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𝑨𝑼𝑹𝑶𝑹𝑨

Olho mais uma vez no espelho, vendo como o vestido vinho marcava meu corpo, principalmente minha barriga. 6 meses de gestação.

Era inacreditável como tudo mudou do dia pra noite, e agora, eu estava indo buscar donuts e levar para Jack, como pedido de desculpas. Sim, desculpas.

Não que tenha acontecido algo, eu não sabia o porquê estava fazendo isso, mas a culpa me atingiu por não ter escutado Jack antes. Se eu tivesse o escutado, talvez estaríamos juntos, talvez a gravidez fosse mais fácil.

Na maioria do tempo, eu estava culpando os hormônios da gravidez por me sentir assim, então se eu passar vergonha, vou continuar culpando os hormônios.

Não demorei pra chegar no drive-thru da loja de donuts, peguei os seis preferidos de Jack e mudei a minha rota, indo diretamente a sua casa.

Dei apenas três batidas na porta e quem me recebeu foi Joey, com um abraço apertado e me dando espaço pra entrar.

Vi Jack ja cozinha, provavelmente fazendo o almoço já que era hora. Ele me viu e sorriu, fechando a panela, limpando suas mãos e vindo direto a mim.

- Eu trouxe pra você, seus preferidos. - estiquei a caixa para o mesmo que sorriu, agradecendo e se animando mais ainda quando percebeu que eram os donuts. - Queria me desculpar com você, se eu tivesse sido menos orgulhosa, tudo estaria mais fácil.

Não vou negar o nó na minha garganta, a vontade de chorar era grande. Eu sentia saudade de estar nos braços dele.

- Não há nada que você faça que eu não possa perdoar.

Puta que pariu.

Jack me abraçou e eu tentei esconder a lágrima voluntária que escorreu pelo meu rosto. Eu estava com saudades disso, saudades do seu cheiro, dos braços grandes que me cobriam por completo.

Por um segundo, nossos rostos estavam tão pertos que eu sentia sua respiração pesada e seu hálito de menta, como sempre.

Me afastei de Jack, por mais que eu sentia falta, não estava pronta. Ele me convidou pra almoçar e nos sentamos na mesa, juntamente a Joey.

O almoço foi extremamente agradável, Joey trouxe a mesa alguns chocolates que ele havia comprado. Comemos e passamos a tarde juntos. Nos sentamos no sofá e maratonamos alguns filmes que eu não prestei tanta atenção, já que eu estava extremamente sonolenta.

Algumas vezes, sentia que Jack queria passar o braço por meu pescoço, e pra matar essa sua vontade, coloquei uma almofada em seu colo e deitei minha cabeça ali, recebendo seu cafuné.

E, pela primeira vez, eu senti nosso bebê mexer. Eu não sei porque foi tão tarde, mas a sensação era incrível.

- O bebê mexeu, Jack! - eu disse, me levantando rapidamente e me sentando no sofá novamente.

Jack colocou a mão na barriga e o bebê chutou no mesmo local, o fazendo chorar.

E era isso, era a nossa família. O nosso bebê. Eu com certeza sou a mulher mais sortuda do mundo.

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⏰ Última atualização: Aug 18, 2020 ⏰

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sᴏᴜʟᴍᴀᴛᴇ ➹ 𝗷𝗮𝗰𝗸 𝗴²Onde histórias criam vida. Descubra agora