A morte precoce do filho havia feito com que uma parte de Jungkook também morresse e havia deixado um profundo buraco em seu coração, mesmo que Jimin ainda estivesse lá no fim do dia e segurasse a sua mão.
Mas o que acontece quando um quer seguir e...
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"You were my best four years" (Você foi meus melhores quatro anos)
RONAN - TAYLOR SWIFT.
Aviso: É muito, muito importante para a experiência da leitura que vocês ouçam as músicas e leiam as traduções, por favor!
Jimin estava concentrado em colar lantejoulas nas pétalas da flor sorridente desenhada no papel, a mesa estava coberta por uma bagunça descomunal, e o silêncio reinava. Buscou o copo de refrigerante, que estava meio pegajoso pela cola de seus dedos, e bebeu o resto da Coca-cola que estava ali, olhou para o relógio e constatou que já era onze e meia da noite e que Jungkook, pela terceira vez naquela semana, estava extremamente atrasado. Um longo suspirou deixou seu peito e ele se sentiu resignado.
Instantes depois ouviu o som da fechadura eletrônica e logo o marido estava em sua frente, com a roupa amassada do longo expediente no estúdio de tatuagem, os braços desenhados estavam carregando o que parecia ser o estoque todo de croquis dos tatuadores empregados pelo marido. Ótimo, ele ainda por cima havia trago trabalho para casa.
- Hmm... Boa noite, Ji - falou Jungkook com aquele tom de voz rouco de quem não verbaliza a horas, o que comprovava que provavelmente ele estava trancado todo aquele tempo em seu escritório desenhando. Ele fazia isso desde que tudo aquilo havia acontecido, ele fazia isso desde o dia em que Kwan partiu e deixou uma lacuna na vida de todos que o amavam.
- Tem comida no microondas - Jimin falou, num tom de quem não sabe exatamente o que falar ou o que fazer. As vezes ele desconhecia aquele homem que havia tomado o lugar do seu marido, mas sabia que o amava. Estava ali suportando tudo porque o amava. Amava tanto que as vezes acreditava estar amando pelos dois.
- Eu já comi - Jungkook falou, deixou suas coisas no chão e se espreguiçou longamente, seus ossos estalaram, ele olhou para o copo vazio na mesa - Você quer refrigerante?
- Ah, sim, obrigado - agradeceu o mais velho olhando o outro pela abertura do balcão da cozinha - Como foi seu dia?
- Bem - falou o outro ao seu lado pondo o copo dele sobre a mesa - Bela flor. Como foi o seu?
- Bem também, esse é um cartaz modelo para o que as crianças vão fazer amanhã. Pedi para os pais mandarem os aventais e muita lantejoula - falou divertido, tentando animar a conversa, contudo, ao olhar para o perfil do marido pode ver ele ranger os dentes. Sabia o que aquilo significava. Crianças não eram um bom assunto desde que eles haviam perdido a sua.
