A morte precoce do filho havia feito com que uma parte de Jungkook também morresse e havia deixado um profundo buraco em seu coração, mesmo que Jimin ainda estivesse lá no fim do dia e segurasse a sua mão.
Mas o que acontece quando um quer seguir e...
Depois de dois anos eu voltei, confesso que eu chorei finalizando o capítulo, eu amo muito o Kwan, ele ficou pedindo para que eu viesse aqui e contasse para vocês a história dos pais deles.
Ele mora no céu agora, mas ele vive vindo e me lembrando de que ele precisa que a família dele fique completa para ele poder descansar. Então eu voltei. Voltei para contar essa história, espero que ainda tenha alguém que queira ler. Mas sinceramente? Estou num momento que preciso escrever para mim mesma também. Preciso encontrar com a medida que sonhava com personagens antes que eu exploda...
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Your skin, oh yeah, your skin and bonesTurn into something beautifulAnd you know, you know I love you soYou know I love you so
YELLOW - COLDPLAY
Jungkook buscou Jimin na escola e no caminho de casa deixaram Noah na dele, mesmo que o Park-Jeon não quisesse deixá-lo lá no escuro, provavelmente sozinho, sabia que era a coisa certa a se fazer, ao menos legalmente falando.
Ele agarrou o volante com mais força e Jimin percebeu, instantaneamente colocou a mão na coxa do marido, como um leve lembrete de que estava ali. Ele sempre estivera e provavelmente ficaria até o dia em que fossem dois velhinhos caducos.
- Hey, como foi o seu dia? - o tatuador falou quando percebeu que o marido iria entrar na questão da sua aflição, algo que ele não queria falar sobre, pelo menos ainda não. Ele não gostava de falar sobre sentimentos quando não os entendia.
- Foi bom, as crianças de manhã pareciam mais afoitas do que nunca e de tarde eu podia jurar que elas queriam pôr fogo na escola - Jimin falou rindo - Parecia uma encenação muito real sobre o fogo em Pompeia.
Jungkook riu, adorava as referências de nerd que Jimin fazia e adorava como se sentiu imediatamente, mais leve só por Jimin contar sobre o simples cotidiano.
- Com certeza isso é culpa das suas sextas-feiras da cultura internacional, eles levaram ao pé da letra - respondeu e então eles riram um pouco mais, Jimin tagarelou sobre como estavam planejando mandar pintar os muros para da escola e sobre como a máquina copiadora parecia detestar a velha secretária, a Sra. Min, que tinha pelo menos setenta anos mas ainda odiava ser chamada de tia¹.
Eles voltaram a ficar em silêncio por um tempo ouvindo apenas o barulho do trânsito de Seul em seu horário de pico.
- Eu vou desocupar o quartinho da bagunça - falou Jungkook de uma vez, ele não sabia o que Jimin acharia da ideia, mas já estava decidido, ele meio que não voltaria atrás com aquilo de forma alguma. Ele desviou os olhos da estrada por um momento e viu o mais velho de cenho enrugado.
- Por que, exatamente? - Jimin questionou sem realmente entender.
- Para as coisas do Noah - respondeu veementemente - Os meninos compraram muitas coisas para ele, mas Noah disse que a mãe vende as coisas que ele ganha de outras pessoas, Ji. Ela vendeu os óculos de grau que ele ganhou. Quem faz isso com o próprio filho?
