Mores, o desafio continua, viu? Bora chamar as amigas para votarem no prólogo e no capítulo 1 (500 estrelinhas)♥ Beijuuuus
Já foram conferir o conto curto e delicinha que lancei ontem na Amazon? 🔥🔥
Manuele
— Que porra você pensou quando trouxe essa garota para cá, Manuele? — Mariano cuspiu assim que entrou em meu escritório.
Acendi a ponta de um cigarro, precisando desesperadamente dele para essa conversa.
— Eu não podia simplesmente deixá-la naquele carro para morrer.
— Mas era exatamente isso que você deveria ter feito — apontou ele, servindo-se com uísque e se recostando na ponta da mesa. — Não sabemos quem ela é e nem que tipo de ligação tinha com o maldito do Theodore.
— Eu pensei que você fosse o cérebro da família Ricci. O mais inteligente, capaz de invadir qualquer computador em menos de um minuto — argumentei, deixando a fumaça se espalhar diante do meu rosto. — Descobrir a identidade da garota será fichinha pra você.
Mariano bebericou seu conhaque.
— Rossi não irá gostar nada, você sabe — deixou claro o óbvio. — A ordem era trazer o Theodore vivo, e o que você trouxe foi uma garota desconhecida e ferida.
Meu irmão ainda não sabia que quem tinha matado o Theodore havia sido ela. E eu ordenei ao Enzo para ficar de boca fechada.
— Afinal de contas, como ela está?
— Sendo operada pelo doutor — respondi.
— Isso é uma merda, Manuele — resmungou ele. Bati as cinzas no chão, voltando a tragar o cigarro mais uma vez. — Rossi não terá nenhum homem dos shadows para interrogar e isso não o deixará contente.
— Que porra! Eu sei disso, caralho! — vociferei, me levantando do sofá, nervoso com a situação. — Mas temos a garota, não temos? — exasperei, gesticulando. Dei a última tragada no cigarro e joguei a bituca longe.
— E em que isso nos ajuda?
— Me responda você, já que é a porra de um rastreador — devolvi, irritado.
Os shadows eram uma maldita organização que, há um longo tempo não passavam de escória, porém surpreendentemente começaram a renascer das cinzas. O passado, que jamais seria esquecido, estava ameaçando transbordar e nem eu ou meus irmãos estávamos preparados para reacender velhas feridas. Precisávamos agir. Precisávamos cortar o mau pela raiz.
— Preciso de um tempo e de algumas ligações — alertou ele, pegando o computador e verificando os documentos da garota, já que peguei a bolsa dela. — É melhor atender o Rossi, ou ele vai fazê-lo engolir as próprias bolas.
Dei uma risadinha.
Peguei meu celular e atendi a ligação do capo.
— Você quis fazer uma brincadeira ao enviar o maldito cadáver do Theodore para mim, ou simplesmente perdeu a noção do perigo Manuele? — O tom soou perigosamente baixo e controlado, mas o conhecia, meu irmão mais velho estava soltando fogos pelas narinas.
— Aconteceram alguns imprevistos.
— É só isso que tem para me dizer? — sibilou. — Os malditos shadows estão atacando nossos territórios e nós estávamos com um informante deles em mãos, mas você o matou, e é apenas isso que tem para me dizer? — Respirei fundo, consternado pela situação. — Quero você e o Mariano na Fortaleza amanhã cedo — determinou. — E é bom que encontre uma desculpa melhor do que essa que acabou de me dar.
Desligou.
Na mesma hora joguei o telefone contra a parede.
— Eu disse que ele estava puto — comentou Mariano, parecendo divertido.
Rolei os olhos e apontei o dedo do meio para ele, enquanto caminhava pelo escritório. Fui até a garrafa de uísque para me servir, mas parei assim que escutei o praguejar do meu gêmeo.
— O quê? — Franzi a testa.
— Família Bianchi — disse, jogando-se para trás, na cadeira de couro. — Possuem uma pequena porção da Rússia e também da Espanha. Puta que pariu! Como deixei essa informação passar batido? — Ele parecia espantado. — Certamente o filho da puta pagou alguém para encobrir suas origens, porra!
Fiquei prestando atenção no que ele dizia enquanto me servia da bebida.
— O que foi? O que descobriu, afinal?
— O capo, Giuseppe Bianchi tem um casal de filhos — Mariano continuou. — Nero Bianchi e Beatrice Bianchi — explicou. — O homem que conhecemos como Theodore é na verdade o herdeiro da máfia Unità, Nero Bianchi.
Meus olhos se arregalaram.
— Puta merda! — Não conseguia acreditar. — Então o maldito nos enganou desde o início. — Não foi uma pergunta.
— Agora nos resta saber o que de fato aconteceu dentro daquele carro — disse ele, tão espantado quanto eu. — Já sabemos que nosso alvo, possivelmente não fazia parte dos shadows.
Mordi o maxilar, pensativo e tentando entender a cena que presenciei horas atrás. Na verdade, tentando entender o que me levou a trazer essa garota para minha casa.
Uma batida soou na porta, fazendo-me interromper meus pensamentos dispersos.
— Entre — falei.
Era o médico.
— Está feito — avisou. — O golpe não afetou nenhum órgão vital, então a recuperação da garota será rápida se não relaxar com os cuidados.
— Alguma recomendação? — perguntei, drenando o restante da bebida do meu copo.
— Aqui. — Entregou-me um papel com diversas anotações, desde remédios e cuidados pós-cirurgia. — Qualquer coisa, eu estarei à disposição, senhor.
Assenti.
— Obrigado — murmurei. — Pode ir agora. Seu pagamento chegará em sua conta dentro de poucos instantes — garanti ao homem calvo, que trabalhava para nós há um bom tempo.
O médico sorriu, sacudindo a cabeça. Em seguida, se virou e deixou a sala.
Coloquei o copo em cima da mesa e me preparei para sair também.
— Aonde vai? — questionou Mariano.
— Ver como a minha hóspede está.
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ANJO NEGRO - DEGUSTAÇÃO
RomanceSINOPSE (APENAS SETE CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO) FICOU DISPONÍVEL ATÉ DIA 01/2/21 Cinco irmãos. Um império criminoso. Rossi, Fillipo, Luca, Mariano e Manuele são os temidos irmãos da máfia FRATELLI. Para eles, a família vinha sempre em primeiro luga...