Capítulo V

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As esperanças são como as estrelas: brilham, mas não trazem luz; lindas, mas ninguém as alcança.

Coelho Neto

Depois de pular para dentro do espelho, imprudência minha achar que acabaria tudo bem, seria muita ingenuidade minha. Eu sentia meu corpo ter contato com fortes correntes de ar, a gravidade me puxava para baixo, minha respiração era cortante e fraca. Eu estava caindo de uma longa altura.

Mal percebi que a gravidade havia me puxado para um rio. O impacto da batida teria me feito gemer mas logo sentia água extremamente fria tapando a minha respiração, as correntes de água me batiam e me empurravam para frente, as ondas vinham cada vez mais fortes. Lutei desesperadamente para tentar respirar, poucos segundos depois eu voltava para de baixo d'água. A correnteza estava forte demais, com muito esforço parei de nadar contra e passei a nadar igual com ela, senti meu corpo ser jogado em cima de pedras, provavelmente minha pele estaria toda ferida.

O coração acelerado e o ar cada vez mais necessário, com muito sacrifício consegui me segurar em uma pedra e subir para a superfície. Inspirei o ar com muito sacrifício, meu pulmão estava com muita água. Tossi e coloquei água para fora, senti uma onda bater com mais força ainda em mim e por um descuido acabei me soltando da pedra.

Mal percebi quando a água me levou a uma cachoeira, e novamente senti meu corpo em contato com o ar, mas dessa vez meu corpo se chocou com tanta força que eu não estava conseguindo mais me manter acordada.

"LUTE!!"

Uma voz veio a minha cabeça, meu corpo estava pesado e me puxando para cada vez mais baixo.

"LUTE!!,OU QUER MORRER QUE NEM A SUA MÃE?"

Aquilo me fez arregalar os olhos, eu não queria morrer. Eu não morreria que nem ela, eu seria forte, lutaria pelo que é meu. Jamais abaixaria minha cabeça para homem nenhum, não seria ela, muito menos como ela!.

Lutei contra a água, lutei contra a vontade de desistir, lutei contra o meu corpo. Eu não iria morrer ali, eu tinha sonhos, eu tinha uma família, eu tinha duas irmãs que não compartilham o mesmo sangue que eu mas eram minhas irmãs, Eu tinha minha mãe de consideração é ela não merecia perder uma filha assim!!.

Eu era um pássaro livre, com asas para voar, lugares para visitar e ninhos para conhecer. Jamais irei me rebaixar ao ponto de morrer sem ter feito tudo isso.

Nadei com todas as forças que me restavam ate a borda de terra, me apoiei usando os braços e me empurrei para fora da água. Cai com o rosto no chão de terra gelada, nem mesmo o meu ranço por terra me fez ficar com nojo de deitar ali, eu estava cansada demais para sequer pensar em reclamar. Implorei mentalmente para que ambas as duas estivesse bem. Senti meus olhos se fecharem e vi por um momento um céu estrelado. Sorri inconsciente e por fim eu apaguei.

~ Visão da autora ~

Um macho mestiço passeava pelos arredores do Chalé, Cassian, Azriel e Ele haviam voltado com as manias de irem para o chalé é passar cinco dias bebendo e caçando.

Rhysand estava a procura de uma presa, como um predador faminto. Eles haviam apostado que quem trouxesse a caça maior para casa. Tinha o direito de fazer os outros dois de empregados, fazendo suas vontades sem reclamar e ainda passar um mês bebendo da adega dele. Bebendo todo o seu vinho Bom.

O homem alto, esbelto, de cabelos totalmente negros que lhe caiam sobre os olhos lhe deixando ainda mais charmoso, olhos incrivelmente violetas que pareciam enxergar além da sua alma. Sempre bem vestido e com várias armas escondidas por sua roupa. Um grão-senhor.

A Court of Dreams and WishesOnde histórias criam vida. Descubra agora