24° capítulo

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Daniel- Todos devem ir para lá depois de amanha. Ordem da víbora. Precisamos descobrir o que está acontecendo.

Todos ficaram em silencio e apenas concordaram.

Senhor Rokesbys- Eu vou com você meu filho.

Daniel concordou. Então foram para a "nova" casa de Diego.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector

*Já na "nova" casa de Diego*

Diego estava no quarto de visitas. Todos os dias ficava lá. Agora estava sentado na sacada da janela olhando a chuva cair.

A todo momento ele se lembrava de Ethan e suas palavras. Não era ele. Não podia ser. Isso é o que Diego acreditava.

Em sua mão segurava o anel que avia dado a Ethan, ele o achou sobre a mesa da sua cozinha, da sua antiga casa. Ele apertava fortemente a aliança, com se isso fizesse com que se conseguisse senti-lo. Como se pudesse tocá-lo. Tocar sua linda, tão macia e delicada.

Diego fechou os olhos e imaginou Ethan na sua frente, sorrindo. Aquele lindo sorriso quadrado. Imaginou Ethan passando sua mão pelo rosto de Diego. Isso era uma tortura para Diego. Lagrimas escorriam por seu rosto.

Diego abriu os olhos. Ele passava as mãos sobre os olhos, na tentativa de afastar as lagrimas. Elas não cessaram, apenas aumentaram. Diego apertava mais e mais o anel em sua mão. Parou ao perceber que estava se machucando. Abriu sua mão. Sangue escorreu da mesma. O anel avia sido forcado com tanta força que acabou cortando sua pele.

Diego guardou o anel, em seu bolso.

Ele estava em silencio. Só queria ficar em silencio com seus pensamentos e...sentimentos. olhou para baixo, pensando que avia seguranças provavelmente. Se surpreendeu com o que viu. Não avia ninguém. Era sua chance de tentar fugir.

Diego levantou, foi até a porta do quarto e a trancou. Correu de volta para a sacada. Por sorte não era tão alto, então poderia pular. Respirou fundo. Pulou. Rolou pela grama e se levantou.

A chuva caia por seu pele. Isso o fazia se sentir livre. Diego respirou fundo. Olhou para os lados não avia ninguém. Correu, como se o mundo estivesse sendo destruído. A casa era em uma fazenda, então poderia se esconder nas plantações. Correu e correu em direção a plantação de maças. Faltava tão pouco. A felicidades estava a poucos passos.

Um som de carro foi escutado. Olhou para trás era os seguranças em um Jepp.  Então correu ao maximo. Mas estava fraco.

Um som alto foi escutado. Diego que corria agora estava no chão. seu corpo não se movia. Sua respiração estava fraca. Antes de finalmente apagar, percebeu um carro familiar chegando ao sitio.

Horas se passaram. Após 4 horas Diego acordou. Estava assustado. Não sabia quem o avia atingido e que o trouxe para o quarto de visitas. Deve ser os seguranças, Diego pensou. 

Batidas na porta foram escutadas.

Diego- Quem é?

XXX- Senhor Diego, eu vim trazer algo para o senhor comer.

Diego- Muito obrigado, mas não estou com fome.

XXX- O senhor não come a dois dias. A senhora Rokesbys que mandou.

Diego- Muito obrigado, mesmo mas não quero, obrigado. Pode levar esse prato para a "minha mãe".

Diego disse a ultima parte de forma irônica. Ele não consegue comer. Não consegue se alimentar pensando que aquela comida é como se fosse um troféu para sua mãe. Ele não ira desistir tão cedo.

Então se deitou melhor em sua cama. Fechou os olhos na esperança de sua fome passar e do sono chegar.

Batidas novamente foram escutadas.

Diego- Eu disse que não quero!

Daniel- Sou eu...

Diego- Daniel...

Daniel- Eu ia entrar mas a porta...

Diego- Eu estou preso. Tentei fugir.

Daniel- Como você está?

Diego- Como que você acha?

Daniel- Nos vamos conseguir te tirar dessa.

Diego- Mesmo que consigam, Ethan não me ama mais...está bem obvio.

Daniel- Isso não é verdade. Ele te ama Die...

Diego- Daniel, para, por favor para! Eu não vou conseguir agüentar mais se você continuar.

Daniel que estava do outro lado da porta. Deslizou por ela e sentou se ao chão, apoiando suas costa e sua cabeça na porta de madeira. Daniel estava tão preocupado com seu irmão, que isso fazia seu corpo doer.

Diego- Ele jamais me amou...como eu o amei. Ele pode até se apaixonado temporariamente por mim primeiro mas foi eu quem mais se apaixonou...

Os irmãos que antes conversavam, agora estão em silencio.

Diego- Irmão eu sinto tanta sua falta...eu só queria poder ir aí e te abraçar...

Daniel e Diego já derramavam rios de lagrimas, que pareciam que nunca se secariam.

Daniel- Eu espero-te ver amanha.

*Já no corredor, que dá para o quarto de Diego*

Daniel não agüentava mais o que estava acontecendo. Não podia esperar por algum plano que teria com os outros ou algo do gênero.  Ele precisava ao mínimo saber o motivo de tudo isso.

Daniel se levantou mas antes de ir se virou para a porta e disse alto o bastante para Diego ouvir.

Daniel- Eu te amo irmão.

Daniel andou em direção a um local que conhecia muito bem. O escritório de sua mãe. Seus passos eram largos e pesados. Ninguém o podia parar, ao menos agora não. Ele caminhou até o outro lado da casa. Já porta, não esperou para bater na porta ou avisar, ele apenas a empurrou. Sua mãe estava em sua mesa, como o previsto.

Daniel- A senhora é maluca?!

Daniel gritava. Ele caminhou até a mesa de sua. Ficou de frente para ela. Ele não tinha medo algum.

Senhorita. Rokesbys- Ola meu filho. Que bom que veio. Estava a sua espera.

Daniel- Não se faça de santa. Você sabe muito bem o que está fazendo.

Senhorita. Rokesbys- Estou fazendo o melhor para tod...

Daniel- O melhor só para você! Seu marido estava preso em casa, por tentar salvar o filho. Diego não come nada, a dois dias!

Senhorita. Rokesbys- Uma hora ele ira comer.

Daniel- O que você esta fazendo...parece sua mãe.

A mãe de Daniel se levantou bruscamente da cadeira e olhou nos olhos de seu filho.

Senhorita. Rokesbys- Nunca mais diga isso.

Daniel- Você é um monstro igual a ela. Você nunca vai deixar de ser. Eu espero que quando você for para o inferno, não ira demorar muito, pode ter certeza que você sentira cada gota de dor, que fez todos sofrerem.

Daniel então deu um sorriso sarcástico para sua mãe e saiu de seu escritório, batendo as portas atrás de se.

O Idiota Do Meu ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora