Prólogo

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A palavra que melhor definiria a minha situação era carência.
No auge dos meus 20 anos eu me encontrava solteira, virgem e o pior sem nunca ter beijado na boca.

Não era como se eu fosse a santíssima puritana, ou como se eu tivesse sido criada em um convento ou qualquer outro lugar afastado da sociedade do século XXI. E eu também não era exatamente feia. Arrumada até que dava um bom caldo.  Meu maior problema quanto a relacionamento era o medo.

Eu poderia apresentar uma tese para 500 pessoas em um congresso sem gaguejar, mas se algum garoto me elogiasse ou demonstrasse interesse, eu o afastava imediatamente. Por quê? Porque nunca esteve nos meus planos entrar num relacionamento, além disso, como eu vou fazer algo fora da pauta? Como eu vou explicar pra alguém que estava namorando? Como as pessoas iriam me olhar? Eu me sentia uma extraterrestre no assunto amoroso.

Infelizmente, eu ainda era uma garota e mesmo afastando qualquer tipo de chance de relacionamento, algo que eu não podia controlar eram meus sentimentos-ou hormônios, como eu gostava de pensar. Assim como todo adolescente, eu sentia a necessidade de descobrir coisas novas- por favor não me julguem, é uma condição natural do ser humano, já que o cérebro humano encontra-se em construção até o final da adolescência. É ciência, né? E foi logo no começo dessa fase que algo realmente estranho aconteceu, meu coração ficava acelerado, eu usava rímel e perfume às sete horas da manhã, eu não queria admitir, mas meu jovem coraçãozinho já errava uma batida por um certo garotinho da quinta série.

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