Capítulo 1

5.3K 843 80
                                    

Oi, mores, como estão? Estou muito feliz pela aceitação de vocês ao nosso nenê sombrio hahaha 

As atualizações serão sempre as sextas-feiras, mas se antes disso, alcançarmos uma boa marca de visualizações, eu volto aqui, prometo♥

A meta pode ser 500 estrelinhas no prólogo e 500 estrelinhas no capítulo 1. Topam?

Beijos e boa leitura♥

Beijos e boa leitura♥

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Beatrice

— Perdoe-me, Padre, porque pequei. Se passou um longo tempo desde a minha última confissão.

Um ruído bateu forte e isso me fez levantar os olhos para a pequena janela diante de mim. Era possível ver a sombra do homem mais velho do outro lado.

No fundo, eu não queria estar ali, mas esses momentos eram os únicos que me davam um pouco de liberdade da minha torturante realidade.

— Sim, minha filha?

— Quando viva, a minha mãe costumava me dizer que eu cresceria e me tornaria uma mulher forte e que seria o amuleto de alguém. Mas o que aconteceu é totalmente o contrário do que ela acreditava. Eu me sinto como um objeto de porcelana sem qualquer valor, a não ser o de venda. — Parei por um breve momento, de cabeça baixa. — É errado desejar cortar as mãos dos que me tocam, padre?

— É por isso que está aqui agora?

Franzi a testa, pensativa.

— Sim e não — respondi. — Sair da fortaleza foi meu primeiro pensamento. A igreja foi apenas a desculpa.

— Então você deve se arrepender, minha filha — afirmou.

Eu conhecia esse homem desde muito tempo, quando eu acompanhava minha mãe enquanto ela ainda era viva.

— Não há arrependimentos dentro de mim, padre — declarei. — Meus pensamentos ruins são reais. Eles existem.

O padre ficou em silêncio por um instante.

— E o que você busca?

— Liberdade — respondi sem pestanejar.

— Infelizmente isso não é possível, filha, você conhece as regras.

Abracei a mim mesma nesse momento, sentindo as garras invisíveis da minha prisão me sufocando. Eu sabia. Conhecia meu destino. Nascer mulher dentro do berço da máfia era como nascer uma escrava. Uma escrava com roupas luxuosas.

— E o que o senhor pensa sobre isso, padre? Acha isso certo?

— Isso não importa.

— Não importa? — repeti, testando a palavra na língua. — Fala isso por que não diz respeito a você?

— Hora de ir, Beatrice — avisou meu irmão, invadindo a pequena sala.

— Mas eu não terminei.

ANJO NEGRO - DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora