Capítulo 2 - Itália

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"Devagar! Quem mais corre, mais tropeça."

Itália - Quatro anos atrás

Eu estou em um bar qualquer, em uma quinta-feira qualquer, bebendo tentando fugir dos meus problemas.

Tive uma reunião longa com os meus sócios, foi boa e produtiva mas não estou tendo tantos lucros com a empresa.

Eu estava sozinho até uma mulher muito corajosa por sinal sentar ao meu lado.

— Você está bem? Parece meio depressivo. — Ela era espetacular, seus olhos azuis curiosos me chamaram tamanha atenção.

— Estou sim. — Falei olhando nos seus olhos. — Você tem tamanha coragem para sentar em uma mesa com um homem completamente desconhecido não é. — Ela riu. Não pude deixar de reparar seu sorriso completamente perfeito.

— Bem, você parece inofensivo, acertei? — Pergunta. — Acho que o máximo que você pode fazer é tentar se matar. — Eu ri pela primeira vez aquela noite com uma completa desconhecida.

— Você está certa! — Rimos.

— Que tal você me pagar uma bebida e eu ajudo você a não tentar se matar está noite? — Perguntou.

— Já entendi, você é menor de idade e quer se embriagar? — Ela riu alto balançando a cabeça negativamente.

— Deixei transparecer isso? — Perguntou. Pedi para o garçom duas garrafas de cerveja e então ela sorriu como se tivesse "vencido".

— Bem mocinha, você tem quantos anos? — Perguntei.

— Dezessete e você? — Perguntou.

— Trinta. — Falei.

— Você poderia facilmente virar meu sugar daddy. — Eu ri.

Essa garota é completamente maluca?

— Você é louca? — Ri. — Eu poderia ser preso.

— É brincadeira mas se você quiser é verdade. — Fala.

Logo o garçom trouxe as cervejas e abrimos dando o primeiro gole.

— O que estava fazendo aqui? — Perguntei.

— Tive uma briga com meus pais, precisava sair de casa e você? — Pergunta.

— Estou fazendo uma viagem a negócios, hoje tive uma reunião com meus sócios a empresa não está lucrando como devia. — Falei.

— Imaginei que você fosse alguém importante. — Fala. — Você fala italiano perfeito e tem sotaque, nasceu aqui? — Pergunta.

— Sim, sou italiano e tenho certeza que nem com anos de curso alguém falaria tão bem como eu essa língua e você? — Me gabei e ela riu.

— Também sou italiana e você talvez tenha se enganado eu falo muito melhor que você. — Fala.

— Bem, só depois de algumas garrafas saberemos. — Pisquei e ela riu.

— Bonito e com sotaque italiano, está solteiro? — Pergunta analisando minhas mãos provavelmente procurando por aliança.

— Estou. — Falei colocando a garrafa na mesa e mostrando as mãos para ela que apenas balançou a cabeça negativamente.

— Uma pena, um homem tão bonito como você solteiro. — Fala como se fosse algo realmente decepcionante.

— Você é engraçada. — Falei.

— Eu sei. — Fala se gabando.

Conversamos em cerca de quatro garrafas de cerveja, estranhamente eu me senti a vontade com aquela garota. Conversamos sobre coisas aleatórias que eu achava que nunca conversaria sobre com alguém. Eu só poderia estar completamente louco mas estava rolando uma química entre a gente ou então eu estava bêbado.

— Que tal irmos para a praia? — Pergunta.

— Já está tarde para isso não acha? — Pergunto e ela balança a cabeça negativamente.

— Está bem, eu vou sozinha. — Eu não estava louco em deixar aquela garota ir tão tarde da noite para praia sozinha. — Obrigada pela noite!

Ela saiu do bar, sem falar mais nada. Eu paguei a conta e logo sai correndo do bar atrás dela e a encontrei.

— Você é completamente maluca garota! — Falei e ela riu.

— Sabia que você voltaria. — Sorriu vitoriosa.

Fomos até a praia a água estava completamente gelada e vazia afinal eram quase cinco da manhã.

— Que tal entramos? — Pergunta. — Dizem que água gelada é a melhor coisa para não acordar de ressaca no outro dia.

— Quem te disse isso garota? — Perguntei.

— As vozes da minha cabeça. — Eu ri.

Logo sem vergonha alguma ela tirou o vestido colado do corpo revelando apenas uma lingerie rosa completamente delicada. Eu fiquei paralisado, como se eu fosse um adolescente apreciando aquele corpo. Ela era perfeita e eu não desviei meu olhar nem um segundo do dela.

Em seguida ela veio na minha direção colando o vestido na areia, ela desabotoou minha camisa com delicadeza olhando nos meus olhos. Eu estava completamente hipnotizado, que diabos estavam acontecendo comigo?

Ela tirou a camisa do meu corpo e analisou meu peitoral com um sorriso completamente malicioso, aquela carinha de anjo não condizia com tal ato.

Eu coloquei minhas mãos em sua cintura sentido seu corpo quente e logo colei nossos corpos, eu estava fora de mim. Completamente e por alguns segundos aquela sensação parecia tão boa.

Acariciei suas costas com tamanha delicadeza e fui embriagado pelo seu cheiro doce. Ela se aproximou olhando no fundo dos meus olhos, eu queria fitar cada parte daquele rosto e beija-lá com vontade.

— Não podemos. — Falei com a voz completamente falhada. O que estava acontecendo comigo?

— Por que? — Perguntou com seu olhar inocente. — Você quer e eu também quero, não há nada que nós impeça.

Eu beijei sua testa e ela delicadamente colocou sua mão em minha nuca, aquela garota estava me deixando fraco.

— Merda! O segurança do meu pai. Eu preciso ir! — Falou pegando o seu vestido do chão e vestindo enquanto corria sem rumo.

Seu cheiro ainda estava por todo ambiente e eu estava louco.

Droga!

Eu mal sabia o nome dela e não havia muito menos pegado seu número.

Fiquei mais alguns minutos na praia esperando que ela volta-se mas ela não voltou e eu parti no dia seguinte.

Maldito DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora