk morreria.

Ele abriu espaço para que o mais velho entrasse e quando o Kim entrou, ele mesmo fez questão de fechar a porta, empurrando Jeongguk contra ela. Deixando os corpos colados e as respirações densas tocando o rosto um do outro.

Jeon engoliu a saliva, se encolhendo contra a porta, quase se fundindo com ela pronto para sumir dali.

— Preciso m-me vestir. — ao mesmo tempo que tinha vergonha, queria o encarar. Olhar no fundo dos olhos de Taehyung e deixar transparecer tudo o que queria com ele.

Marlboro [taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora