Novas Tentativas

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Uma semana

Esse era o espaço de tempo que havia passado, eu já havia começado a trabalhar novamente, porém eu me sentia totalmente fora da bolha que antes eu costumava amar. Acho que naquele espaço de tempo, naquelas férias eu descobri algo que antes nunca tinha visto, na verdade percebi graças a ajuda de Suh uma coisa que antes passava despercebido por minha pessoa.

Eu era uma boa técnica, muitas ideias criativas saiam de mim, no entanto nenhuma era usada. Antes de voltar a trabalhar, vendi uma ideia para a sorfgames e me sentia orgulhosa por isso, eu havia trabalhado seis meses naquela ideia de universo paralelo que foi totalmente negada pela empresa que eu trabalhava e aceita pela outra totalmente famosa, e eu sabia que quando eles descobrissem seria meu fim.

Mas sabe, eu não estava com medo, ao contrário estava feliz.

- Senhorita Min, poderia me acompanhar? - todos me olharam quando a voz de nosso gerente que estava a minha frente pronunciou meu nome.

Concordei com um acenar de cabeça, me levantando e o seguindo até a sua sala, bem meu segredo havia sido descoberto...

- Chegou a nossos ouvidos uma aquisição que a senhorita fez com uma empresa rival, isto é verdade? - o mesmo me encarava friamente, mas dessa vez eu não tinha medo

- Sim senhor! - respondi evitando sorrir

- Por que fez isso? Um ato claro de traição...

- Eu apenas vendi uma ideia que foi negada para outra empresa que demonstrou interesse, eu não traí.

- Claro que sim! - ele se alterou - agora ela pode faturar milhões com aquela ideia.

- Poderia ser a nossa empresa, mas vocês a negaram achando boba e infantil! - houve um silêncio - eu anunciei novamente ela e a softgames mandou um e-mail interessada, depois de conversamos eles decidiram a comprar.

- Lhe darei uma chance por ser uma boa funcionária, cancele o acordo e continuará aqui.

Fiquei admirada pela audácia e o machismo em suas palavras, em nenhum momento eu traí a empresa, poderia dar bilhões e o acordo que fiz com a soft iria me beneficiar em muito, eu poderia jogar e até beneficiar a empresa que eu trabalhava, porém ele novamente veio cima conversa que aquele jogo não seria bom para nossa empresa, e eu sabia claramente que não era o jogo é sim a fundadora dele, afinal seria um nome feminino na frente. Aquela atitude me fez respirar fundo e tomar uma decisão drástica.

- Eu lhe darei uma melhor - o mesmo me olhou interessado - leve minha carta de demissão para o RH.

- Você não pode pedir demissão! - a surpresa tomou seu rosto e eu sorrI

Já está na hora de eu tentar coisas novas e me libertar do autoritarismo que ronda aquela empresa, acho que aquelas férias abriram meus olhos sobre como eu tenho talento e ele nunca foi realmente usado, eu amo meu emprego mais que tudo, mas eu não poderia simplesmente me render, perder um acordo de bilhões simplesmente por conta de pessoas que não querem ver uma grande oportunidade. Pensei muito naquilo durante as duas semanas, eu sabia que talvez minha carreira estaria em jogo, mas ao mesmo tempo eu tinha em mãos um convite de outra empresa que deu valor a minha ideia.

- Estou!

- Essas férias não te fizeram bem! - novamente o encarei incrédula

- Fizeram sim, eu finalmente abri meus olhos!

Para não delongar mais me levantei e fiz sinal de reverência, saindo e seguindo para o RH conforme havia pedido. Sim eu destruiria uma carreira de anos dentro daquela empresa, mas me permitiria tentar em outra que ao meu ver era mais justa e permissiva.

- Suh eu me demiti! - sorri ao telefone sentindo meu se esquentar pelo sol

- Você está maluca? Quando eu disse para se permitir tentar não disse para virar uma desempregada!

- E fui contratada pela Softgames...

- Espera a empresa americana? Como assim?

- O que???

Contei tudo a minha amiga que não deixava de rir ao telefone e comemorar por conta das novidades que eu lhe esclarecia, eu estava tentando, estava aos poucos conseguindo e descobrindo que eu, melhor que ninguém, poderia trazer a felicidade a mim mesma. Só havia uma coisa que eu sentia falta.

- E o Hoseok?

- Que tem ele? - suspirei ao ouvir seu nome

- Tente também.

- Não há nada para tentar, ele apenas fez o trabalho dele como terapeuta, não havia sentimentos.

- Será?

Era isso que eu achava!

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