CAPÍTULO 30

564 51 11
                                    

Percy Jackson


Minha mãe ficou maluca com as fotos de Clara e fez um interrogatório enorme sobre ela, tenho que admitir que algumas perguntas eu não soube responder e me senti culpado por isso. Quando eu voltar para New York tenho que apresentar elas e conversar com Annabeth. Ela tem medo que eu não volte e eu não tinha imaginado isso até ela confessar, não fazia ideia e...

- Os documentos da herança para a sua "filha" - Nanda colocou os papéis na minha mesa e fez aspas com as mãos ao falar sobre Clara - tive que falar com seu advogado mas eu acho que você devia fazer no mínimo um teste de paternidade!

- Nanda, ela é minha filha! - digo cansado e ela se inclina sobre a mesa antes de falar com um semblante preocupado. Passei o dia em aviões, ouvindo dona Sally e Poseidon reclamarem por ser um péssimo filho e assinando papéis chatos.

- Eu já vi em revistas que a Chase era bem agitada e problemática. Ela pode não precisar de dinheiro mas pode tá querendo te obrigar a ficar com ela por causa de uma suposta filha!

- Eu sei que ela era problemática... Eu era namorado dela e estava metido na maior parte das confissões! - ela me olha surpresa e pego os papéis para assinar, leio algumas partes mas minha mente está exausta e assino sem terminar de ler. - Estou cansado. Devia ir pra casa Nanda, seu horário já acabou faz tempo - digo quando me levanto e vejo que já se passam das 20:00.

- Não tenho nada pra fazer em casa e gosto de ficar aqui - ela respondendo olhando pro chão. Guardo os papéis em uma pasta e saímos da minha sala.

- Mas aqui também não tem nada, Nanda - ela sempre faz o trabalho com excelência e me passa todas as informações de todas as empresas que eu estão espalhadas pelo mundo. - Vá descansar. Até amanhã!

- Ok, eu vou. - ela responde ainda olhando pro chão e lembro sobre o que Annabeth falou sobre sem amigos mas balanço minha cabeça. A vida de Nanda não me interessa. - Até amanhã, Percy!

Com um breve aceno eu caminho na direção do elevador e aperto o botão do estacionamento e depois lembro que vim sem carro. Eu tenho que ligar pra Annabeth e falar com Clara, desde que cheguei passei o dia me controlando pra não ligar pra elas. Ouvir a voz doce e melodiosa de Clara e falar com Annie... Sinto um aperto no peito toda vez que lembro dela e como ela ficou no aeroporto, eu nunca vi ela daquele jeito e minha vontade era de abandonar tudo e ficar. Até me irritando eu fico feliz do lado dela, só de ficar no mesmo ambiente que ela me deixa alegre. E sinto necessidade de ficar na companhia dela, seja assistindo, ouvindo sobre monumentos e até mesmo o silêncio. Tudo parece tão certo quando estou com ela. É estranho, confesso.

Paro um táxi e falo o endereço da casa do meus pais, eu tenho um apartamento mas sei que lá não a deliciosa comida da minha mãe.

Pego o telefone no bolso e passo o dedo pela lista de contatos até encontrar um específico "Sabidinha". Salvei seu número assim desde que nós reencontramos e consegui seu número. Aperto no telefone verde e o táxi para em um sinal fechado. Minhas mãos estão suando por algum motivo e fico ansioso para que atendam.

Ligação ON

- Alo? - Uma voz fina fala do outro lado da linha e abro um sorriso.

- Clara? É o papai! Já estou sentindo saudades.

- Oi papai! quando você volta? Não vai demorar não, né? Eu também tô com saudades. Papai sabia que teve um incêndio aqui!

- Um incêndio? Você tá bem? Cadê sua mãe? - o pânico me invade e respiro fundo pra tentar me acalmar. Escuro uma voz de fundo falando com Clara mas está tão baixo que não consigo ouvir. - Clara?

In Love You - Percabeth (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora