Safaa Patt
Acordei desorientada, e sozinha em um quarto de hospital. Estou ligada ao uma máquina que monitora meus batimentos cardíacos, tem soro por toda parte. Não faço a mínima idéia de como cheguei aqui.
Espero que tenha sido tudo um sonho, apenas um sonho. Meu pai vai entrar pela porta a qualquer momento, tenho certeza!
Meu subconsciente dispara, tento me levantar, mas na mesma ora sinto uma dor aguda na costela. A dor me traz para a dura realidade que me circunda, meu pai não vai entrar, ninguém vai vim me ajudar! Mal termino meu pensamento, entra um senhor de cabelos grisalhos e bem vestido, até demais para um médico.
Me encolho na medida em que o homem se aproxima da cama, minhas mãos agarram os lençóis como se minha vida dependesse disso.
- Não tem com que se preocupar por ora- Falou o homem de voz rouca e grossa, percebendo a minha angústia em agarrar os lençóis.
-Quem é você? - Falo o encarando de forma curiosa, tento lembrar de seu rosto, mas nada me vem a mente.
- Sou Francis Diamont - Fala enfiando as mãos no bolso e me encarando de uma forma indecifrável. Estremeço ao escutar seu nome, não pode ser. Meu pai realmente fez isso, a ficha cai de fato agora, nesse instante. Enquanto meus pensamentos estão a mil por hora, minhas lágrimas lutam para acompanhar o ritmo do meu desespero e pensamentos- Não chore criança - Falou numa tentativa falha de demonstrar empatia por mim, é visível que ele não queria estar aqui, me olha como fardo.
- Por favor - Falei em tom de suplica-me deixe ficar, não tenho nada com os negócios do meu pai, eu não sei de nada, eu juro. Me deixe seguir minha vida! - Falei entre lágrimas e soluços.
- Essa é a sua nova vida, acostume-se - Falou me dando as costas e saindo do quarto. Me deixando sozinha com um turbilhão de emoções, como ele pode reagir assim, de forma tão fria e calculista? Terei de me casar com esse velho? O cara tem idade pra ser meu pai, pelo amor de Deus, só queria estar na faculdade, bebendo com as minhas amigas, brigando com a minha mãe. Todos me traíram, meu pai, minha mãe, minha melhor amiga, não sobrou nada, nem ninguém.
Preciso fugir, preciso sumir e nunca mais dar as caras! Pensei fantasiando.
Claro linda, vai fugir sim! Porque você é a mulher maravilha, se cura super rápido! A costela quebrada é só um pequeno detalhe insignificante!
Disparou meu subconsciente, e a verdade é que ela esta certa, pelo menos essa versão de mim é inteligente. Como vou fugir se mal consigo respirar sem sentir dor, não tenho pra quem ligar para pedir ajuda.
-Polícia! - Falou um tanto quanto alto, passo os olhos por todo o quarto a procura de um telefone, encontro um no criado mudo que esta na outra ponta do quarto, perto demais da porta pra minha sorte. Mas preciso tentar, pode ser minha única chance. Falo tentando me levantar da cama sem gemer, solto um gemido alto, que é quase um grunhido. Sento na cama, esperando que alguém fosse entrar no quarto por conta do barulho. Logo em seguida continuo, levanto lentamente e com muito dificuldade, e a passos lentos caminho em rumo ao telefone, juntamente com o suporte do meu soro.
Digito rapidamente o número da polícia, chama... chama... chama... cada chamada parece uma eternidade, quando finalmente me atendem, alguém puxa bruscamente o telefone da minha mão. Põem o telefone no ouvido.- Central de emergência, em que posso ajudar?- Se identifica a pessoa na outra linha. O homem que trajava dos pés a cabeça, desliga rapidamente o telefone. E sai as pressas do quarto, me deixando em estado de choque ao lado do telefone.
-Pegue a garota, vamos embora agora- Falou Francis sem me olhar nos olhos, e sai do quarto. Arrancam o acesso da minha mão com muita violência, e praticamente me jogam em uma cadeira de rodas.
- Se tentar alguma coisa atiro em você, entendeu? - Falou um cara branco, ruivo com tatuagens no pescoço e na mão.
Aceno com a cabeça, as palavras não saem da minha boca. Acho que fiz uma grande merda, estou com pessoas desconhecidas e perigosas, e visivelmente causei um problema. Estou perdida! Passamos como raio pelos corredores dos hospitais, vamos em rumo ao estacionamento. Me colocaram em carro, ficou eu, o homem de preto e o ruivo tatuado. Saímos do hospital cantando pneu, em 3 carros blindados. Não sei em que cidade estamos, não consigo reconhecer nada. Depois de um tempo dentro do carro, entramos em um aeroporto, os carros pararam em frente ao um jatinho suntuoso e elegante. Comecei a chorar dentro do carro, pedi ajuda para os seguranças que estão comigo, mas é como se eu não existisse. Vi o Sr. Diamont entrar no jatinho, seguido por dois seguranças. Sou tirada do carro brutamente, gemo com o movimento brusco e inesperado. O ruivo me leva em direção ao jatinho, tento me soltar de suas mãos, oque é em vão. Dentro do jatinho posso ver assentos luxuosos, com o brasão da família Diamont, o interior era magnífico, o melhor jatinho que já entrei, sem dúvidas. Sou amarrada na última cadeira, que fica perto de uma portinha, que eu imagino ser um quarto.
Puta merda! Todo mundo viu a minha busanfa de fora, só agora que me toquei que estou com a bata do hospital, sem nada por baixo. Lado bom, não passaram a mão em mim e não tentaram nada, lado ruim, estou dentro de um avião, indo pra sabe Deus onde.
-Você deseja uma água, um suco, talvez um espumante? - Perguntou a bela aeromoça.
-Você pode me soltar? Quando trouxer o suco?- pergunto inocentemente, ela me lança um olhar malicioso, sacando a minha intenção.
- Vou trazer o suco - Fala se retirando com uma postura de dar inveja. Ela volta em instantes, trazendo um suco e um sanduíche, ela põem a bandeja na mesa que esta na minha frente e vai embora. Me pergunto como diabos vou comer, se estou presa ?. Depois de um tempo, o ruivo grandão, vem e me solta, senta na cadeira da frente e fica me analisando enquanto como vagarosamente. Nesse meio tempo levantamos voo. Não vi o Sr. Diamont sair do quarto.
Depois de um longo voo, pousamos. Dormi o voo inteiro, me deram remédios pra dor.
- Sta.Merces , traga uma muda de roupa para a menina- Falou para a aeromoça, que saiu e voltou rapidamente com uma muda de roupa e par de sapatos em mãos.
- Vista-se- Falou seco, apontando a porta que dava entrada para o quarto.
Entrei no quarto, que ficava no final da aeronave. Vesti uma blusa branca, uma calça jeans preta, e uma sapatilha. Fiz coque sem jeito no cabelo, tendo em vista que não podia levantar muito os braços por causa das costelas roxas. Sai do quarto e o ruivo já estava me esperando, me levou para um carro, e dirigiu o mesmo. Não vi mais o Sr. Diamont, não estamos em uma cidade grande, para todo lado que se olha, vê campos de flores, vinícolas, pequenos castelos, parece ser uma cidade pequena e aconchegante. O dia estava nublado, e as nuvens negras se acumulavam no céu, deixando claro que vinha um temporal por aí. E para meu azar, me arrepiei até o último fio de cabelo pensando nisso, sinto que não vem coisas muito boas por aí, espero estar enganada.
Passamos por um portão de ferro grande e imponente, logo atrás dele, podemos avistar a linda mansão, que presumo que seja dos Diamont. O carro para bem na entrada da casa, vejo o Sr. Diamont entrando apressadamente dentro da casa. O ruivo me tira de dentro do carro e me deixa na porta da casa, que já esta aberta. Entro tímida, a mansão parece mais um castelo. Logo na entrada, tem uma escada grande, que da acesso ao 1 andar em duas direções.
- Então você atravessou um oceano inteiro, por ela?. Eu esperava mais, acho que não valeu apena, ainda perdemos 3 homens no processo. Só desperdício- Falou um homem bem vestido, de olhos azuis e cabelos castanhos. Tão lindo, tão sexy, que voz... pensei altas coisas. Espera, ele disse que eu não sou isso tudo, ta difícil pro meu lado mesmo. Não falei nada, fiquei em choque com suas palavras.
Amores, aqui esta nosso 2 capítulo, espero que estejam gostando. Me contem oq estão achando nos comentários.
Votem muito, vamos tornar essa versão um sucesso tb!
Qual foi a primeira impressão que o Louis deixou ?
Estão gostando da Safaa?
E o Sr. Diamont?
Me conta tudo nos comentários!!
Beijão!!!!
Eduarda Kings
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Casados por Contrato (Reescrevendo )
Roman d'amourPatricinhas se escondem nas suas bolhas sociais, e atrás de seus Pradas e Versace, já imaginou como seria se uma patricinha saísse de sua bolha, quase que caindo no mundo real ? E se ela fosse traída por sua família e amigos? E vendida como objeto...