E o Tempo se Esvai

Teto de vidro

☆ parece que eu vou estar sempre voltando aqui com capítulos minúsculos mas é a vida todos temos que aceitar nossas limitações ☆ é um capítulo de passagem que mostra um pouco mais da dinâmica do relacionamento do taeil e do jungwoo☆ lembrando que o taeil tem 19 anos e está no mesmo ano escolar que o jungwoo, que tem 17, porque repetiu duas vezes☆ provavelmente essa história termina em mais dois ou três capítulos☆ dessa vez está betado!

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Eles estavam ficando bons nessa coisa de conversar. Taeil e Jungwoo chegaram a conclusão – depois de semanas se beijando, se tocando e trocando confissões – de que eles estavam namorando. Claro que não era um relacionamento público. Jungwoo não estava preparado para se assumir para os seus colegas de escola e de time e, mesmo que seus pais fossem muito legais, ele tinha medo de que alguma coisa fosse mudar dentro de casa e só de pensar naquilo entrava em pânico.

Para Taeil estava tudo bem, não fazia diferença de verdade. Ele não convivia com outras pessoas da escola e continuava passando todos os intervalos no banheiro. Nos dias que ia para a casa de Jungwoo, seus pais geralmente não estavam e era fácil fugir das pessoas que trabalhavam lá. Jungwoo também ia muito pra sua casa, e lá Taeil era assumido, sua família e seus amigos não se importavam nem um pouco com sua sexualidade e ele dispunha de relativa liberdade. A única regra que sua mãe impôs era que eles não ficassem de agarramento enquanto ela estivesse em casa, o que não era o caso naquele dia.

Grupos de Kpop que promoviam no The Show eram ignorados enquanto Jungwoo sentava no colo de Taeil no sofá e o beijava. O outono já estava em sua metade e estava muito frio para caminhar pelas ruas sem uma roupa que o deixasse aquecido, mas dentro da pequena sala da casa do mais velho era como se fosse verão. A temperatura estava lá em cima, sensação térmica de 42°C, a blusa de Taeil tinha sido quase que arrancada dele e o contato da palma de Jungwoo contra seu peito o fazia ofegar.

Taeil gostava de segurar a cintura de Jungwoo com as duas mão e vê-lo arfar quando o aperto ficava um pouco mais forte. Se deleitava quando puxava os cabelos de sua nuca e Jungwoo expunha seu pescoço para que Taeil pudesse explorá-lo do jeito que desejava. Sentia o coração errar algumas batidas quando ficavam em silêncio, somente aproveitando a distância mínima de seus rostos e olhando nos olhos um do outro, gritando em silêncio tudo aquilo que tinham dito com seus corpos.

"Eu 'tô entrando hein, podem parar o que vocês estão fazendo de indecente agora mesmo que eu não quero ver essa baixaria!".

Taeil grunhiu ao ouvir a voz de Renjun na porta de sua casa enquanto Jungwoo ria e saía de cima de seu colo.

"Pode vir, Jun, você não vai ser traumatizado," Jungwoo respondeu alto o suficiente para o outro ouvir enquanto jogava a camisa de Taeil em seu rosto.

Renjun fez cara feia quando notou que Taeil estava despido e fez toda uma cena ao sentar no braço do único sofá do ambiente como se o objeto estivesse contaminado com profanidades.

"A que damos a honra dessa ilustre visita?" Taeil queria estar bravo, mas não conseguia quando Jungwoo sentou no seu colo, apoiando a cabeça em seu ombro.

"Yeji e Ten brigaram de novo," disse em meio a uma revirada de olhos. "Dessa vez eu nem entendi o motivo da discussão, só sei que eles gritaram um com o outro no almoço e passaram o dia de cara feia e jogando indireta. Sobrou pra mim ser simpático com os clientes, e a nossa sorte é que a maioria deles nos contata pela internet. Sério, o clima 'tá horrível. Se eu ficasse lá por mais um minuto ia surtar". Ele desistiu da atuação e sentou ao lado deles no sofá, também se inclinando sobre o ombro de Taeil. "Foi mal ter vindo aqui, mas é que eu não queria atrapalhar o trabalho de ninguém. Falei com o Doyoung mais cedo e ele não anda muito bem".